quinta-feira, 28 de julho de 2016

Sentimentos fraternos




Texto lido na Reunião Espiritual Pública no Centro Espírita Emmanuel - CEEM

Shopping Empório ( Casa do Professor) - Estrada Caetano Monteiro 4550 sala 207- Maria Paula - Pendotiba



“ Quanto, porém, à caridade fraternal, não
necessitais de que vos escreva, visto que vós
mesmos estais instruídos por Deus que vos ameis
uns ao outros” (Tessalonicenses, 4:9)
    Forte contrassenso que desorganiza a contribuição humana, no divino edifício do Cristianismo, é o impulso sectário que atormenta enormes fileiras de seus seguidores
    Mais reflexão, mais ouvidos ao ensinamento de Jesus e essas batalhas injustificáveis estariam para sempre apagadas. 
    Ainda hoje, com as manifestações do plano espiritual na renovação do mundo, a cada momento surgem grupos e personalidades, solicitando fórmulas do Além para que se integrem no campo da fraternidade pura. 
    Que esperam, entretanto, os companheiros esclarecidos para serem efetivamente irmãos uns dos outros?
    Muita gente se esquece de que a solidariedade legítima escasseia nos ambientes onde é reduzido o espírito de serviço e onde sobra a preocupação de criticar. Instituições notáveis são conduzidas à perturbação e ao extermínio, em vista da ausência do auxílio mútuo, no terreno da compreensão, do trabalho e da boa vontade. 
    Falta de assistência? Não
    Toda obra honesta e generosa repercute nos planos mais altos, conquistando cooperadores abnegados.
    Quando se verifique a invasão da desarmonia nos institutos do bem,que os agentes humanos acusem a si mesmos pela defecção nos compromissos assumidos ou pela indiferença ao ato de servir.     E que ninguém peça ao céu determinadas receitas de fraternidade, porque a fórmula sagrada e imutável permanece conosco no “amai-vos uns aos outros”

quinta-feira, 21 de julho de 2016

O Poder da Fé


A confiança nas próprias forças nos torna capazes de realizar coisas materiais que não podemos fazer quando duvidamos de nós mesmos. Mas, então, é somente no seu sentido moral que devemos entender estas palavras. As montanhas que a fé transporta são as dificuldades, as resistências, a má vontade, em uma palavra, que encontramos entre os homens, mesmo quando se trata das melhores coisas. Os preconceitos da rotina, o interesse material, o egoísmo, a cegueira do fanatismo, as paixões orgulhosas, são outras tantas montanhas que atravancam o caminho dos que trabalham para o progresso da humanidade. A fé robusta confere a perseverança, a energia e os recursos necessários para a vitória sobre os obstáculos, tanto nas pequenas quanto nas grandes coisas. A fé vacilante produz a incerteza, a hesitação, de que se aproveitam os adversários que devemos combater; ela nem sequer procura os meios de vencer, porque não crê na possibilidade de vitória.

Noutro entendimento, considera-se fé a confiança que se deposita na realização de determinada coisa, a certeza de atingir um objetivo. Nesse caso, ela confere uma espécie de lucidez, que faz antever pelo pensamento os fins que se têm em vista e os meios de atingi-los, de maneira que aquele que a possui avança, por assim dizer, infalivelmente. Num e outro caso, ela pode fazer que se realizem grandes coisas

A fé e verdadeira é sempre calma. Confere a paciência que sabe esperar, porque estando apoiada na inteligência e na compreensão das coisas, tem a certeza de chegar ao fim. A fé insegura sente a sua própria fraqueza, e quando estimulada pelo interesse torna-se furiosa e acredita poder suprir a força com a violência. A calma na luta é sempre um sinal de força e de confiança, enquanto a violência, pelo contrário, é prova de fraqueza e de falta de confiança em si mesmo.

  Necessário cuidado para não confundir a fé com a presunção. A verdadeira fé se alia à humildade. Aquele que a possui deposita a sua confiança em Deus, mais do quem em si mesmo, pois sabe que é simples instrumento da vontade de Deus e nada pode sem Ele. E por isso que os Bons Espíritos vêm em seu auxílio. A presunção é menos fé do que orgulho, e o orgulho é sempre castigado cedo ou tarde, pela decepção e os fracassos que lhes são infligidos.


O poder da fé tem aplicação direta e especial na ação magnética. Graças a ela, o homem age sobre o fluído, agente universal, modifica-lhe a qualidade e lhe dá impulso por assim dizer irresistível. Eis porque aquele que alia, a um grande poder fluídico normal, uma fé ardente, pode operar, unicamente pela sua vontade dirigida para o bem, esses estranhos fenômenos de cura e de outra natureza, que antigamente eram considerados prodígios, e que entretanto não passam de consequências de uma lei natural. Essa a razão porque Jesus disse aos seus apóstolos: Se não conseguistes curar, foi por causa de vossa pouca fé.

O Evangelho Segundo o Espiritismo

capítulo XIX.

sábado, 16 de julho de 2016

A cada um será dado segundo as suas obras



Pergunta: Temos acompanhado que as intercessões espirituais de amigos e parentes podem
interferir com o destino dos espíritos encarnados e desencarnados. Como isso se daria?

Ishmael.
-  Meus amigos, nada apaga o que somos e o que teremos de fazer para melhor a nossa condição. Vozes podem falar por nós, mas os discursos mais audíveis sempre serão aqueles proferidos pela nossa consciência.
Cada colônia espiritual tem um departamento para acompanhar o processo de reencarne e o crescimento de seus cidadãos no plano físico. Tudo é considerado no processo e no planejamento reencarnatório. As habilidades e o histórico do companheiro podem ser utilizados por aqueles que o conhecem para propor atenuação de suas provas, cura ou minoração de dramas de saúde, mas tudo isso é colocado de forma condicional, sendo que o próprio interessado geralmente tem pleno conhecimento disso. Existe um “se” muito grande. Se ele se esforçar, se ele procurar reformar seus conceitos e se, se, se, se... isso ou aquilo pode vir a ser modificado.
Isso é interceder pelo bem de alguém, mas nunca são aprovadas medidas discriminatórias ou que prejudiquem terceiros.
As intercessões existem sim e podem interferir com a periferia de nossas obrigações, mas não com o cerne das mesmas. Aqueles que nos amam e colaboram com o nosso crescimento podem pedir, utilizando-se de argumentos válidos e justos, para que sejamos auxiliados em uma ou outra atividade a ser desenvolvida. Podemos receber a honra de pais amorosos e de um trabalho dignificante, privado de orgulho e facilidades do dia a dia. Podemos merecer o auxílio de companheiros espirituais que, diante de nossas numerosas quedas, se prestam a vir à Terra e, pegando em nossas mãos, de crianças espirituais, nos auxiliam em tudo.
Isso é algo que vi acontecer milhares de vezes nesses últimos 70 anos. Porém nada se compara ao esmero que alguns pais e mães possuem por seus filhinhos, ao longo de séculos...
O que não existe é o privilégio. Tudo aqui é justiça amalgamada com a piedade e misericórdia divina. Jesus teve que tipo de privilégio? A cruz que ele carregou era de veludo?
Seus pregos de ferro eram de tipo que não produzia dor? Claro que não. A espiritualidade pode ser mobilizada quantos aos meios e elementos periféricos de nossas vidas terrenas, mas apenas o resultado do nosso trabalho pessoal é que nos habilita a receber maior proteção da espiritualidade superior.Recebemos segundo nosso mérito e não segundo o tamanho de nossas promessas ou a vontade daqueles que nos amam. A cada um será dado segundo as suas obras e a cobrança também será realizada de acordo com os instrumentos de trabalho que foram disponibilizados para o amigo. Mas, para que vocês não se sintam deprimidos com essas palavras, gostaria de frisar que aqueles que possuem muitos amigos, nos diversos planos de vida, geralmente cultivaram uma postura fraterna ao longo de muitas existências e isso é algo que não pode ser descartado e está gravado em nosso carma.
Tudo o que recebemos tem relação direta com o nosso desempenho e não apenas com as amizades que cultivamos. Obviamente que aquele amigo que cultivou bons companheiros receberá pensamentos de amparo semelhantes àqueles que ele mesmo emitiu. Tudo ajuda aquele que deseja o progresso.

Retirado do Livro: Vida Além da Vida
Psicografia de Elrison Gaetti e Jardim Jumior
Espíritos Ishmael e Joseph Gleber

quarta-feira, 13 de julho de 2016

SUPERANDO A PARTIDA DE ENTES QUERIDOS





RELEMBRANDO..



O desencarne de um ente querido significa um dos momentos mais difíceis da existência humana. A dor da separação daqueles que amamos pode ser definida de inúmeras formas. Alguns a descrevem como uma dor no coração indescritível, outros dizem sentir uma sensação de vazio como se a alma estivesse despedaçada, há aqueles também que custam a querer acreditar no que aconteceu. O fato é que a dor da perda não pode ser evitada, mas a maneira de encarar a situação e a compreensão de que a morte não existe pode ajudar as pessoas a passarem por este momento doloroso.
A crença na vida após a morte e que a separação é passageira, diante da eternidade, traz um grande consolo no momento da partida daqueles que amamos. Outro aspecto importante que a Doutrina Espírita ensina é que o desespero e a revolta diante desta perda podem prejudicar aqueles que partiram. A questão 936 de O Livro dos Espíritos diz: “Uma dor incessante e desarrazoada o toca penosamente, porque, nessa dor excessiva, ele vê falta de fé no futuro e de confiança em Deus e, por conseguinte, um obstáculo ao adiantamento dos que o choram e talvez à sua reunião com estes”.
O Espiritismo também recomenda a prece pelos entes queridos que partiram, para que seus corações possam se sentir aliviados. O Evangelho Segundo o Espiritismo traz uma coletânea de preces e fala da importância da oração pelos que acabam de deixar a Terra como forma de ajudar no desligamento do espírito, tornando seu despertar no Além mais tranqüilo e breve. “Vós que compreendeis a vida espiritual, escutais as pulsações de vosso coração chamando esses entes bem-amados, e se pedirdes a Deus para os abençoar, sentireis em vós essas poderosas consolações que secam as lágrimas, essas aspirações maravilhosas que vos mostrarão o futuro prometido pelo soberano Senhor”.
Além da busca do consolo espiritual é preciso aprender a lidar com a partida do ente querido.

Grupo de Estudo Allan Kardec