sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Que é a oração




A oração é, em última análise, uma mensagem telepática enviada por um Espírito encarnado ou por um Espírito desencarnado, que deseja socorro para a solução de dado problema.
A Oração poderá ser dirigida diretamente a Deus ou a um Espírito Superior, dentre os quais se destaca o Mestre dos Mestres, Jesus de Nazaré, Supremo Governador Espiritual de nosso Planeta, ou para mais fácil comunicação, o Mentor do suplicante ou seja o nosso mentor Espiritual.
Na verdade, nenhum Espírito, encarnado ou desencarnado, que esteja evoluindo na Terra, tem a necessária perfeição para poder conceber Deus e, muito menos, para comunicar-se com Ele. As orações endereçadas a Deus, são captadas em diferentes planos no Mundo Espiritual, de acordo com a pureza de sentimentos e a força de convicção religiosa que as impulsionou, e, depois de analisadas por Espíritos Superiores, são respondidas por intermédio do Mentor do suplicante, porque perante Deus, é ele o “dono” do destino, e com prévio consentimento do Mentor do irmão para o qual foi feita a oração.
Quanto a Jesus, nenhum Espírito encarnado e pouquíssimo desencarnados possui credenciais para transmitir-lhe diretamente o pensamento contido na oração, e que é, sempre, contaminado com fluídos dos planos purgatoriais que atravessa. Para evitar que, seja pela imperfeição dos sentimentos de quem ora, seja pela contaminação da mensagem da oração com as radiações dos péssimos sentimentos e dos tenebrosos pensamentos de muitos Espíritos encarnados e desencarnados que vivem nos inúmeros planos terrenos, o teor da oração é captado por dedicados discípulos de Jesus, em diversos níveis hierárquicos e, ouvido o Mentor, é respondida em nome de Jesus. Caso contrário, a paz que Jesus conquistou seria perturbada a todo instante, com aflitivas mensagens e , até com ofensivas objurgações.

Dr. Penna Ribas
Caminho da Iluminação Vol. II

Por que orar?




O homem é, antes de tudo, um Espírito imperfeito à procura da felicidade. Rico ou pobre, ele luta e sofre, para alcançar um objetivo, que conquistado, acarreta problemas inesperados. Com isso, a felicidade jamais é integral. Um sofrimento vem em substituição do que desapareceu. Mas, apesar disso, a humanidade, mais preocupada com os problemas da vida terrena, que é passageira, despreza os problemas da vida espiritual que é eterna, embora intercalada por sucessivas encarnações. Se o homem que nada mais é que um Espírito eterno, provisoriamente dotado de um corpo físico, destinada a facilitar-lhe a evolução, conservasse constante contado psíquico, mediante sinceras orações, com os planos espirituais dos Espíritos Protetores, com seu Mentor, que, perante Deus, é dono de seu destino, suas provações poderiam ser aliviadas e, até evitadas. Por conseqüência, a existência terrena seria muito mais feliz.
A própria radiação emitida pelo Espírito do homem, que reza com convicção e humildade, ilumina-lhe o perispírito, expurgando-o de fluidos obscuros e maléficos, absorvidos na prática de faltas morais, contra si ou contra o próximo. Em virtude dessa limpeza do perispírito, que depois de uma oração, feita com pureza de sentimentos e com sincero desejo de libertar-se de defeitos e vícios, o Espírito faltoso se sente aliviado e confiante.
Nunca houve, em nosso Planeta, tanta urgência dos Espíritos encarnados e dos Espíritos desencarnados, que permanecem, em numerosos e diferentes planos terrenos, mas com permanente e mútua influenciação, de conquistarem maior perfeição, melhorando seus sentimentos e com isso evitando que descobertas científicas inspiradas por espíritos, para o bem da humanidade, mas que são desviadas para fins bélicos, sejam usadas para destroçar a humanidade e acabar com o planeta.

A salvação está  na prevalência da lei da fraternidade preconizada por Jesus.



Não faça aos outros, aquilo que não deseja que façam a você!

Neste caso há uma regra infalível: é só trocarmos as posições de agentes e pacientes. Depois, ouvir a “voz da consciência”. Assim: se fulano procedesse comigo da maneira que pretendo proceder consigo, eu gostaria?
Se a “voz da consciência”,       que é a intuição dada pelo Mentor, responder – Não- evite o erro, antes que seja tarde, para resgatá-lo na presente encarnação, porque, no mundo dos Espíritos a humilhação será maior e pior o resgate!
Mas se ao contrário, a “voz da consciência”, responder-lhe: Sim, eu gostaria, a ação é correta e é lícito praticá-la, porque não ferirá a Lei Divina. E um fato é certo: tanto as boas, como as más ações, embora apenas desejada, sem ter havido oportunidade de praticá-la, ficarão, todas elas, registradas no perispírito, donde deverão ser apagadas mediante o resgate da dívida moral contraída com o irmão prejudicado – fato que, como a evolução do ofendido, poderá demorar, acarretara muito sofrimento, não só na presente como na futura encarnação, e principalmente no mundo Espiritual, no qual ninguém engana ninguém!
Em suma, confirmando a sabedoria dos provérbios populares, a leis da causalidade moral está sintetizada neste adágio:
“Quem bem ou mal me fizer, para si é!”

Dr Penna Ribas
Caminho da Iluminação Vol II

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Transplante de Órgãos na Visão Espírita

 


 Desde a mais remota Antigüidade o homem tenta substituir partes do corpo e até mesmo órgãos inteiros por similares retirados de doadores. As primeiras notícias que mostram esse procedimento datam do ano 800 a.C., quando, na Índia, efetuaram-se transplantes para reparar partes lesadas do nariz com a pele retirada da fronte de um doador.
Nos tempos modernos, contudo, o primeiro transplante de um órgão vital executado com relativo sucesso ocorreu na África do Sul, em 1967, graças à habilidade do cirurgião Christian Barnard em dominar as técnicas operatórias cardiovasculares já então desenvolvidas. Hoje, devido a uma maior compreensão dos mecanismos responsáveis pela rejeição de tecidos, os transplantes cardíacos, hepáticos e renais têm ocorrido de maneira por assim dizer rotineira, em alguns casos permitindo sobrevida que ultrapassa uma dezena de anos.
Consciente da realidade do Espírito imoral, é natural que a grande família espírita de nosso país se preocupe com o assunto ou lhe oponha alguns questionamentos, sobretudo a partir da promulgação da Lei nº 9434, de 4 de fevereiro de 1997, que “dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento e dá outras providências”.
O cerne da questão é a denominada morte encefálica, na vigência da qual, órgãos ou partes do corpo humano são removidos para utilização imediata em enfermos deles necessitados. A dificuldade reside justamente em identificar, com precisão, se determinada criatura já preenche os requisitos exigidos para ser classificada nessa situação. Como imaginar que alguém possa ter morrido, se o seu coração ainda bate? E quem garante que a Medicina terá dado a sua última palavra ao afirmar que o agonizante em coma encontra-se em processo irreversível e inexorável em direção à morte? Afinal de contas, há tantos relatos verídicos de enfermos em tais condições que recuperaram parcial ou totalmente a saúde e se reintegraram ao convívio social... E se confundirmos o estado de morte encefálica, retirando órgãos vitais de pessoas ainda vivas? Qual a repercussão desse ato sobre o corpo físico do doente? Não estaríamos, nesta hipótese, cometendo um assassinato? E que dizer do perispírito, esse modelador plástico de importância tão significativa na elaboração do organismo em que vai habitar por algum tempo o Espírito imortal? Tais as questões sobre as quais importa nos fixemos na tentativa de esclarecer o assunto.
Vamos começar pela definição de morte encefálica. O conceito é baseado na constatação clínica de coma aperceptivo e ausência total de reflexos ou de movimentos supra-espinhais que não sejam provocados por hipotermia ou depressão medicamentosa, observados por um tempo mínimo de seis horas. Tal achado clínico deverá necessariamente respaldar-se em um exame subsidiário que demonstra de forma cabal e definitiva a ausência de atividade elétrica cerebral, de perfusão sangüínea cerebral ou de atividade metabólica. A primeira é evidenciada pelo eletroencefalograma e pelo estudo dos potenciais evocados; a segunda, pela arteriografia cerebral, pelo estudo radioisotópico, pela ultrasonografia transcraniana e pela monitorização da pressão intracraniana, enquanto a última poderá ser constatada pelo PET-SCAN e por métodos que medem a extração e o consumo de oxigênio (HC-FMUSP). Estar em morte encefálica, portanto, é estar em uma condição de parada definitiva e irreversível do encéfalo, incompatível com a vida e da qual ninguém jamais se recupera. Logo, os doentes considerados desenganados e em fase terminal que se recuperaram são aqueles que em verdade não preenchiam os critérios de morte encefálica, dela possuindo apenas a aparência, como certos estados comatosos que resultam da agressão de um ou de vários órgãos do corpo humano. Conseqüentemente, carece de argumentação científica o pretexto utilizado pelos espíritas para condenarem o transplante de órgãos: a eutanásia de modo algum se encaixaria nesses casos de morte encefálica comprovada.
Uma objeção por assim dizer ponderável que se faz no meio espírita em relação ao transplante de órgãos diz respeito às repercussões perispirituais que o Espírito possa vir a sentir. Diagnosticada a morte encefálica, experimentaria o Espírito algum tipo de dor no momento em que um órgão de seu corpo moribundo esteja sendo retirado pela equipe médica que intervém no processo? Os Espíritos reveladores informam que a separação da alma e do corpo não é dolorosa (“O Livro dos Espíritos”- questão 154), embora os relatos mediúnicos, sobretudo quando descrevem o sofrimento por que passam os suicidas, nos mostrem que alguns deles experimentam a sensação aterrorizadora da decomposição do corpo físico que já foi abandonado à sepultura! Ora, é a Doutrina Espírita também que nos esclarece que os laços perispirituais não se quebram, simplesmente se desatam. (Questão 155 - obra citada). Isso é facilmente entendido na chamada morte natural, aquela que sobrevém pelo esgotamento dos órgãos físicos, em conseqüência da idade ou de moléstia prolongada. Contudo, nos casos de morte violenta, em que a desencarnação não resultou da extinção gradual das forças vitais, sendo mais tenazes os laços que prendem o corpo ao perispírito, mais lento será o desprendimento completo do corpo espiritual. Ou seja, persistindo ainda alguns laços que prendem o perispírito ao corpo agonizante ou em estado de decomposição, conforme o tempo transcorrido é natural que, a alma experimente certa repercussão no corpo perispiritual provocada pela retirada dos órgãos que serão transplantados, sem que isso se traduza necessariamente por dor ou sofrimento.
No entanto, os Espíritos nos têm alertado sobre o cuidado que devemos observar diante da cremação de cadáveres. Segundo orientação transmitida pelos Imortais a Léon Denis, “a cremação provoca desprendimento mais rápido, mais brusco e violento, doloroso mesmo para a alma apegada à Terra por seus hábitos, gostos e paixões”. Emmanuel chega mesmo a recomendar que se procrastine a cremação por 72 horas, certamente em virtude dos ecos de sensibilidade existentes entre a alma e o corpo que será incinerado. Trazendo o problema para a órbita dos transplantes, poderíamos, da mesma forma, inferir que a retirada abrupta de tecidos ou órgãos de um corpo, cujos laços perispirituais ainda não se romperam completamente, possa levar a igual resultado, ou seja, provocará dor e sofrimento de gradação variada. É possível! Contudo, não nos esqueçamos de que o Espírito de um indivíduo que só viveu para a satisfação de seus instintos materiais e sensuais poderá experimentar também dores inenarráveis, em virtude do processo natural de decomposição do corpo que a morte colheu, ainda mesmo que tenha sido abençoado pela chamada morte natural e não haja sofrido o processo de cremação! Nele, o desprendimento do perispírito é bem mais lento, podendo durar dias, semanas ou meses. Recordemos, ainda, de situação que ocorre todos os dias nas grandes cidades: a prática da necrópsia, exigida por força da Lei, nos casos de morte violenta ou sem causa determinada: abre-se o cadáver, da região esternal até o baixo ventre, expondo-se-lhe as vísceras tóracoabdominais.
Muitas vezes a morte do corpo físico se verificou horas antes dessa intervenção, portanto, no período em que o desligamento dos laços perispirituais não se teria dado completamente, podendo o processo repercutir de forma dolorosa na alma que partiu! Muitos exemplos poderiam enumerar ainda para ilustrar outros casos que resultassem em idêntica conseqüência para o Espírito recém-chegado ao Plano Espiritual. Mas... sofreriam eles, realmente, em qualquer uma dessas situações? E a questão do mérito pessoal? Estaria o destino dos Espíritos desencarnados à mercê da decisão dos homens em retirar-lhes os órgãos para transplante, em cremar-lhes o corpo ou em retalhar-lhes as vísceras por ocasião da necrópsia?! O bom senso e a razão gritam que isso não é possível, porquanto seria admitir a justiça do acaso e o acaso não existe!
Jesus - Cristo marcou a sua passagem entre nós pelos exemplos de caridade de que se fez protagonista. A autoridade dos seus ensinamentos reside precisamente nos atos de nobreza com que dignificou o seu apostolado na Terra.
E quantas vezes Ele se serviu de imagens do cotidiano para ilustrar a Sua mensagem de paz e de boa vontade entre os homens! A parábola da ovelha e dos bodes, na alegoria do Juízo Final (Mateus 25:31-46), assim como a do Bom Samaritano (Lucas, 10:25-37) evidenciam o Seu empenho em nos apontar o verdadeiro caminho da felicidade eterna - a caridade, o amor na sua mais lídima expressão. As curas por Ele operadas em nome da fraternidade legítima, os exemplos numerosos de que deu testemunho ao vivenciar o entendimento, a tolerância, a humildade e o perdão sem fronteiras atestam de maneira eloqüente que o seu discurso estava perfeitamente alinhado com a conduta irrepreensível que dele fez o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo. (“O Livro dos Espíritos” - questão 625).
Paulo de Tarso, o vaso escolhido por Jesus para levar a mensagem libertadora do Evangelho muito além das acanhadas fronteiras de Israel é, também, um exemplo vivo de dedicação e de fidelidade à causa cristã. E ninguém melhor do que ele para compreender a exata dimensão do amor que se desprende das lições iluminadas da Boa-Nova: falar a língua dos homens e dos anjos; ter fé ao ponto de transportar montanhas; distribuir todos os bens, entre os pobres; e entregar o próprio corpo ara ser queimado, nada disso teria proveito se não fosse chancelado pelo amor. Amor paciente, benigno, que não arde em ciúmes, que não cuida dos seus interesses, que se regozija com a verdade, que sofre, que suporta tudo, que jamais acaba... (I Cor., 13:1-13).
A Doutrina Espírita, cumprimento da promessa de Jesus de permanecer eternamente conosco, resumiu todos os deveres do homem para consigo mesmo e para com o Criador através da máxima ”FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO” (Allan Kardec - “O Evangelho segundo o Espiritismo”, cap. 15, item 5). Seus missionários nada mais têm realizado do que observar fielmente esse preceito.
Ora, quando retiramos partes de um cadáver para transplantar em alguém não é o sentimento da mais pura caridade que nos impulsiona? Não estaremos animados daquele sentimento de solidariedade, de caridade pura e desinteressada a que o Evangelho se refere e nos convida a por em prática?
Sejamos pragmáticos. O Espiritismo não poderá jamais contestar interpretações que se afastem desse princípio, a pretexto de defender hipotéticas considerações doutrinárias, até mesmo a de que o transplante levaria à obsessão. A retirada de órgãos aproveitáveis de um cadáver para serem transplantados em alguém que deles necessite não afetará o Espírito que animava o corpo do doador, se este não merecer passar por esta prova. A Lei de Deus, além de justa, é eminentemente misericordiosa, representando o transplante de órgãos valiosa oportunidade dentre tantas outras colocadas à nossa disposição para o exercício da caridade. Estejamos, pois, certos de que “eventuais repercussões perispirituais ou ecos de sensibilidade que o Espírito possa vir a sentir são irrelevantes, diante de um Bem maior”. (Jornal Espírita - fev./98).
Finalmente, não nos esqueçamos jamais de orientar o receptor de transplantes acerca da aquisição e manutenção da saúde que realmente importa - a saúde do Espírito. Todas as criaturas que Jesus curou fisicamente experimentaram o fenômeno da morte do corpo físico, ascendendo às regiões inacessíveis ao sofrimento somente aquelas que foram reconhecidas por muito se amarem.
  
Fonte: Revista Reformador – outubro/1998
Evandro Noleto Bezerra


sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

POR QUE SOFREM OS ANIMAIS?


 
 
 
O saudoso escritor Carmo Bernardes considerava muito importante a presença de animais domésticos numa casa, em contato com as crianças.

Assim, elas crescem amando e respeitando os bichos, porque aprendem que eles sofrem tanto quanto nós mesmos - dizia o sábio regionalista.

Por que sofrem os animais? Eis aí um tema a exigir muitos e profundos estudos, aos quais a Doutrina Espírita oferece os primeiros fundamentos.

Agora mesmo, com o mal da vaca louca nas manchetes da imprensa, ficamos nos perguntando o motivo dessas epidemias que dizimam milhares e até milhões de bovinos.

A chave para a explicação pode estar no abate desenfreado de gado para alimentação humana. Ainda sem livre arbítrio, a alma animal tem necessidade do aprimoramento, num processo reencarnatório estabelecido pela Natureza. O homem o interrompe violentamente e a resposta é a doença coletiva, porque o equilíbrio natural foi abruptamente partido.

A alma animal já possui, em maior ou menor quantidade, uma relativa liberdade e mantém a individualidade depois da morte. Ainda sem livre arbítrio, contudo, ela não dispõe da faculdade de escolha desta ou daquela espécie para renascer. Seu espírito progride, reencarnando em corpos cada vez mais capazes de lhe favorecerem condições pora as primícias do raciocínio acima do instinto.

Entre o espírito do homem e os espíritos dos animais, todavia, a distância é quase do tamanho da existente entre Deus e o homem. É um mistério que a mente humana só muito lentamente aclarará.

A alma animal, que já passou pelo reino mineral, onde a individualidade não existe, evoluiu através do reino vegetal e um dia iniciará a longa caminhada da espécie humana em direção à angelitude.

Mas é muito difícil raciocinar nesses termos devido ao ranço das religiões sectárias, ao orgulho, pretensão, vaidade e egoísmo próprios da espécie humana. O egocentrismo persiste até hoje e é ele que impede à esmagadora maioria das pessoas aceitar a existência do vida em outros planetas embora Jesus tenha afirmado, há dois mil anos, que a casa do Pai tem muitas moradas.

Discípulo de Herbert Spencer, Ernesto Bozzano trouxe da escola positivista o hábito de se apoiar no fato para dele tirar conclusões. Seu audacioso livro Os animais têm alma? Produzido na primeira metade do século XX, é fruto de pesquisas sérias realizadas em 130 casos de aparições e outros fenômenos supranormais com animais.

No prefácio da edição brasileira de sua obra, Francisco Klors Werneck lamenta que, geralmente preocupados com outros problemas, os homens não dêem atenção a seus irmãos inferiores, aos grandes e pequenos seres da criação como cavalos, cães, gatos e outros, "como se eles também não tivessem alma, não possuíssem sentimentos afetivos e mesmo faculdades surpreendentes."

Ele cita que alguns animais percebem a morte próxima, como cavalos e bois que se recusam a entrar no matadouro, advertidos ninguém sabe como, do que os espera lá dentro. Animais, como os cães, se deixam morrer depois da morte de seus donos, tal a desesperada saudade que sentem deles. Um famoso cavalo de corrida se tornou de tal afeição por uma cabra que não aceitava se separar dela.

Os animais têm alma? Dá a entender que os cães podem ser a espécie mais evoluída na escala animal. Relata o fato surpreendente do cão que avançou ferozmente contra outro e parou sem o agredir, ao verificar que era cego. Outro, mais extraordinário ainda, do cirurgião que tratou, em sua própria casa, de um cachorro que tivera a pata esmagada. Passados doze meses, o médico ouviu estranhos arranhões na porta da rua, abriu-a e espantou-se. O cão que curara um ano antes lhe trazia um companheiro com a pata esmagada.

Fato parecido é comum na Cavalaria da Polícia Militar do Estado de Goiás, em Goiânia, onde cavalos com dor de barriga procuram por conta própria o consultório do veterinário, segundo nos contou o doutor Francisco Godinho, que ali trabalha há muitos anos.

Há uma página admirável de Emmanuel, intitulada "Animais e sofrimento", na qual ele analisa o que parece injustiça: os animais, isentos da lei de causa e efeito, sem culpas a expiar por serem irracionais, padecerem sacrifícios e dores neste mundo.

O notável instrutor espiritual de Francisco Cândido Xavier considera, em primeiro lugar, ser necessário interpretar o sofrimento "por mais altos padrões de entendimento. Ninguém sofre tão-somente para resgatar o preço de alguma coisa. Sofre-se também angariando recursos preciosos para a obter. Assim é que o animal atravessa longas eras de prova a fim de domesticar-se, tanto quanto o homem atravessa outras tantas longas eras para se instruir".

Nenhum espírito obtém elevação ou cultura por osmose, mas unicamente através do trabalho paciente e intransferível.

O animal, igualmente, para chegar à auréola da razão, deve conhecer benemérita e comprida fieira de experiências que terminarão por lhe conferir a posse definitiva do raciocínio. Sem sofrimento, não há progresso.

Todo ser, criado por Deus simples e ignorante, é compelido a lutar pela conquista da razão, para em seguida a burilar. Dor física no animal é passaporte para mais amplos recursos nos domínios da evolução. Dor física no homem, acrescida de dor moral, é fixação de responsabilidade em trânsito para a Vida Maior.

Toda criatura caminha para ser anjo: investida na posição de espírito sublime, livra-se da dor, porque o amor lhe será sol no coração, dissipando as sombras ao toque da sua própria luz.

Jávier Godinho


Revista Espírita Allan Kardec - nº48

domingo, 30 de janeiro de 2011

Cremação - Aspectos Legais e Espíritas


 

 

A questão que envolve a cremação tem implicações sociológicas, jurídicas, éticas e religiosas. Por isso, diz respeito a todas as pessoas (mesmo àquelas que não pensaram no assunto, isso por que, por força de Leis Naturais, não revogáveis pelos homens, todos nós, inexoravelmente, morreremos ou desencarnaremos, um dia)


CREMAÇÃO, INUMAÇÃO E EXUMAÇÃO

Cremação, que vem de cremare , significando incinerar ou queimar, é um método muito antigo e asséptico, usado pelos orientais, para transformar em cinza ou pó os restos mortais, o corpo físico inerte, o cadáver da pessoa. Em razão disso, os próprios órgãos públicos – mesmo não orientais – usam legalmente da cremação, nos casos de mortes coletivas – de pessoas ou animais – por epidemias virulentas, para evitar o perigo de expansão das doenças infecciosas. (Ao que mostra a ciência, comumente, algumas horas depois da morte, vermes de várias espécies destroem e consomem as partes moles do corpo - vísceras, primeiramente, e, em seguida, músculos e cartilagens, sobrando apenas os ossos, após algum tempo -, a não ser em casos excepcionais, quando, por exemplo, o corpo se mumifica, por motivo de temperatura muito baixa – congelamento – ou por força de produtos químicos, etc.)

Inumação é o mesmo que sepultamento ou enterro, pois o verbo inumar quer dizer sepultar ou enterrar; é isso que, com maior freqüência, acontece no Ocidente e, particularmente, no Brasil – por sua vastidão de terras, pelo seu imenso espaço físico.

Exumar, que é um verbo composto por ex + humus (terra), do latim, e significa desenterrar ou retirar de dentro da terra.

Errônea Idéia de um Céu Físico

Como pesquisador iluminado e pedagogo extremamente objetivo em sua didática, Kardec (“O Céu e o Inferno”, p. 28-32), com base na ciência, chama-nos a atenção, mostrando que “a Terra não é mais o eixo do Universo, porém uns dos menores astros que rolam na imensidão”. Assim, destrói a errônea idéia de um céu físico e estático, à espera dos “eleitos”, que sempre foi ensinado pela igreja; e, no que tange a essas questões de magna importância para dissipar as nuvens dos seres humanos, Kardec prova que “o Espiritismo vem resolvê-las, demonstrando o verdadeiro destino do homem”, sintetizando: “O homem compõe-se de corpo e Espírito: o Espírito é o ser principal, racional, inteligente; o corpo é o invólucro material que reveste o Espírito temporariamente, para preenchimento de sua missão na Terra e execução do trabalho necessário ao seu adiantamento. O corpo, usado, destrói-se e o Espírito sobrevive à sua destruição. (...) A felicidade dos Espíritos é inerente às suas qualidades e o seu progresso é fruto do próprio trabalho. (...) São eles, pois, os próprios autores da sua situação, feliz ou desgraçada, conforme esta frase do Cristo: - ‘A cada um segundo as suas obras.’ (...) O progresso intelectual e o progresso moral raramente marcham juntos, e a encarnação é necessária ao duplo progresso do Espírito, pois uma só existência corporal é manifestamente insuficiente para ele adquirir todo o bem que lhe falta e eliminar o mal que lhe sobra”.

Léon Denis analisa o temor da morte


O filósofo Léon Denis, seguidor da obra de Allan Kardec, e resumindo as observações do codificador do Espiritismo (especialmente, no que este escreveu em seu clássico “O Céu e o Inferno”), fala do temor que as pessoas têm da morte, observando o seguinte: “Muitas vezes, a imaginação do homem povoa as regiões do além de criações assustadoras, que se tornam aterrorizantes para ele. Certas religiões também ensinam que as condições boas ou más da vida futura são determinadas, na hora da morte, de uma maneira definitiva, irrevogável, e essa afirmação perturba a existência de muitos crentes. Outros temem a solidão, o abandono no seio dos espaços”, acrescentando, por fim: “A Revelação dos espíritos vem pôr termo a todas essas apreensões; ela nos traz sobre a vida de além-túmulo indicações exatas, claras; dissipa a incerteza cruel e o temor do desconhecido que nos atormentam” (“O Problema do Ser”, Petit Editora, SP, 2000, p. 116).

Resposta dos Espíritos à Pergunta de Kardec

Em “O Livro dos Espíritos”, no Livro Quarto, inciso V, ao tratar das esperanças e consolações, Kardec pergunta sobre a preocupação com a morte pelas pessoas, quando elas têm o futuro pela frente, e os Espíritos respondem: “Mas que queres? Procuram persuadi-las, desde cedo, de que há um inferno e um paraíso, sendo mais certo que elas vão para o inferno, pois lhes ensinam que aquilo que pertence à própria Natureza é um pecado mortal para a alma. Assim, quando se tornam grandes, se tiverem um pouco de raciocínio, não podem admitir isso e se tornam ateus ou materialistas. (...) Quanto aos que persistiram na crença da infância, temem o fogo eterno que deve queimá-los sem os destruir. A morte não inspira nenhum temor ao justo, porque a fé lhe dá certeza no futuro, a esperança lhe acena com uma vida melhor e a caridade, cuja lei praticou, lhe dá segurança de que não encontrará, no mundo em que vai entrar, nenhum ser cujo olhar ele deva temer”.

 A Morte Mais Temível
No livro “Palavras de Emmanuel” (3ª edição, FEB, RJ, 1972, p. 111), psicografado por Francisco Cândido Xavier, aquele Espírito nos fala o seguinte: “Espiritualmente falando, apenas conhecemos um gênero temível de morte – a da consciência denegrida no mal, torturada no remorso ou paralítica nos despenhadeiros que marginam a estrada da insensatez e do crime”.

MORTE ENCEFÁLICA E DESENCARNAÇÃO

No livro “Doação de Órgãos e Transplantes”, do advogado Wlademir Lisso, edição da FEESP, o autor, citando o livro da Dra. Daisy Gogliano (“Pacientes Terminais – Morte Encefálica”), escreveu o seguinte: “Na morte encefálica ocorre uma alta pressão e, por isso, o sangue deixa de circular no cérebro e os neurônios ficam inchados e se rompem, e, não havendo qualquer transmissão de impulso entre os neurônios, as células param de funcionar, a parada é irreversível e, em mais ou menos 48 horas, todos os demais órgãos deixam de funcionar, a não ser que sejam mantidos com aparelhos. Portanto, deve-se deixar claro que, mesmo que uma pessoa tenha os batimentos cardíacos, ou seus pulmões ou rins funcionando, no estágio atual da medicina, não poderá se recuperar, se já tiver ocorrido a morte encefálica”.
E, analisando a morte e a desencarnação, e informando que Kardec, usando de bom senso, não adentra o terreno restrito à Ciência e deixa em aberto as interpretações que a evolução dos conceitos científicos permitem. O autor Wlademir Lisso observa: “Não nos parece constituir campo do Espiritismo a definição de morte sob o ponto de vista biológico, mas se ater às conclusões da Ciência, por se tratar de seu campo específico de atuação. Ao Espiritismo cabe, sim, analisar um fenômeno ligado à morte, mas que não ocorre necessariamente no mesmo momento, que é a desencarnação, já que esta se processa na dimensão espiritual inacessível à Ciência positiva”.

Causa da Morte


Uma busca na obra fundamental e básica de Allan Kardec (“O Livro dos Espíritos”, tradução de J. Herculano Pires, Edições FEESP, SP), nas questões 68 e 68-a, verificamos a causa da morte. Pergunta o autor aos Espíritos: “Qual é a causa da morte, nos seres orgânicos?”. A resposta é sintética: “A exaustão dos órgãos”. – “Pode-se comparar a morte à cessação do movimento numa máquina desarranjada?” Resposta: “Sim, pois se a máquina estiver mal montada, a sua mola se quebra; se o corpo estiver doente, a vida se esvai”. Vejamos, a seguir, algumas indagações de Kardec aos Espíritos, na obra acima citada, e as respectivas respostas:

Questão 154: - “A separação da alma e do corpo é dolorosa?”
Resposta: - “Não; o corpo, freqüentemente, sofre mais durante a vida que no momento da morte; neste, a alma nem sente. Os sofrimentos que às vezes se provam no momento de morte são um prazer para o Espírito, que vê chegar o fim do seu exílio”.
Questão 155: - “Como se opera a separação da alma e do corpo?”
Resposta: - “Desligando-se os liames que a retinham, ela se desprende”.



Questão 155-a: - “A separação se verifica instantaneamente, numa transição brusca? Há uma linha divisória bem marcada entre a vida e a morte?”
Resposta: - “Não; a alma se desprende gradualmente e não escapa como um pássaro cativo que fosse libertado. Os dois estados se tocam e se confundem, de maneira que o Espírito se desprende pouco a pouco dos seus liames; estes se soltam e não se rompem”.
Desprendimento do Espírito

O mesmo Kardec, discorrendo sobre a resposta dos Espíritos, quanto ao desligamento da alma e do corpo, por ocasião da morte, na questão 155-a, esclarece: “durante a vida, o espírito está ligado pelo seu envoltório material ou perispírito; a morte é apenas a destruição do corpo, e não desse envoltório, que se separa do corpo quando cessa a vida orgânica. A observação prova que no instante da morte, o desprendimento do espírito não se completa subitamente; ele se opera gradualmente, com lentidão variável, segundo os indivíduos. Para uns, é bastante rápido e pode dizer-se que o momento da morte é também o da libertação, que se verifica logo após. Noutros, porém, sobretudo naqueles cuja vida foi toda material e sensual, o desprendimento é muito mais demorado, e dura às vezes alguns dias, semanas e até mesmo meses, o que não implica a existência no corpo de nenhuma vitalidade, nem a possibilidade de retorno à vida, mas a simples persistência de uma afinidade entre o corpo e o Espírito” (...) É lógico admitir que quanto mais o Espírito estiver identificado com a matéria, mais sofrerá para separar-se dela. Por outro lado, a atividade intelectual e moral e a elevação dos pensamentos operam um começo de desprendimento, mesmo durante a vida corpórea, e quando a morte chega é quase instantânea. “Este é o resultado dos estudos efetuados sobre os indivíduos observados no momento da morte”.

Perturbação Espírita

Analisando a perturbação espírita no momento da morte, Kardec, na questão 164 de “O Livro dos Espíritos”, faz a seguinte indagação: - “Todos os Espíritos experimentam, num mesmo grau e pelo mesmo tempo, a perturbação que se segue à separação da alma e do corpo?” E a resposta dos amigos espirituais é a seguinte: “Não, pois isso depende da sua elevação. Aquele que já está depurado se reconhece quase imediatamente, porque se desprendeu da matéria durante a vida corpórea, enquanto que o homem carnal, cuja consciência não é pura, conserva por muito mais tempo a impressão da matéria”.
Nesse instante, o próprio filósofo-pedagogo Allan Kardec procura detalhar um pouco mais a resposta dos Espíritos, explicando assim: “A duração da perturbação de após morte é muito variável: pode ser de algumas horas, como de muitos meses e mesmo de muitos anos. Aqueles em que é menos longa são os que se identificam durante a vida com seu estado futuro, porque então compreendem imediatamente a sua posição. (...) Nas mortes violentas, por suicídio, suplício, acidente, apoplexia, ferimentos, etc., o Espírito é surpreendido, espanta-se, não acredita que esteja morto e sustenta teimosamente que não morreu. Não obstante, vê o seu corpo, sabe que é dele, mas não compreende que esteja separado. Procura as pessoas de sua afeição, e não entende porque não o ouvem. (...) Esse fenômeno é facilmente explicável: surpreendido pela morte imprevista, o espírito fica aturdido com a brusca mudança que nele se opera. Para ele, a morte é ainda sinônimo de destruição, de aniquilamento; ora, ..., como ainda vê e escuta, não se considera morto. E o que aumenta a sua ilusão é o fato de se ver num corpo semelhante ao que deixou na Terra, cuja natureza etérea ainda não teve tempo de verificar. (...) Vê-se então o espetáculo singular de um Espírito que assiste aos próprios funerais como os de um estranho, deles falando como uma coisa que não lhe dissesse respeito, até o momento de compreender a verdade”.

VISÃO ESPÍRITA DA CREMAÇÃO POR EMMANUEL

Emmanuel, no livro “O Consolador”, psicografado por Chico Xavier (Editora FEB, 11ª Ed., 1985), na página 95, quando lhe perguntam se o Espírito desencarnado pode sofrer com a cremação dos elementos cadavéricos, a resposta é a seguinte: “Na cremação, faz-se mister exercer a caridade com os cadáveres, procrastinando por mais horas o ato de destruição das vísceras materiais, pois, de certo modo, existem sempre muitos ecos de sensibilidade entre o espírito desencarnado e o corpo onde se extinguiu o ‘tônus vital’, nas primeiras horas seqüentes ao desenlace, em vista dos fluidos orgânicos que ainda solicitam a alma para as sensações da existência material”.
E, no que tange à pergunta feita ao Espírito Emmanuel sobre “se é possível que os espiritistas venham a sofrer perturbações depois da morte”, a resposta é esta: - “A morte não apresenta perturbações à consciência reta e ao coração amante da verdade e do amor dos que vivem na Terra tão somente para o cultivo da prática do bem, nas suas variadas formas e dentro das mais diversas crenças”. Mas – ensina Emmanuel – precisamos estar preparados “nos conhecimentos e nas obras do bem, dentro das experiências do mundo para a vida futura, quando a noite do túmulo houver descerrado aos olhos espirituais a visão da verdade, em marcha para as realizações da vida imortal”.

Informação de Léon Denis sobre a Cremação
Em nota de rodapé, na página 116 da obra do filósofo Léon Denis (“O Problema do Ser”, Petit Editora, SP, 2000), encontramos a seguinte informação: “Pergunta-se muitas vezes se a cremação é preferível à inumação sob o ponto de vista da separação do Espírito. Os invisíveis, consultados, respondem que, em tese geral, a cremação provoca desprendimento mais rápido, mais brusco e mais violento, doloroso mesmo para a alma apegada à Terra por seu hábitos gostos e paixões. É necessário certo arrebatamento psíquico, certo desapego antecipado dos laços materiais, para sofrer sem dilaceração a operação crematória. Em nossos países do Ocidente, em que o homem psíquico está pouco desenvolvido, pouco preparado para a morte, a inumação deve ser preferida, posto que por vezes dê origem a erros deploráveis – por exemplo, o enterramento de pessoas em estado de letargia. Deve ser preferida, porque permite aos indivíduos apegados à matéria que o Espírito lhes saia lenta e gradualmente do corpo; mas, precisa ser rodeada de grandes precauções. As inumações são, entre nós feitas com muita precipitação”.
(Grifei a palavra letargia, para lembrar que, conforme o “Novo Dicionário da Língua Portuguesa”, de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, Editora Nova Fronteira, RJ, tal significa “um estado patológico caracterizado por um sono profundo e contínuo no qual as funções da vida estão de tal modo atenuadas que parecem suspensas”)

A ESPERA PARA A CREMAÇÃO

Francisco Cândido Xavier, ao ser indagado no programa “Pinga Fogo”, da extinta TV Tupy, de São Paulo, pelo jornalista Almir Guimarães, quanto à cremação de corpos que seria implantada no Brasil, respondeu: “Já ouvimos Emmanuel a esse respeito, e ele diz que a cremação é legítima para todos aqueles que a desejem, desde que haja um período de, pelo menos, 72 horas de expectação para a ocorrência em qualquer forno crematório, o que poderá se verificar com o depósito de despojos humanos em ambiente frio”.
No Livro “Curso Preparatório de Espiritismo”, da Federação Espírita do Estado de São Paulo, no capítulo 18, há a citação da obra de Emmanuel “Dos Hippies aos Problemas do Mundo”, psicografado por Chico Xavier, quando aquele Espírito de escol recomenda “o aguardo de 72 horas entre o desenlace e a cremação propriamente dita”. No mesmo livro da FEESP, encontramos que o pesquisador Richard Simonetti, em seu trabalho “Quem tem Medo da Morte” (Gráfica S. João, Bauru, SP), registra que “nos fornos crematórios de São Paulo, espera-se o prazo legal de 24 horas, inobstante o regulamento permitir que o cadáver permaneça na câmara frigorífica pelo tempo que a família desejar”, observando que os “Espíritas costumam pedir três dias”, mas “há quem peça sete”.
Deve-se observar, a propósito, que em São Paulo, de acordo com o Provimento nº 13/80 de 21 de maio de 1980, da Corregedoria- Geral da Justiça do Estado, quando se tratar de cremação no caso de morte violenta, o pedido deverá ser feito ao Juiz Corregedor da Polícia Judiciária. É o que registra o parágrafo 1º do artigo 1º desse Provimento: “O pedido será formulado, nos casos de urgência, perante a autoridade policial, que, após opinar a conveniência ou não da liberação do corpo, remeterá, imediatamente, os autos a Juízo” ( porque, como regra, há inquérito policial sobre o fato).

CREMAÇÃO E ESPAÇO PARA INUMAÇÃO

Em seu livro “O Problema do Ser” (páginas 115 / 116), do filósofo Léon Denis, no que tange ao enterro dos mortos, encontramos estas observações: “O aparato com que os sepultamentos são feitos deixa outra impressão não menos penosa na memória dos assistentes. O pensamento de que o nosso invólucro será também, por sua vez, depositado na terra provoca como que uma sensação de angústia e asfixia. Entretanto, todos os corpos que animamos no passado repousam igualmente no solo ou vão sendo lentamente transformados em plantas e flores; esses corpos foram roupas que usamos; nossa personalidade não foi enterrada com eles; pouco importa hoje no que eles se transformaram. Por que temos, então, de nos preocupar mais com o destino daquele de que dispomos hoje do que com os outros? Sócrates respondia com justeza aos seus amigos que lhe perguntavam como ele queria ser enterrado: ‘ Enterrai-me como quiserdes, se puderdes apoderar-vos de mim’”. (Observa, aqui, um amigo - Mamede Cyrino Filho, estudioso do Espiritismo -, mostrando que, na expressão “se puderdes apoderar-vos de mim”, Sócrates queria dizer “se puderdes apoderar-vos do meu Espírito, não do meu corpo”, porque este é transitório.)

Falta de Espaço

No livro “Curso Preparatório de Espiritismo”, de vários autores (Clóvis Nunes Hegedus, Dora Conti Rodrigues, Durval Ciamponi, José de Souza e Almeida, Julia Nezu Oliveira, Levy Paranhos Leite, Lúcia Vivelz de Andrade e Teodoro Lausi Sacco, Edições FEESP, SP, 1998, p. 78 / 80), encontramos um resumo da matéria relacionada à cremação, nos seguintes termos: “No mundo ocidental, a cremação é ainda uma exceção, sendo que a inumação (enterrar o cadáver) é a regra. Mas não é o que ocorre nos países orientais, onde a cremação é prática normal. Deve-se recordar que a metade da população reencarnada habita entre esses povos. Através da história, sabe-se que a cremação ocorria entre vários povos antigos, inclusive em algumas regiões da Grécia; anota-se, também, a ocorrência de tal prática entre algumas civilizações antigas, nas Américas, além de, desde muito tempo, ser prática consagrada no Oriente (Índia, Japão, etc.). Anote-se, ainda, que vários países do Ocidente adotam a cremação como uma opção, e que este procedimento se vem difundindo até em função da falta de espaço, nas grandes cidades, para um cemitério”.
A propósito, convém registrar que, na Inglaterra, somente próximo da 2ª Grande Guerra é que as autoridades locais, com difíceis problemas de espaço para as carências sociais dos cidadãos, concluíram que não era possível manter por mais tempo o sistema de enterro de corpos, que era dissipador da terra, e todo esforço deveria ser feito para encorajar o processo de cremação. O resultado pode ser visto pelo crescimento, não somente em relação ao número de crematórios (190, até os anos 70) e de cremações levadas a efeito, mas também na percentagem de cremações em relação ao total das mortes.

Os Riscos da Inumação

Além disso, há os riscos da inumação, pois, numa reportagem de 1º de dezembro de 1997, no jornal “Metrô News”, de São Paulo, do jornalista Volnei Valentim, sob o título de “Cemitérios Contaminam Água Potável”, há um alerta de dois professores (Lesiro Silva e Alberto Pacheco, respectivamente das Universidades São Judas e de São Paulo) sobre a disseminação do “necrochorume” (líquido formado a partir da decomposição dos corpos) na natureza, explicando a reportagem: “Além dos dejetos de cadáveres contaminarem quem mora perto dos cemitérios, laudos técnicos de órgãos oficiais demonstram que a incidência desse fenômeno pode ocorrer a grandes distâncias, principalmente quando a nascente de um córrego está localizada nas proximidades de um cemitério. Dessa forma, invariavelmente, as águas acabam chegando às torneiras e levando doenças como poliomielite, hepatite, gangrena gasosa, tuberculose, escarlatina e tantas outras”.
A matéria observa, ainda, que, “entre as manifestações mais graves no organismo humano, está a shiguela, uma forma de desinteria bacilar que, por meio do necrochorume, pode matar em 48 horas. Inclusive, em São Paulo – diz a reportagem – somente no ano passado (1996), em um único hospital, foram registrados três óbitos por esse tipo de agente”. E, finalizando a matéria, o jornalista traz as palavras do geólogo Leziro Silva (com 27 anos de pesquisa): “Sem sombra de dúvida, os cemitérios causam impacto ambiental considerável, como contaminação das águas por microorganismos que proliferam durante o processo de decomposição dos cadáveres, bem como os patogênicos causadores de óbitos”.

Fonte: Portal do Espírito

Autor : Bismael B. Moraes
Link: http://www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/desencarne/aspectos-legais-da-cremacao.html

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Reencarnação - Justiça de Deus




No livro “Animais, nossos irmãos”, Eurípedes Kühl faz uma comparação interessante, ele diz que Kardec foi o mestre das obras para a construção de um alicerce, firme e completo, sobre e a partir do qual se ergue uma obra moral - o Espiritismo. Essa obra tem uma abrangência mundial e em todas as classes sociais. Comparando a um prédio, ela ocuparia a partir do o térreo, crescendo proporcionalmente na razão direta da evolução espiritual dos inquilinos.
Os cinco livros básicos do Espiritismo elaborados por Kardec, são os alicerces e a partir destes uma extensa literatura doutrinária surgiu para iluminar e esclarecer. Segundo o autor podemos considerar o exercício mediúnico como mão-de-obra nessa construção. O projetista dessa sublime edificação: Jesus.
Quanto mais essa obra cresce, ela aproxima seus inquilinos do céu e assim cada um vai subindo os andares superiores de acordo com o merecimento individual, sendo necessário um esforço para vencer nossos defeitos morais, como inveja, ódio, egoísmo, egocentrismos, luxuria e outros. Não é fácil superar todos esses problemas em apenas uma única vida, e a maioria quando chega ao final da vida, tem a verdadeira sensação de que não conseguiu realizar tudo que queria e podia, acaba deixando esse mundo com um sentimento de fracasso. Deus que é tão justo e bom pai nos deu a reencarnação e com ela temos sempre uma nova oportunidade.  
O livro o “ Último passageiro” Romance mediúnico de Zélia Carneiro Baruffi pelo espírito de Celmo Robel, nos fala que em vida e até depois dela, costumamos achar que  nossos sofrimentos são infindáveis e que nos é imposto muitas coisas as quais  não entendemos e por isso nos revoltamos, acabamos pensando que tudo é castigo de Deus devido aos nossos erros e desacertos. Mas devemos saber que Deus, nosso Pai amoroso, é bom e jamais nos castigaria. Não somos condenados pelos nossos erros, apenas sofremos a conseqüência de nossos atos inconseqüentes e a reencarnação é uma oportunidade de revê-los e corrigi-los em outra etapa da vida. É muito consolador saber que embora tenhamos tristezas e lágrimas, estes não são eternos e que por mais que tenhamos errado, teremos como ressarcir em uma nova encarnação, ou seja, outra oportunidade para evoluirmos. Aí está à justiça de Deus, dessa forma ficamos todos iguais e, para o resgate, os Espíritos procuram formar famílias espirituais no espaço. De acordo com nossas necessidades, renascemos juntos, constituímos famílias canais e através de um programa feito no mundo espiritual caminhamos para uma evolução conjunta. O que acontece é que quando chegamos ao planeta, esquecemos os compromissos assumidos e caímos novamente em erro, acarretando dessa forma, mais ônus. E Deus em sua  infinita bondade nos dá outra oportunidade através da reencarnação.A nossa evolução começa na família, onde temos chance de, exercitar a paciência com aqueles com quem convivemos, cada qual com uma personalidade diferente, oferecer o nosso amor incondicional, sem limites e, com eles, aprender a melhor forma de ser. Não esquecendo que só o amor constrói. Somente o amor liberta.
Enquanto não tomarmos consciência de nossos erros e, de fato, desejarmos o progresso espiritual, caminharemos por muito tempo ainda, pela estrada do sofrimento e das lágrimas! Claro que não é fácil, é necessário muita perseverança para vencermos nossos monstros internos, cultivar boas ações, amor ao próximo, esquecer-mos de nós em benefício do outro. E sempre que nos sentir-mos tentados a cometer erros, devemos pensar na máxima que Jesus nos ensinou: “Fazei ao outros o queres que façam a você”.
Ou seja, se cada vez que formos usar da maledicência, do egoísmo, da maldade para com alguém, lembremos das palavras de Jesus e façamos a pergunta: E se fosse comigo, eu gostaria? Pensem nisso!!!

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Tragédias coletivas

Homenagem as vítimas da Tragédia de Santa Maria






Essas ocorrências, chamadas catastróficas, que ocorrem em grupos de pessoas, em família inteira, em toda uma cidade ou até em uma nação, não são determinismo de Deus, por ter infringido Suas Leis, o que tornaria assim, em fatalismo. Não. Na realidade são determinismos assumidos na espiritualidade, pelos próprios Espíritos, antes de reencarnar, com o propósito de resgatar velhos débitos e conquistar uma maior ascensão espiritual. O Espírito André Luiz, no livro Ação e Reação, afirma esses fatos: “nós mesmos é que criamos o carma e este gera o determinismo”.São ações praticadas no pretérito longínquo, muito graves, e por várias encarnações vamos adiando a expiação necessária e imprescindível para retirada dessa carga do Espírito, com o fim de galgar vôos mais altos. Assim, chega o momento para muitos, por não haver mais condições de protelar tal decisão, e terão que colocar a termo a etapa final da redenção pretendida perante as Leis Divinas. Dessa complexidade de fatos é que geram as chamadas “mortes coletivas”.Os Espíritos Superiores possuem todo conhecimento prévio desses fatos supervenientes, tendo em vista as próprias determinações assumidas pelos Espíritos emaranhados na teia de suas construções infelizes, aí, providenciam equipes de socorros altamente treinadas para a assistência a esses Espíritos que darão entrada no plano espiritual. Mesmo que o desencarne coletivo ocorra identicamente para todos, a situação dos traumas e do despertar dependerá, individualmente, da evolução de cada um. Estes fatos, mais uma vez André Luiz confirma: “se os desastres são os mesmos para todos, a “morte” é diferente para cada um”.



Diante de toda essa tragédia que está acontecendo na Região Serrana do Rio de Janeiro, ficamos nos perguntando: Por que elas acontecem? O que fizeram todas essas pessoas?
Por que todo ano acontecem novas tragédias que matam milhares de pessoas em todo mundo? Encontrei esse artigo que pode esclarecer muita coisa. Estou postando em meu blog, com a intenção de ajudar outras pessoas que tenham as mesmas dúvidas.



Tragédias coletivas
Escrito por Victor Rebelo   

Ao findar o ano de 2004, a humanidade se viu dividida entre dois sentimentos contraditórios. De um lado, a alegria da mesa farta (ainda que muitos não tivessem sequer o necessário), e da recente troca de presentes e abraços emocionados em amigos e familiares.
Antigas mágoas que se dissiparam  e novas promessas que animam e dão renovado sabor à vida. De outro lado, mais de duzentas mil pessoas morrem inesperadamente vítimas de uma Tsunami, onda gigante causada por um terremoto no oceano.
Muitos dos que não foram atingidos pela Tsunami e que conheceram seu poder de destruição apenas pelos meios de comunicação se questionaram. Seria justo celebrar a vida enquanto milhares acabaram de morrer e muitos encontram-se desesperados à procura de sobreviventes, sem um lar, sem o que comer e nem onde se abrigar? O que fazer? Uma prece? Uma vibração? Doar um agasalho ou um quilo de feijão? Uma grande tragédia aconteceu, o que fazer?
Por um momento as pessoas acordam para uma realidade que não é a delas. Saem de seu “mundinho” fechadas em torno de si mesmas e percebem a dor alheia. Muitos sentem pena, outros, mais esclarecidos, compaixão. A maioria volta rapidamente para sua realidade habitual, como se nada tivesse acontecido. Como se na África explorada e cadavérica, no Oriente Médio enfurecido e sem amor próprio, no Haiti e em outras pequenas ex-colônias, sugadas ao extremo e largadas a um povo sem direção... como se nesse imenso Terceiro Mundo, as doenças, a fome e a violência não criassem diariamente grandes tragédias, passadas despercebidas por aqueles que vivem apenas para “sua” realidade, sem notar que a Realidade é uma só.
Existem, também, aquelas pessoas que não tiveram tempo de questionar a sorte dos que morreram com a onda gigante. “Arregaçaram as mangas” e foram trabalhar, dia e noite, como voluntários no auxílio às vítimas. São verdadeiros despertos, lúcidos diante da vida, diante do próximo.
Frente a inúmeros questionamentos, sacerdotes e representantes de todas as religiões se apressaram em esclarecer seus fiéis, a fim de “limpar a barra” de Deus. Pronto! O julgamento está feito: o culpado é o diabo! É o fim do mundo. Não! Gritam os céticos. Foi um evento natural, geológico. E então, caro leitor? Quem é o culpado? Como a doutrina espírita explica a justiça de Deus nas grandes tragédias?

Progresso coletivo
Em O Livro dos Espíritos, ao perguntar se a destruição é uma lei da natureza, Allan Kardec obtém como resposta que “É preciso que tudo se destrua para renascer e se regenerar, porque o que chamais destruição não é senão uma transformação que tem por objetivo a renovação e melhoramento dos seres vivos”.
Em primeiro lugar, precisamos entender que ninguém morre. O corpo físico denso se transforma, esteja no fundo da terra ou nas chamas da cremação. O duplo etérico se desfaz e sua matéria sutil retorna ao fluido cósmico universal, conforme explicam os espíritos na mesma obra.
E a consciência, o ego, a pessoa? Para aonde vai? Para responder esta pergunta corretamente e da forma que ela merece ser respondida, sugiro ao leitor que estude, pelo menos, O Livro dos Espíritos e O Céu e o Inferno. Ambos os livros são uma série de perguntas de Kardec a espíritos do mundo inteiro através de médiuns. Mas, respondendo de forma extremamente resumida e, por si só, muito vaga, respondo que a pessoa, após a morte do corpo carnal, vai para o mundo dos espíritos.
Então você já entendeu que as pessoas que morreram com a Tsunami, na verdade não morreram, certo? Por isso, ao invés de morrer, vamos usar o termo desencarnar. Só desencarna quem estava encarnado, é óbvio.
Mas o que leva uma pessoa a desencarnar de maneira tão trágica?
Em primeiro lugar, é preciso entender que nenhuma pessoa na Terra está vivendo sua primeira existência como ser humano. A natureza não dá saltos. Tudo no universo se encadeia; uma peça se encaixa na outra em um sistema perfeitamente harmônico. Você já viveu outras encarnações aqui na Terra e possivelmente até em outro planeta.
Acima do ego, você é uma centelha divina, um princípio inteligente individualizado (individualizado sim, separado não, pois não existe nada que não faça parte do Todo, de Deus, a Realidade Suprema). Por algum motivo, você foi direcionado ao Planeta Terra. Isso significa que está sujeito às Leis que regem este planeta, certo? Fome, frio, calor, sede ... viver aqui é estar sujeito a várias forças e necessidades vitais. Terremotos e maremotos, por exemplo, são ocorrências naturais, que têm como causa a própria constituição do globo planetário. Por outro lado, existem determinados eventos planetários que são causados pelo homem, e este, vai sofrendo suas conseqüências (super aquecimento da temperatura devido a buracos na camada de ozônio etc).
Como eu já disse, a natureza não dá saltos, e para que você transcenda a necessidade de viver aqui neste planeta e parta para mundos superiores é necessário todo um processo de evolução, que não ocorre em uma única, mas em inúmeras encarnações.
O Karma, ou Lei de Ação e Reação é imutável, mas sua aplicação não é rígida. Age com justiça para todos, e por isso é flexível, dinâmica e relativa a cada um.

Justiça perfeita
Então, se você já sabe que todos nós já vivemos outras encarnações aqui na Terra; sabe que existe uma Lei de harmonia e perfeição que rege o universo; que é “dado a cada um segundo suas obras”.
Se você está sofrendo, faça o que Kardec aconselhou: procure as causas na vida presente. Se após um exame profundo e sincero (o que às vezes é dificílimo) você chegar à conclusão de que nada fez para sofrer tantos infortúnios, então, pode-se dizer que as causas encontram-se no passado distante, antes desta sua atual encarnação. É que somente agora chegou o tempo das sementes daninhas que você plantou na sementeira dos próprios passos darem resultado. Nestas circunstâncias, é preciso buscar forças, cada um a seu jeito, para transformar o sofrimento em lição bendita e passar pelas situações difíceis da melhor maneira possível.
Com isso, quis mostrar ao leitor que, as pessoas que naquele local, no momento exato em que a onda gigante surgiu arrasadora, ali estavam, é porque a Lei de Retorno (Ação e Reação, ou Karma) assim permitiu. O histórico de vida delas assim determinou. Como eu disse, a Lei do Karma é dinâmica. Muitos que ali poderiam estar, conseguiram, devido a seus atos, criar um novo rumo na vida e desta forma, escapar da tragédia. Cada caso é um caso e precisaria ser analisado individualmente.
Mas, se analisando sob o ponto de vista espiritual, cada um sofre as conseqüências de seus atos, porque existem tragédias coletivas?
Vejamos a questão 737 de O Livro dos Espíritos:
“Com que objetivo Deus atinge a Humanidade por meio de flagelos destruidores? Para fazê-la avançar mais depressa. Não vos dissemos que a destruição é necessária para a regeneração moral dos Espíritos, que adquirem, a cada nova existência, um novo grau de grau de perfeição? É preciso ver o fim para lhe apreciar os resultados. Não os julgais senão sob o vosso ponto de vista pessoal e os chamais de flagelos por causa do prejuízo que vos ocasionam. Mas esses transtornos são, freqüentemente, necessários para fazer alcançar, mais prontamente, uma ordem melhor de coisas, e em alguns anos, o que exigiria séculos”.
Assim, entendemos que, devido a nossos próprios erros, a dor muitas vezes se faz necessária para nos mostrar nosso ponto de equilíbrio interior. É como a criança que precisa por o dedo no fogo para saber que ele queima. Se ela escutasse os conselhos dos pais, não precisaria se queimar. É o caso da nossa humanidade. Quantas dores e sofrimentos poderiam ser evitados se ao invés de guerras procurássemos o caminho da fraternidade.
Mas, vejamos as questões seguintes:
738 – Deus não poderia empregar, para o aprimoramento da Humanidade, outros meios senão os flagelos destruidores? Sim, e o emprega todos os dias, visto que deu a cada um os meios de progredir pelo conhecimento do bem e do mal. É que o homem não aproveita [...].
739 – Os flagelos destruidores têm uma utilidade, sob o ponto de vista físico, malgrado os males que ocasionam?
Sim, eles mudam, algumas vezes, o estado de uma região; mas o bem que disso resulta não é, freqüentemente, percebido senão pelas gerações futuras.
740 – Os flagelos são provas que fornecem ao homem a ocasião de exercitar sua inteligência, de mostrar sua paciência, sua resignação à vontade de Deus, e o orientam para demonstrar seus sentimentos de abnegação, de desinteresse e de amor ao próximo, se ele não está mais dominado pelo egoísmo”.
Portanto, a doutrina espírita de forma alguma é fria, insensível. Ao afirmar, com Jesus, que “a cada um é dado segundo suas obras”, ela também prega o “amai ao próximo como a ti mesmo”, ou ainda, “fora da caridade não há salvação”.
Mas tudo isso não significa que o homem deve ser passivo aos flagelos destruidores. Na questão seguinte, Kardec pergunta se é dado ao homem conjurar os flagelos que o afligem. Os espíritos respondem: “ Sim, de uma parte, mas não como se pensa, geralmente. Muitos flagelos são o resultado de sua imprevidência; à medida que ele adquire conhecimentos e experiência, pode conjurá-los, quer dizer, preveni-los, se sabe procurar-lhes as causas. Mas entre os males que afligem a Humanidade, há os gerais que estão nos desígnios da Providência, e dos quais cada indivíduo recebe mais ou menos, a repercussão. A estes o homem não pode opor senão a resignação à vontade de Deus e, ainda, esses males são agravados, freqüentemente, pela sua negligência.”.

Uma doutrina libertadora
Como podemos perceber, a doutrina espírita não prega o fatalismo e nem o conformismo cego diante das tragédias da vida, até mesmo das chamadas tragédias coletivas. O que o espiritismo ensina é que a lei é uma só: para cada ação que praticamos colheremos a reação. Diante da natureza, enquanto o homem não cuidar do planeta com o devido respeito, receberá cada vez mais os choques violentos como resposta. Nos casos em que a causa independe da ação do homem, ainda assim, o espiritismo nos ensina que não existem vítimas ao acaso. Tudo obedece a um plano perfeitamente harmônico e quando as causas do sofrimento não podem ser atribuídas nesta encarnação, é porque sua origem se perde na noite dos tempos...
A maior lição que a doutrina nos ensina é: fora da caridade não há salvação! Estender nossos braços e amparar os necessitados é a missão sublime de todos os espíritas.

Artigo publicado na Revista Cristã de Espiritismo, edição 31

VOCÊ SABE O QUE PEDIR?



         Estamos acostumados a pedir, em nossas orações, algo que consideramos importante, porém, quando conseguimos a graça, voltamos a pedir algo que, muitas vezes, julgávamos trivial e banal, sem ao menos agradecer as nossas súplicas anteriormente atendidas.
         Acostumados a petições intermináveis, julgamos sermos merecedores de alguma vantagem ou privilégio, simplesmente por termos uma religião e, algumas vezes, praticarmos a caridade. Doce ilusão pensar que “somos especiais” por fazer algo que não é mais do que a nossa obrigação. Podemos usar, neste caso, a metáfora do filho que barganha com o pai para ganhar um carro se passar no vestibular. Mas a barganha é coisa antiga e chega a ser cômica em algumas situações, como aquela em que o individuo barganha com Deus caso venha a ganhar na loteria; irá praticar caridade e ajudar muitas instituições beneficentes! Mas, sabemos que quando a matéria sobrepõe à espiritualidade torna-se uma arma perigosa, capaz de escravizar a sociedade sedenta e desejosa de felicidade, e achamos que na abonança financeira iremos possuir esta felicidade.
         Oramos por projetos pessoais, mas, para amenizar a consciência, alegamos intimamente que outras pessoas também serão beneficiadas. A verdade é que pensamos primeiro em nós. É difícil encontrarmos alguém rogando a Deus para que na caminhada evolutiva não obtenha nenhuma vantagem e que seja feita à vontade de Deus em sua provação.
         E somos ingratos quando não somos atendidos, achamos que Deus não olha por nós, que somos excluídos ou coisa parecida, pois tantas pessoas conseguem ser atendidas e nós, não. No livro Palavras de Vida Eterna, psicografado por Chico Xavier, pelo espírito de Emmanuel, podemos ler - no capítulo Rogar - que “Em circunstâncias diversas, acontecimentos que nos parecem males são bens que não chegamos a entender, de pronto, e basta analisar as ocorrências da vida para percebermos que muitas daquelas que se nos afiguram bens resultam em males que nos dilapidam a consciência e golpeiam o coração”. Pensamos estar preparados, mas quando este sentimento não se concretiza nos sentimos incompetentes. Pode levar anos para entendermos que aquele projeto que tanto ansiávamos poderia ser prejudicial para nós nesta encarnação por não estarmos aptos a exercê-lo na oportunidade em que tanto almejávamos.
         Mesmo assim, ainda contamos com amigos espirituais que se prejudicam por se comoverem com nossas súplicas, e em nome do amor, recorrem à espiritualidade superior, “mas nem sempre estamos habilitados a receber o que desejamos”, comenta Emmanuel.
         A verdade é que nem sempre estamos satisfeitos com o que temos, precisamos de mais. O sonho de ter um carro é normal, mas porque o vizinho tem um melhor, precisar se igualar ou superá-lo por mera vaidade já é um ato de arrogância. Perturbar-se por vulgaridades é prejudicial, afetando, inclusive, aqueles que nos cercam.
         Temos uma quantidade imensa de livros espíritas para podermos estudar, refletir, trabalhar nossa reforma íntima e moral. Porém, o livro As Vidas de Chico Xavier, escrito pelo jornalista Marcel Souto Maior, descreve com clareza e eficiência a missão do nosso querido Chico. É uma leitura imprescindível para conhecermos melhor este médium que trabalhou fervorosamente na psicografia de 412 livros, divulgando, assim, a doutrina espírita. Psicografou mais de 10 mil mensagens às mães que perderam seus filhos; doou todos os direitos autorais destes livros a entidades espíritas, pois, como ele mesmo dizia, os livros não eram dele, mas dos espíritos. Praticou a caridade na íntegra; viveu com simplicidade e cumpriu sua árdua missão.
         Depende de nós aproveitarmos cada momento no trabalho mútuo em prol do bem, afinal, ninguém evolui sozinho; temos diversos companheiros no mundo físico e espiritual comprometido conosco!

Autor: Marco Tulio Michalick
Texto publicado na Revista Cristã de Espiritismo, edição 83, ano 2010.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Qual é o sentido da vida?


Marta Antunes Moura
 “Não somente de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai
da boca de Deus.” (Mateus, 4:4.)


Questionamento sobre o sentido da vida acontece em algum momento da existência, mas a resposta à indagação está relacionada a vários fatores, entre eles: idade, nível de maturidade espiritual, educação recebida, formação religiosa, interesses...
A respeito do assunto, esclarece Léon Denis que:
O que importa saber antes de tudo é o que somos, de onde viemos, para onde vamos, quais são os nossos destinos.As ideias que fazemos do Universo e suas leis, do papel que cada um de nós deve exercer sobre este vasto teatro, tudo isso é de uma importância capital. É de conformidade com elas que dirigimos os nossos atos. [...] Para as coletividades, da mesma forma que para o indivíduo, a concepção do mundo e da vida é que determina os deveres; mostra o caminho a seguir, as resoluções a adotar.
Não resta dúvida que esse é o melhor critério, entretanto, sabemos que significativa parte da Humanidade restringe a existência à mera experiência biológica (nascer, crescer, reproduzir e morrer). Para muitos indivíduos o enfoque é a família e/ou a profissão. Os hedonistas preferem gozar a vida, sem pesar as consequências. Mas há pessoas que, efetivamente, centralizam a vida na busca pela melhoria espiritual. Tal constatação nos faz concluir que, a rigor, não há um consenso de respostas, como indicam pesquisas realizadas, uma vez que o entendimento sobre o sentido da vida varia de pessoa para pessoa, estando sujeito a mudanças de opinião, à medida que envelhecemos ou nos tornamos mais experientes.
Denis considera ainda que as indagações sobre o porquê da vida fazem parte da natureza humana:
Qual o homem que, nas horas de silêncio e recolhimento, já deixou de interrogar a Natureza e ao seu próprio coração, pedindo-lhes o segredo das coisas, o porquê da vida, a razão de ser do Universo? Onde está esse que não tem procurado conhecer os seus destinos, erguer o véu da morte, saber se Deus é uma ficção ou uma realidade? Não há ser humano, por mais indiferente que seja, que não tenha enfrentado algumas vezes com esses grandes problemas. A dificuldade de resolvê-los, a incoerência e a multiplicidade das teorias que daí se derivam, as deploráveis consequências que decorrem da maior parte dos sistemas conhecidos, todo esse conjunto confuso, fatigando o espírito humano, o tem atirado à indiferença e ao ceticismo.
Para os filósofos da Antiguidade, o verdadeiro sentido da vida estava na aquisição da felicidade, genericamente considerada “[...] estado de satisfação devido à situação do mundo”, conceito que não deveria ser confundido com o de bem-aventurança, entendido como o ideal de satisfação, ou de felicidade completa, independente das condições do homem no mundo.
A felicidade era então compreendida como algo bem mundano, de acordo com as necessidades imediatas do homem, segundo esta afirmativa do filósofo grego Tales de Mileto (624 ou 625 a.C.-556 ou 558 a.C.): “[feliz é] quem tem corpo são e forte, boa sorte e alma bem formada”. Em outras palavras, significa dizer que a felicidade se resume em ter boa saúde, sucesso na vida e possuir boa formação educacional, condições priorizadas pela sociedade moderna.
O conceito de felicidade foi mais tarde incorporado ao prazer, possivelmente a partir das ideias de Demócrito de Abdera (460-380 a.C.), que definiu felicidade como sendo “[...] a medida do prazer e a proporção da vida”. Tal concepção serviu de base para o desenvolvimento do pensamento filosófico, em relação ao sentido da vida, nos séculos posteriores. Estudiosos famosos aceitaram a relação felicidade–prazer, imprimindo esta direção ao pensamento ocidental. Entre eles, destacamos: Lorenzo Valla (1407-1457), eminente educador humanista italiano; John Locke (1632-1704), inglês, respeitado ideólogo do liberalismo; Gottfried Wilhelm Leibniz (1646-1716), distinguido cientista alemão; e o britânico Bertrand Arthur William Russell (1872-1970), uma das personalidades mais influentes do século XX, matemático e lógico de renome.
Importa ressalvar que, desde os tempos remotos, Platão (428 ou 427 a.C.-348-347 a.C.) já fazia clara distinção entre felicidade e prazer, admitindo que uma estava vinculada à aquisição de virtudes, a outra, às sensações físicas: “[...] o mundo dos sentidos e dos prazeres sensoriais inibe o encontro da felicidade verdadeira, porque nos torna presos ao mundo real [físico], que não é [...] a realidade mais elevada”.5
Em termos religiosos, o Hinduísmo relaciona o sentido da vida à harmonia e libertação espirituais, ambas necessárias à comunhão eterna e pacífica com Deus. Para os brâmanes, é atingir o estado de consciência cósmica. O Judaísmo valoriza a observância das leis de Deus, registradas nos seus livros sagrados. O Budismo orienta que o sentido da vida está na liberdade de cada um escolher como conduzir a própria vida. Para o Cristianismo é necessário vivenciar o Evangelho, condição totalmente acatada pelo Espiritismo.
A citação de Mateus, inserida no início deste artigo, pode ser considerada um roteiro espírita sobre o sentido da vida. Interpretada por Emmanuel, destaca este Benfeitor a importância de reconhecermos a extensão e o valor das bênçãos divinas, distribuídas por Deus em nosso benefício. Assim, considera a palavra “pão” (Não somente de pão viverá o homem), presente no texto evangélico, como símbolo representativo das concessões materiais doadas ao encarnado. Pondera, entretanto, que tais dádivas devem ser utilizadas para a obtenção do alimento espiritual (toda palavra que sai da boca de Deus), que é o verdadeiro sustento à vida do Espírito imortal. Eis como se expressa:

Não somente agasalho que proteja o corpo, mas também o refúgio de conhecimentos superiores que fortaleçam a alma. Não só a beleza da máscara fisionômica, mas igualmente a formosura e nobreza dos sentimentos. Não apenas a eugenia que aprimora os músculos, mas também a educação que aperfeiçoa as maneiras.
Não somente a cirurgia que extirpa o defeito orgânico, mas igualmente o esforço próprio que anula o defeito íntimo.

Não só o domicílio confortável para a vida física, mas também a casa invisível dos princípios edificantes em que o espírito se faça útil, estimado e respeitável. Não apenas os títulos honrosos que ilustram a personalidade transitória, mas igualmente as virtudes comprovadas, na luta objetiva, que enriqueçam a consciência eterna.
Não somente claridade para os olhos mortais, mas também luz divina para o entendimento imperecível.
Não só aspecto agradável, mas igualmente utilidade viva.
Não apenas flores, mas também frutos.
Não somente ensino continuado, mas igualmente demonstração ativa.
Não só teoria excelente, mas também prática santificante. Não apenas nós, mas igualmente os outros.
Ao final, conclui com a sabedoria e a simplicidade de sempre:

Disse o Mestre: – “Nem só de pão vive o homem.”
Apliquemos o sublime conceito ao imenso campo do mundo. Bom gosto, harmonia e dignidade na vida exterior constituem dever, mas não nos esqueçamos da pureza, da elevação e dos recursos sublimes da vida interior, com que nos dirigimos para a Eternidade.
Reformador Federação Espírita Brasileira
http://www.febnet.org.br/reformadoronline/pagina/?id=204#

domingo, 9 de janeiro de 2011



O QUE VOCE FAZ DE SUA MEDIUNIDADE

É verdade.

Vamos educar as nossas mediunidades
conforme esclareceu Allan Kardec
no Liro do Médiuns.

Procuremos os Casas Espiritas que mantem cursos de espiritismo,
mediunidade, aprendizes de evangelho.

Indiquemos essas casas para aqueles que nos procuram.
Indiquemos o plantão fraterno.
Indiquemos a casa que tem um plantão de esclarecimento espiritual.

Atualmente, as casas espiritas já estão estruturadas
em cursos especializados.

E temos a curso de reforma intima,
que todos devem procurar fazer.

Pois a mediunidade todos temos.
O que importa, é o que você faz de sua mediunidade.

Pois, todos os nossos atos tem consequências.
Para o bem e para o não bem.

Semeemos o bem para sermos luzes
nos caminhos de nossos irmãos.
Muita Luz e Paz.

Mensagem Espírita
http://www.facebook.com/mensagem.espirita

PRECE INTERCESSÓRIA
Fraternos.

Coloquemos a nossa mediunidade em auxilio daqueles que precisam.
E podemos fazer isso, também sozinhos.
Pratiquemos a mediunidade intercessória.
Pratiquemos essa mediunidade exercida por Jesus Cristo.
Jesus Cristo orava pelos apóstolos.
E nós, também podemos orar por outras pessoas.

É a Prece intercessória.
É o nosso pensamento em favor de quem precisa.
É obrigação de todo o cristão, espirita orar por:
Si mesmo.
Pelos parentes.
Pela família.

Pelos amigos e inimigos (encarnados e desencarnados)
Pelos que sofrem.
Pelos que ninguém ora.

Ou se quiserem também, fazer as vibrações.

Sim, e não devemos esquecer de nossa primeira responsabilidade,
ao acordar.

Fazer a nossa prece diária.
Sim, agradecer A Deus por todos os benefícios
recebidos nesta vida até esse dia e pela noite transcorrida.

Sim, e depois fazer os nossos pedidos particulares.

E pedir e interceder em prece pelos outros.

Essa mediunidade intercessória devemos fazer sempre.

Coloquemos as nossas forças psíquicas, mediúnicas
em favor daqueles que precisam.

Pois Jesus Cristo esclareceu a todos nós:

Amar a Deus sobre todas as Coisas.
E ao próximo como a si mesmo.

Trabalhemos a nossa mediunidade em favor daqueles que mais precisam.
Muita Luz e Paz.
Mensagem Espírita
http://www.facebook.com/mensagem.espirita

EXERÇAMOS A MEDIUNIDADE GRATUITA- ESCLARECER

Fraternos

É verdade.
Quantos tem mediunidades?
Em todas as escolas religiosas do orbe terrestre?

E quando aflora a mediunidade?

O que fazer?
Onde se socorrer?
Onde procurar?

Muitos veem vultos.
Muitos começam a ter a percepção dos espíritos.
Muitos ouvem sons.
Muitos vem cores.

É o começo do chamamento para o nosso objetivo espiritual
de nossa encarnação.

E onde não temos a mediunidade esclarecida, temos a ignorância espiritual.
E onde temos a ignorância espiritual, temos os usurpadores do espirito.
E temos aqueles que por interesses próprios, enganam e enganam a muitos.


Irmãos sob o jugo da carne.

Conhece alguem que fez comentários sobre as mediunidades?
Conhece alguém que falou sobre os vários tipos de mediunidade?

Informe a eles sobre as casas espiritas.
Informe a eles buscarem na internet, o endereço das organizações internacionais, nacionais do movimento espirita.

Se possível, de-lhe os livros básicos da doutrina dos espíritos.
Se possível, informe-lhe que ele pode ter os livros eletrônicos da doutrina dos espíritos.

Se possível, esclareça sobre os cursos de espiritismo ministrado em casas espiritas.
Se possível, esclareça sobre os cursos de espiritismo feito pela internet e gratuitos.
Se possível, esclareça sobre os cursos de aprendizes do evangelho também.

Façamos a nossa parte.
Esclareçamos onde podem fazer um curso de espiritismo.
E estaremos exercendo a mediunidade de esclarecimento.

A todos que precisam de uma primeira informação racional
sobre a doutrina dos espíritos
codificada por Allan Kardec.

Exerçamos a mediunidade
gratuita sempre.
Muita Luz e Paz
Mensagem Espírita
http://www.facebook.com/mensagem.espirita