quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

A importância do passe



Qual a importância do passe no centro espirita?

R: O passe na casa espírita representa um bom recurso de auxílio às pessoas que estejam enfermas, ou desgastadas emocionalmente ou, ainda, sob assédio de maus espíritos. Não deve ser a atividade única nem a mais importante na casa espírita e deve estar sempre associado à tarefa de esclarecimento e orientação doutrinária do assistido, porque o objetivo primordial do Espiritismo é o progresso intelecto-moral da humanidade e não o simples e momentâneo alívio de seus males.

O que acontece no momento do passe com quem dá e com quem recebe?

R: O passista, desejando ajudar alguém com o passe, atrai a assistência de bons espíritos, que o auxiliam a direcionar os fluidos para o assistido. Se o assistido estiver receptivo, sua mente adere à idéia de trabalho restaurativo e começa a sugeri-lo a todas as células do corpo físico. No dizer de André Luiz (Cap. XXII de “Mecanismos da Mediunidade”), assim que se estabelece o clima de confiança entre o socorrista e o necessitado, forma-se um elo de forças entre eles, pelo qual verte o auxílio da esfera superior, na medida dos créditos de um e de outro.

De que forma posso melhor aproveitar o momento do passe?
E como ele pode me proteger no dia-a-dia?
Ou o que devo fazer para que ele me proteja no dia-a-dia?

R: Para um bom estado receptivo das energias do passe, acalme seu coração, pacifique sua mente,
eleve seu pensamento a Deus, confiando na misericórdia divina, e ore silenciosamente, pedindo que lhe sejam proporcionadas as bênçãos de que precisa, para prosseguir vivendo e cumprindo seus deveres para com Deus, consigo mesmo e com o próximo.

O passe lhe fortalecerá fluidicamente e a prece atrairá para você o amparo dos bons espíritos,
como ajuda misericordiosa de Deus, para que você tenha equilíbrio e boa disposição para viver.

Mas, o que fará você estar protegido no seu dia-a-dia, serão o bem que você pensar e fizer,
porque a justiça divina só dá a cada um segundo as suas obras.

Ouvimos comentário que numa casa espírita as crianças, durante a reunião pública, tem aulas de evangelização e por isso não necessitam receber o passe, apenas os adultos o recebem. Isto está correto?

R: As crianças saudáveis e equilibradas realmente não precisam receber passe, como também não o necessitam os adultos igualmente saudáveis e equilibrados. Mas para as crianças enfermas, ou que apresentem perturbação ou desequilíbrio, será benéfica uma adequada transmissão de energias, para o que haverá na casa espírita reuniões especializadas de assistência espiritual.

Um bebê que ainda não foi batizado em nenhuma religião pode receber o passe?
E é aconselhável fazê-lo para proteger a criança?

R: O batismo é uma prática exterior adotada em algumas religiões cristãs mas não é prática
indispensável para a vida e bem estar de ninguém. Quem reencarna já está abençoado por Deus com a oportunidade de uma nova existência corpórea. A criança recém-nascida também não precisa de passe, a não ser quando enferma ou desequilibrada. Se queremos pedir a proteção divina para a criança, basta orarmos com sinceridade e amor por ela.

Podemos curar doenças através do passe?
R: Sim, quando a possibilidade exista dentro das leis divinas e dependendo do tipo de fluidos que transmitimos e do efeito restaurador que eles possam ter sobre algum órgão corpóreo em desgaste ou desequilíbrio funcional.

Os passes podem melhorar o estado de melancolia aparentemente muito comum numa pessoa deprimida?

R: Sim, se a pessoa estiver bem receptiva, haverá de sentir certa melhora em seu estado geral. Entretanto, não bastará isso para superar de todo o seu problema, pois é nosso modo de pensar e sentir que causa o nosso ajuste ou desajuste espiritual.

Conforme o caso, portanto, será preciso que a pessoa seja esclarecida e ajudada para sair do seu estado depressivo, embora o passe a alivie momentaneamente.

Como saber se os efeitos resultantes do passe não são fruto de auto-sugestão? Ou do pensamento positivo como nos casos do efeito placebo?

R: Somente o exercício dessa prática pode acabar nos dando a convicção de seus bons efeitos, pois não há sugestão que funcione tanto e tão bem quanto o passe.

Há alguma ligação entre o hipnotismo e a terapia do passe?

R: Do passe espírita, propriamente dito, não.

Eu gostaria de saber como uma pessoa que chega a uma casa espírita para tomar um passe, pode ter certeza de estar recebendo energias boas e o que acontece quando o passista está em desequilíbrio?

R: É preciso que observemos o ambiente da casa em que adentramos para receber o passe:
se os trabalhos se processam com disciplina e boa orientação doutrinária, sem cobrança pelos serviços prestados, etc. Se assim for, é de se presumir que os seus trabalhadores igualmente estejam bem orientados e preparados para o serviço de passe.

Se o passista estiver em desequilíbrio, não terá boas energias para transmitir ao assistido.

Este, porém, não assimilará a perturbação do passista, a não ser que ofereça sintonia mental e fluídica para tanto.

É real o fato de pessoas terem o poder de fazerem plantas crescerem com a imposição das mãos? Até “ressuscitá-las”? Pode-se dar passes em animais?

R: Podemos influir beneficamente sobre o reino vegetal e o animal, mas em determinados limites, pois plantas e animais acusam prejuízos quando é demasiado insistente a magnetização que lhes impomos. Convém restringir a nossa atuação nesse campo com ligeira imposição de mãos e uma prece para que espíritos benévolos e experientes na ajuda a plantas e animais utilizem em favor deles as nossas energias.

Fonte: Centro Espírita Allan Kardec
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domingo, 11 de dezembro de 2016

Celebração da Vida



Bastante simbólico e de grande reflexão nos traz que as duas principais passagens do Evangelho sejam pautadas na celebração da vida.
Na primeira, um homem, em sua verdade, enfrenta a fúria e hediondez de muitos. Recebe as inglórias, o castigo, a ironia o fel. Até que a vida se mostre, através da libertação dos apelos mundanos.
Em outro momento, a vida se denota de esperança, apesar das forças contrárias, do exército perseguidor e assassino de um rei, ela estabelece-se, nem que para isso seja necessário que se envie uma estrela-guia. Em lugar de m estabelecimento, uma gruta, na falta de um berço, se deu uma manjedoura.
Nesse instante, em que o ano chega a seu termo, é necessário o recenseamento de nossas ações.
Antes de adentrarmos às necessárias reflexões e meditações, importante esclarecermos que um ano se trata de uma concessão. Concessão, esta, a qual se reveste em 365 oportunidades, casa uma com 24 momentos bem marcados, e cada um desses momentos é preenchido por invitáveis (convidativos) 60 instantes
Portanto, aqueles que tiveram as bênçãos da concessão em forma de dezenas de anos, não acuse a ninguém não ter conseguido conduzir o tempo na elevação e ações no bem. Hoje é tão mais acessível a comunicação e informação, o primeiro passo para a paz com o próximo é também o que adentra a paz íntima.
A reflexão proposta deve permear o terreno do passado, nos trazendo o entendimento para que novas ações sejam calcificadas.
Apenas aquele que se ama verdadeiramente consegue, consegue, honestamente, adentrar aos segredos do íntimo, apenas o amor a si permite a análise sincera do sentimento a delinear-se silhueta do próprio caráter, do próprio ser. Difícil tarefa, porém, necessária.
Qual teria sido a respectiva ação perante o familiar revolto? O insulto foi absorvido e tolerado? Ou ainda teimamos no “Olho por Olho”? Temos sido o ouvido fraternal ou o muro de concreto que tudo rebate? Temos utilizado o tempo na dedicação dos nossos ou própria? Se temos laços, temos, portanto, obrigações do passado.
O fato de termos as oportunidades da Seara do Cristo, não nos liberta ou exime de tais compromissos, pelo contrário, dá-nos ainda maiores responsabilidades
Somos exemplos, dentro de nossas limitações, de bondade e tolerância, parcimônia e correção na sociedade? Certamente, conseguimos discernir o certo do errado. Ainda enviamos mensagens coletivas denegrindo determinado grupo social ou político?
Antigo alerta nos lembra que a boca fala do que o coração está cheio, isto inclui a redes sociais. Sois espíritas e trabalhadores do Cristo 24 X 7, à frente ou não do computador.
Sejamos veículos da paz, da tolerância e da correção. Revolta e ansiedade devem ser tratadas.
Reflexão completa, urge determinarmos novas ações, meditar na estratégia da alma para as próximas concessões.
Por vezes, dentro do lar, enfrentaremos as chibatas da ofensa e acusações, um exército de perseguidores. Saibamos compreender que são cobradores e não inimigos, merecem a necessitam perceber que são amados. A eles, ofereçamos a outra face, o amor, como  teimosia da água, encontrará o caminho do coração e da transformação de cada um desses irmãos, através do tempo. Tenhamos paciência, mantendo a paz interior diante da cobrança. Se amamos o Cristo, devemos apascentar lhe (levar ao pasto) as ovelhas.
Não permitamos que vicissitudes nos perturbem o espírito, sempre haverá o apressado, a falsa solução fácil, o dissonante de ideias, os imprevistos etc. São todas vicissitudes, e deverás atravessá-las sem reclamar, a reclamação não harmoniza, assim como as ofensas e ironias não corrigem.
Acusação e ansiedade nunca convém ao coração que deseja burilar-se. A paz deve habitar em vós. O amor pauta tudo.
Eis o caminho do Gólgota,(calvário, nome dado a colina onde Jesus foi crucificado) a porta estreita, o campo a ceifar. Não desanimemos, virão as adversidades, a coroa de espinhos. Utilizem a estrela guia mensagem Cristã, na proteção divina da fé e da perseverança.
Ânimo e paz. Assim se celebrará a vida em vós, no decorrer dos tempos, na forma de libertação, após os sofrimentos ou ainda nas jornadas da esperança, da vida em renascimento do Cristo em nós.

Jornal Correio Espírita
Pedro Valati – de Indaiatuba/SP