domingo, 26 de julho de 2009

O que é DÉJÀ VU?

Dêjà Vu é uma expressão francesa cujo significado é coisa já vista. É uma sensação que o sensitivo tem de já ter visto alguma coisa que, em realidade, está vendo pela primeira É um fenômeno anímico muito comum, mas só pode ser compreendido bem pelos espiritualistas. Tudo o que vemos e nos emociona, agradável ou desagradavelmente, nesta e nas encarnações pretéritas, fica permanentemente, gravado em alguma parte da região talâmica do cérebro prerispiritual, e,em algumas ocasiões, emerge na consciência desperta. Pode,também,ser uma manifestação mediúnica se o médium entra, em dado momento, em um transe ligeiro, sutil, e capta a projeção de uma forma- pensamento emitida por um espírito desencarnado. Nesta hipótese, quem realmente já viu a coisa foi a entidade, mas o médium a percebe e sente como se fora coisa sua, isto é, uma lembrança de algo ocorrido em seu passado.

Tirado do Livro: Reencarnação  e Emigração Planetária
                          Dinkel Dias da Cunha

Há muitas moradas na casa de meu pai








As diferentes moradas são os mundos que circulam no espaço infinito e oferecem aos Espíritos que neles encarnam, moradas correspondentes ao adiantamento dos mesmos.
As condições dos mundos quanto ao grau de adiantamento ou de inferioridade varia de acordo com os seus habitantes. Existem mundos inferiores aos da Terra, física e moralmente, outros da mesma categoria e também há os superiores. Os mundos primitivos são destinados às primeiras encarnações da alma humana. Nos mundos de expiação e provas, no qual a Terra se inclui, o mal predomina. Já os mundos de regeneração, os espíritos ganham novas forças para continuar a jornada, a evolução.Existem também os mundos ditosos onde o bem sobrepuja o mal e finalmente os mundos celestes ou divinos onde habitam Espíritos depurados e nestes reina o bem.
Ao encarnar em um mundo, os espíritos passam por todas as fases até cumprirem o que vieram realizar e assim progredirem. Isto feito, vão mudando de mundos, até que cheguem ao estado de Espíritos puros. Do mesmo modo que esses espíritos podem ser agraciados pela evolução, seguindo para um mundo melhor, podem também, ser relegados a mundos inferiores, devido ao descumprimento de seus deveres. Na verdade tudo depende de sua trajetória .
Muitos questionam que na Terra existe tanto sofrimento, tantas desgraças de toda natureza. Mas, não se deve concluir que a espécie humana é bem triste, pois, não está na Terra toda a espécie humana, mas, apenas uma parte dela. Não esqueça que “há muitas moradas na casa de meu pai”, portanto existem outros mundos habitados, felizes e evoluídos. Comparativamente, a Terra corresponde a uma aldeia frente a um Império.
Sendo a Terra um lugar de expiação, não podemos esperar que aqui não exista dor e sofrimento. Estamos neste planeta para evoluir, aprender com a dor. Quando o homem crescer espiritualmente, ele deixará a Terra, seguindo para um mundo melhor.

Texto adaptado por Ana Maria.
Allan Kardec O Evangelho Segundo o Espiritismo.













sábado, 11 de julho de 2009

Passageiros



Passageiros.

Assisti esse filme e fiquei muito impressionada, curiosa, confortada, feliz e outros adjetivos mais. Sei que por tudo que escrevo e leio, deveria saber o que esperar após o meu desencarne, mas acho que apesar de todo esse conhecimento, na verdade, resta sempre uma incerteza de como vou reagir quando chegar a hora? Será que terei medo? Terei alguém esperando por mim? Conseguirei suportar a saudades dos que deixei? Sempre ficarão respostas que não puderam ser dadas, perguntas que não foram respondidas, o último carinho, o último beijo,o último... Tento não deixar de dizer o que sinto para as pessoas que amo. Mas nem sempre isso é possível. Sei que não será fácil, mas temos que voltar um dia. A morte física é na verdade a única certeza. Aqui sinto falta dos que lá deixei, lá sentirei dos que aqui ficaram.
Não é fácil, mas quem disse que seria?
Passageiros, somos todos, numa eterna viagem em busca da perfeição.

domingo, 5 de julho de 2009

Mediunismo e Espiritismo






Muitas pessoas confundem mediunismo com Espiritismo, causando assim, prejuízos de ordem moral (a doutrina codificada por Kardec). O mediunismo sempre existiu, desde os primórdios da humanidade. O Espiritismo, a Doutrina Espírita, só apareceu a meados do século passado, devidamente codificada por Allan Kardec.
Mediunismo e Espiritismo são coisas distintas. Um indivíduo amoral, cínico, perverso, ateu, pode ser um médium excepcional. Assim também existem médiuns primorosos, devotados e dispostos a ajudar as pessoas.
Mediunidade é apenas um dom psicofísico. O Espiritismo é filosofia, religião, ciência.
Qualquer pessoa pode ser um bom médium e não ser espírita, ou ser espírita e não ser médium. (Um músico que compõe uma bela música, muitas vezes recebe essa inspiração através de sua mediunidade e para isso ele não precisa ser espírita, podemos citar também, um pintor e tantas outras áreas de criação). Claro que o ideal é ser médium e espírita e também estar moralmente evoluído e consciente da importância da faculdade divina que lhe foi concedida.








Animismo e Mistificação

Animismo, nas comunicações espíritas, é a intervenção, a presença do espírito do médium, influenciando seus objetivos, voluntária ou involuntariamente. Na psicografia, psicofonia e outros fenônimos o espírito do médium não se alheia inteiramente, podendo alterar, para melhor ou pior, a projeção mental que está captando, aprimorando-a ou desvirtuando-a de acordo com seus sentimentos, emoções e desejos. Todavia, quando isso acontece, nem sempre há animismo. Pode haver mistificação do próprio espírito comunicante.



O médium
bem desenvolvido, espiritualizado, permanece em extrema passividade durante a comunicação, mas em constante vigilância para intervir se necessário.









O animismo só é nocivo, perigoso, quando o médium, deliberadamente, desvirtua o pensamento a entidade comunicante, falseia a idéia, fantasia a mensagem que está captando. Se houver por parte do médium uma intenção enganosa, mercenária, subalterna, já não se trata de animismo e sim de mistificação. Mas isso também pode vir da entidade espiritual, razão por que os mentores espirituais preferem os médiuns conscientes ou semiconscientes, bem desenvolvidos, corretos tranqüilos, humildes, cultos de moral ilibada, que podem intervir ou impedir a comunicação mediúnica no momento oportuno.




Evocação de Espíritos.

Os Espíritos devem ser chamados sempre em nome de Deus, com respeito, e humildade. A simples enunciação do nome de Deus, ou de Jesus, provoca imediato afastamento dos espíritos malévolos, e anula a sua influência negativa.
Os Espíritos puros, a entidades angélicas, os santos, podem e devem ser evocados para o estudo da Doutrina e desenvolvimento dos médiuns; para tratamentos espirituais; para orientação dos caminhos que o homem deve buscar em sua evolução espiritual, mas, jamais com objetivos subalternos, materiais.
Espíritos não são profetas, pitonisas, quiromantes ou cartomantes. Eles não sabem tudo, predizem o futuro, revelam segredos. Só espíritos inferiores prometem o que não podem cumprir. E se você conseguir alguma coisa através da intervenção dos mesmos, fique certo de que eles cobrarão o trabalho feito. Para algumas pessoas os espíritos tudo sabe e pode aconselhar, estão enganadas. Os Espíritos superiores, evoluídos, responsáveis, podem, através de um médium, responder a algumas perguntas que lhes forem formuladas, mas sempre com responsabilidade e humildade e sobre assuntos de alta relevância, ressaltando a possibilidade de se equivocarem.
Por isso todo cuidado é pouco com os médiuns despreparados e os espíritos pseudo-sábios.






sábado, 4 de julho de 2009

PROCESSO DE REENCARNAÇÃO



Se existe uma justiça neste mundo, pra mim é a reencarnação. Com ela, somos verdadeiramente iguais. Só a reencarnação explica a balança da vida.

Antes de cada reencarnação é feito um planejamento, um plano astral, que segundo Dinkel Dias da Cunha, é acompanhado por entidades espirituais elevadas, o próprio espírito candidato à reencarnação, seus futuros progenitores, alguns familiares e amigos.

Todos ficam cientes de suas obrigações e provações.

Com a concepção, acontece a união da alma com o corpo físico através de um fio fluídico tênue que se fortalece no instante do nascimento. Antes de reencarnar o espírito está sempre próximo do embrião, por isso é que alguns médiuns videntes vêem uma criança, perto das senhoras grávidas.

No astral, após ter sido estabelecida a próxima reencarnação, o perispírito do reencarnante inicia um processo de redução de sua estrutura orgânica para se adaptar ao futuro corpo. Aos três meses as estruturas anatômicas do feto e do perispírito se tornam exatamente iguais, e evoluem paralelamente até o dia do nascimento. Durante o processo a redução do perispírito a lembrança dos acontecimentos das vidas anteriores fica inteiramente encerrada no inconsciente profundo, e só começa a ressurgir, gradativamente e em parte, durante a infância.

Por tudo isso é que se pode considerar o aborto como um crime contra as leis dos homens, da natureza e de Deus. Esse espírito que sofre a agressão sente-se frustrado e perturbado, por ter seu processo reencarnatório interrompido abruptamente.


Na reencarnação, as almas afins, ou seja, ligadas por laços afetivos ou de ódio, são atraídas para o mesmo convívio, a fim de fortificarem sua união ou aparar antigas arestas. Por isso em uma relação familiar é importante se relevar sentimentos pequenos, para que não desperdicemos a oportunidade dada com a reencarnação.

O Espírito não tem sexo. Mas, em planetas como a terra, ou seja, mundos físicos. Segundo Allan Kardec, (A Terra pertence à categoria dos mundos de expiação e provas, razão por que aí vive o homem a braços com tantas misérias) Nesses planetas o sexo se torna necessário para a manutenção dos seres encarnados. Alguns espíritos por já estarem adaptados a determinado sexo em diversas encarnações, acontece reencarnar em corpo físico de sexo diferente, surgem, fatalmente, dificuldades de adaptação, físicas e psíquicas, geralmente incompreendida pela sociedade humana.

Os homossexuais são apenas Espíritos que reencarnam com sexo diferente daquele a que estavam adaptados. O mesmo se refere aos homens afeminados, às lésbicas. Todas essas pessoas deve ser objeto de respeito e compreensão, pois vivem, interiormente, dramas terríveis, de consciência e sofrem amargas frustrações. Devem ser auxiliadas, jamais menosprezadas.

A evolução espiritual acontece igualmente, no homem e na mulher, não existe diferença, depende da capacidade de evolução de cada um, independente e raça, cor e religião.

Antes de reencarnar a alma permanece no plano astral terráqueo, esse tempo é determinado pelo grau de evolutivo que já atingiu e, também, por necessidade reencarnatória, para expiação de faltas cometidas. Para os espíritas não há tempo determinado, podendo a reencarnação ser quase imediata (o que já foi comprovado) ou levar poucas ou muitos anos. Acredita-se que os Espíritos mais evoluídos encontram no plano astral superior, os meios e elementos indispensáveis à continuação de seu processo evolutivo, razão por que demoram em geral, mais tempo para reencarnar no plano físico.

sexta-feira, 3 de julho de 2009



Sempre me questionei a respeito das promessas e pedidos feitos aos Santos, Jesus, Espíritos, Nossa Senhora e etc. Ficava me perguntando, como seriam avaliados? Se pelo merecimento ou pela religiosidade de cada um?
Pedidos e Promessas
No primeiro caso, acho mais justo, porém ainda restavam dúvidas sobre essa justiça, mas no fundo, sempre achei que não passava de trocas, tipo: se eu conseguir isso, faço aquilo!! Parecia-me estranho que um Santo, um espírito evoluído, se prestasse a esse papel. Mas, outro dia lendo o livro: Vivendo no Mundo dos Espíritos, psicografia de Vera Lúcia M de Carvalho, Romance de Patrícia, deparei-me com o assunto, abordado de forma simples e clara. Neste livro Patrícia, sua autora, narra com a simplicidade que lhe é peculiar, o seu caminhar no Mundo dos Espíritos. Fala com detalhes do estudo que fez para conhecer sua nova morada, entender sobre: Umbral, as colônias, os postos de socorro, reencarnação, desencarnação, Lei da Causa e efeito, Pedidos e promessas e etc. Numa dessas aulas, Patrícia e outros companheiros de curso, estudaram sobre esse assunto, e irei aqui transcrever parte dessa informação. (Tirado do livro) Alunos - Perguntaram a professora para onde seriam enviados os pedidos e promessas feitas? Mestre - Nas Colônias existem Departamentos que eles, os pedidos, são estudados e enviados a equipes que irão atendê-los se possíveis. Mestre - Ex: Estando em perigo alguém grita pela ajuda de Maria, mãe de Jesus; nesse caso, qualquer bom espírito por perto pode atendê-lo. Quem proporciona essas graças são equipes de espíritos em nome de qualquer entidade. Para os espíritos não importam honras e sim fazer o bem. Alunos - Fazer promessas é errado? Mestre - Muitos fazem de boa fé, mas já é tempo de entender que não se podem trocar bens materiais por favores espirituais. É muito mesquinho fazer trocas. Pode pedir, mas se for atendido, não precisará dar nada em troca, só agradecer. Alunos - O que é certo pedir? Mestre - O mais certo é fazer por si mesmo. Mas pode-se pedir para melhorar, para ter paciência, ter forças, sabedoria, para trocar vícios por virtudes. Isso é mais viável. Mestres - Na verdade, o não cumprimento do que se prometeu incomoda a si mesmo. Bons espíritos não cobram. É nosso costume cobrar de nós mesmos. Não se pode prometer algo para outro cumprir. Não somos responsáveis pelas promessas dos outros. Alunos - Há os que fazem promessas cujo cumprimento é a melhora interior? Mestre - Bem poucos. Prometem muito e, às vezes, coisas muito difíceis de cumprir! Raramente fazem promessa para melhorar, deixar um vício. Mestre - Os Departamentos de Pedidos variam muito de uma Colônia para outra. Nas Colônias grandes ou nas que ficam próximas de onde, no plano físico, há romarias, esses Departamentos são grandes. (saiba mais lendo o livro) Tudo isso é muito interessante, nos faz refletir sobre essa mania de fazer promessas. Sei que nos habituamos a pedir sempre que precisamos de algo. Mas, devemos parar de esperar que as coisas caiam do céu. Se observar, a maioria dos nossos pedidos depende muito de nós mesmos. Às vezes colocamos uma expectativa na espera do milagre, pra nos aliviar, mesmo que inconscientemente, de nossa culpa, ou nossa incapacidade. Fica mais fácil dizer: Não fui atendido no meu pedido!! Fiz tudo que podia, até promessa!!! Eu não mereço isso!! Deus não está sendo justo comigo!!! Etc. Vamos parar com isso e assumir nossas responsabilidades, batalhar pelo que queremos. Depende de nós.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

ABORTO, DIGA NÃO A ESSA IDÉIA.


 Aborto, uma dor para toda a vida.

O conhecimento espírita tem evitado que muitas mulheres se compromentam no aborto provocado, esse "assassinato intrauterino", mas constituí, também, um tormento para aquelas que o praticaram. Medo, remorso, angústia, depressão, culpa são algumas de suas reações. Naturalmente isso ocorre sempre tomam conhecimento do erro que cometeram. O Espiritismo não condena - esclarece, não ameaça - conscientiza. E muito mais que julgar o homem, tem por objetivo ajudá-lo a encontrar o Bem. Espíritos imaturos, comprometidos com leviandades e inconseqüências, somos todos, ou não estaríamos na Terra, planeta de expiação e provas. Pesa sobre nossos ombros o passado delituoso, impondo-nos experiências dolorosas. Nem por isso devemos atravessar a existência cultivando complexos de culpa. O que distingue a mulher que praticou o aborto é apenas uma localização no tempo. Ela se comprometeu hoje, tanto quanto todos nos comprometemos com males talvez mais graves em vidas anteriores. E se muitos estão resgatando seus crimes nas grades do sofrimento, com cobrança rigorosa da Justiça Divina, simplesmente porque nada fizeram a respeito, existe como nos redimirmos praticando o exercícios do Bem. "Misericórdia quero e não sacrifício, diz Jesus, lembrando o profeta Oséias (Mateus, 9;13)", demonstrando que não precisamos nos flagelar ou esperar que a Lei Divina nos flagele para resgate de débitos. O exercício da misericórdia no empenho do Bem, oferece-nos solução mais tranquila. A mulher que cometeu o crime do aborto pode perfeitamente renovar seu destino dispondo-se a trabalhar em favor da infância desvalida, em iniciativas como adoção de filhos, socorro a crianças carentes, trabalho voluntário em creches, berçários ou orfanatos e fazendo campanhas evitar tal atitude... Seu empenho nesse sentido, funciona como um  trabalho de amor e caridade, auxiliando no resgate e no reajuste, sem traumas e sem tormentos.
Faça por você, resgate sua dívida.
Autor: Richard Simonetti
Livro: Quem tem medo da morte


Amor à Vida! Aborto, Não!”
 I – Considerações Doutrinárias


A Doutrina Espírita trata clara e objectivamente a respeito do abortamento, na questão 358 de sua obra básica O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec:



Constitui crime a provocação do aborto, em qualquer período da gestação?

Resposta – “Há crime sempre que transgredis a lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando”.

Sobre os direitos do ser humano, foi categórica a resposta dos Espíritos Superiores a Allan Kardec na questão 880 de O Livro dos Espíritos:

 Qual o primeiro de todos os direito naturais do homem?

Resposta – “O de viver. Por isso é que ninguém tem o de atentar contra a vida de seu semelhante, nem de fazer o que quer que possa comprometer-lhe a existência corporal”.
Início da Vida Humana

Para a Doutrina Espírita, está claramente definida a ocasião em que o ser espiritual se insere na estrutura celular, iniciando a vida biológica com todas as suas consequências. Na questão 344 de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec indaga aos Espíritos Superiores:

Em que momento a alma se uns ao corpo?

Resposta – “A união começa na concepção, mas só é completa por ocasião do nascimento. Desde o instante da concepção o Espírito designado para habitar certo corpo a este se liga por um laço fluídico, que cada vez mais se vai apertando até ao instante em que a criança vê a luz. O grito, que o recém-nascido solta, anuncia que ela se conta no número dos vivos e dos servos de Deus.”
As ciências contemporâneas, por meio de diversas contribuições, vêm confirmando a visão espírita acerca do momento em que a vida humana se inicia. A Doutrina Espírita firma essa certeza definitiva, estabelecendo uma ponte entre o mundo físico e o mundo espiritual, quando oferece registros de que o ser é preexistente à morte biológica.

A tese da reencarnação, que o Espiritismo apresenta como eixo fundamental para se compreender a vida e o homem em tua sua amplitude, hoje é objecto de estudo de outras disciplinas do conhecimento humano que, através de evidências científicas, confirmam a síntese filosófica do Espiritismo: “Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a Lei.”
Assim, não se pode conceber o estudo do abortamento sem considerar o princípio da reencarnação, que a Parapsicologia também aborda ao analisar a memória extra cerebral, ou seja, a capacidade que algumas pessoas têm de lembrar, espontâneamente, de fatos com elas ocorridos, antes de seu nascimento. Dentro da lei dos renascimentos se estrutura, ainda, a terapia regressiva a vivências passadas, que a Psicologia e a Psiquiatria utilizam no tratamento de traumas psicológicos originários de outras existências, inclusive em pacientes que estiveram envolvidos na prática do aborto.

Aborto Terapêutico

O procedimento abortivo é moral somente numa circunstância, segundo O Livro dos Espíritos, na questão 359, respondida pelos Espíritos Superiores:

Dado o caso que o nascimento da criança pusesse em perigo a vida da mão dela, haverá crime em sacrificar-se a primeira para salvar a segunda?

Resposta – “Preferível é se sacrifique o ser que ainda não existe a sacrificar-se o que já existe
(Os Espíritos referem-se, aqui, ao ser encarnado, após o nascimento.)

Com o avanço da Medicina, torna-se cada vez mais escassa a indicação desse tipo de abortamento. Essa indicação de aborto, todavia, com as angústias que provoca, mostra-se como situação de prova e resgate para pais e filhos, que experimentam a dor educativa em situação limite, propiciando, desse modo, a reparação e o aprendizado necessários.

Aborto por Estupro



Portanto, mesmo quando uma gestação decorre de uma violência, como o estupro, a posição espírita é absolutamente contrária à proposta do aborto, ainda que haja respaldo na legislação humana.

No caso de estupro, quando a mulher não se sinta com estrutura psicológica para criar o filho, cabe à sociedade e aos órgãos governamentais facilitar e estimular a adopção da criança nascida, ao invés de promover a sua morte legal. O direito à vida está, naturalmente, acima do ilusório conforto psicológico da mulher.

Aborto “Eugênico” ou “Piedoso”

A questão 372 de O Livro dos Espíritos é elucidativa:

Pergunta – Que objectivo visa a providência criando seres desgraçados, como os cretinos e os idiotas?

Resposta – “Os que habitam corpos de idiotas são Espíritos sujeitos a uma punição. Sofrem por efeito do constrangimento que experimentam e da impossibilidade em que estão de se manifestarem mediante órgãos não desenvolvidos ou desmantelados.”

Fica evidente, desse modo, que, mesmo na possibilidade de o feto ser portador de lesões graves e irreversíveis, físicas ou mentais, o corpo é o instrumento de que o Espírito necessita para sua evolução, pois que somente na experiência reencarnatória terá condições de reorganizar a sua estrutura desequilibrada por acções que praticou em desacordo com a Lei Divina. Dá-se, também, que ele renasça em um lar cujos pais, na grande maioria das vezes, estão comprometidos com o problema e precisam igualmente passar por essa experiência reeducativa.

Aborto Económico

Esse aspecto é abordado em O Livro dos Espíritos, na questão 687:

Pergunta – Indo sempre a população na progressão crescente que vemos, chegará tempo em que seja excessiva na Terra?

Resposta – “Não, Deus a isso provê e mantém sempre o equilíbrio. Ele coisa alguma inútil faz. O homem, que apenas vê um canto do quadro da Natureza, não pode julgar da harmonia do conjunto.”

Em O Evangelho segundo o Espiritismo, Cap. XXV, a afirmativa de Allan Kardec é esclarecedora: “A Terra produzirá o suficiente para alimentar a todos os seus habitantes, quando os homens souberem administrar, segundo as leis de justiça, de caridade e de amor ao próximo, os bens que ela dá. Quando a fraternidade reinar entre os povos, como entre as províncias de um mesmo império, o momentânea supérfluo de um suprirá a momentânea insuficiência de outro; e cada um terá o necessário.”

Convém destacar, ainda, que o homem não é apenas um consumidor, mas também um produtor, um agente multiplicador dos recursos naturais, dominando, nesse trabalho, uma tecnologia cada vez mais aprimorada.

O Direito da Mulher

Invoca-se o direito da mulher sobre o seu próprio corpo como argumento para a descriminalização do aborto, entendendo que o filho é propriedade da mãe, não tem identidade própria e é ela quem decide se ele deve viver ou morrer.

Não há dúvida quanto ao direito de escolha da mulher em ser ou não ser mãe. Esse direito ela o exerce, com todos os recursos que os avanços da ciência têm proporcionado, antes da concepção, quando passa a existir, também, o direito de um outro ser, que é o do nascituro, o direito à vida, que se sobrepõe ao outro.

Estudos científicos recentes demonstram o que já se sabia há muito tempo: o feto é uma personalidade independente que apenas se hospeda no organismo materno. O embrião é um ser tão distinto da mãe que, para manter-se vivo dentro do útero, necessita emitir substâncias apropriadas pelo organismo da hospedeira como o objectivo de expulsá-lo como corpo estranho.

Consequências do Aborto

Após o abortamento, mesmo quando acobertado pela legislação humana, o Espírito rejeitado pode voltar-se contra a mãe e todos aqueles que se envolveram na interrupção da gravidez. Daí dizer Emmanuel (Vida e Sexo, psicografado por Francisco C. Xavier, cap. 17, ed. FEB):

“Admitimos seja suficiente breve meditação, em torno do aborto delituoso, para reconhecermos nele um dos fornecedores das moléstias de etiologia obscura e das obsessões catalogáveis na patologia da mente, ocupando vastos departamentos de hospitais e prisões”.

Mulher e homem cúmplices nas ocorrências do aborto criminoso desajustam as energias psicossomáticas com intenso desequilíbrio, sobretudo, do centro genésico, implantando nos tecidos da própria alma a sementeira de males que surgirão a tempo certo, o que ocorre não só porque o remorso se lhes estranha no ser mas também porque assimilam, inevitavelmente, as vibrações de angústia e desespero, de revolta e vingança dos Espíritos que a lei lhes reservava para filhos.

Por isso compreendem-se as patologias que poderão emergir no corpo físico, especialmente na área reprodutora, como o desaguar das energias perispirituais desestruturadas, convidando o protagonista do aborto a rearmonizar-se com a própria consciência.

No Reajuste

Ante a queda moral pela prática do aborto não se busca condenar ninguém. O que se pretende é evitar a execução de um grave erro, de consequências nefastas, tanto individual como socialmente, como também sua legalização. Como asseverou Jesus: “Eu também não te condeno; vai e não tornes a pecar.” (João, 8:11.)

A proposta de recuperação e reajuste que o Espiritismo oferece é de abandonar o culto ao remorso imobilizador, a culpa auto destrutiva e a ilusória busca de amparo na legislação humana, procurando a reparação, mediante reelaboração do conteúdo traumático e novo direcionamento na ação comportamental, o que promoverá a liberação da consciência, através do trabalho no bem, da prática da caridade e da dedicação ao próximo necessitado, capazes de edificar a vida em todas as suas dimensões.

Proteger e dignificar a vida, seja do embrião, seja da mulher, é compromisso de todos os que despertaram para a compreensão maior da existência do ser.

Agindo assim, evitam-se todas as consequências infelizes que o aborto desencadeia, mesmo acobertado por uma legalização ilusória. “O amor cobre a multidão de pecados”, nos ensina o apóstolo Pedro (I Epístola, 4:8).

O Direito À Vida

O direito à vida é amplo, irrestrito, sagrado em si e consagrado mundialmente.
A médica, hoje, não têm dúvida alguma de que a criança existe desde quando fecundado o óvulo pelo espermatozóide, iniciando-se, aí, o seu desenvolvimento físico.

Só há Uma excepção, apenas, quando for constado, efectivamente, risco de vida à gestante.
Quanto a possibilidade do abortamento em virtude do estupro (constrangimento da mulher à conjunção carnal, mediante violência ou grave ameaça), analisando-se o fato à luz da razão e deixando de lado, por ora, os reflexos do ato, na gestante, estar-se-ia executando autêntica pena de morte em um ser inocente, condenado sem que tivesse praticado qualquer crime e – o que se afigura pior e cruel -, sem que se lhe facultasse o direito de defender-se.

Eis a razão do grito de repúdio ás alteração do Código Penal e, consequentemente, do alerta em defesa da vida, já que, no caso do aborto, o destinatário do direito a ela se acha impossibilitado de exercê-lo. E mais: penalizam-se duas vítimas, a mãe que se submeterá ao aborto, cuja prática pode gerar consequências físicas indesejáveis, além das de ordem psicológica, e o filho, cuja vida é interrompida, enquanto que o agressor, muitas vezes, remanesce impune, dadas as dificuldades que ocorrem, geralmente, no apuramento da autoria do crime cometido.

Diante dessa situação, deve ser preservada a vida da criança como dádiva divina que é não obstante as circunstâncias que envolveram a sua concepção. Se, contudo, a mãe não se sentir com estrutura psicológica para aceitar um filho resultante de um ato sexual indesejado, a atitude que se afigura correcta e justa é que se promova sua adopção por outrem, oferecendo-se a ele um lar onde possa ser criado e educado, enquanto é desenvolvido trabalho para reequilíbrio da mãe, com a superação (ainda que lenta e dolorosamente, mas saudável para seu crescimento moral, social e espiritual) dos efeitos nocivos do crime de que foi vítima. Não será, evidentemente, o sacrifício de um ser sem culpa, que desabrocha para a vida, que resolverá eventuais traumas da infeliz mãe, sem falar na possibilidade de sofrer ela as consequências físicas e psicológicas já referidas, além do reflexo negativo de natureza espiritual.

Há necessidade urgente de que se tenha consciência do crime que se pratica quando se interrompe o curso da vida de um ser. Não importa se, como no caso, esse curso esteja em sua fase inicial. Não se pode, conscientemente, acobertá-lo com o manto de questionável “legalidade”,

Cabe a cada um de nós amar a vida e dignificá-la, tanto quanto cabe aos homens públicos e, principalmente, aos legisladores e governantes criar as condições necessárias para que o respeito à vida e aos direitos humanos (inclusive do nascituro), a solidariedade e a ajuda recíproca sejam não só enunciados, mas praticados efectivamente, certos, todos, de que, independentemente da convicção religiosa ou doutrinária de cada um, não há dúvida de que somos seres criados por Deus, cujas Leis, entre elas, a maior, a Lei do Amor, regem nossos destinos.

Espera-se que, como resultado deste alerta que o quadro social está a sugerir, possa ser vislumbrada a gravidade contida nas alterações legislativas propostas. É urgente e necessário que todas as consciências responsáveis visualizem, compreendam e valorizem o cerne do problema em questão – o direito à vida -, somando-se, em consequência, àqueles muitos que, em todos os segmentos da sociedade, o defendem intransigentemente.

A análise e as conclusões aqui expostas, como decorrência lógica do pensamento espírita-cristão sobre o aborto, representam contribuição à ética, à moral e ao direito do ser humano à vida. Não há, no contexto desta mensagem, a pretensão de que todos que a lerem aceitem os princípios do Espiritismo. Espera-se, todavia, confiantemente, que haja maior reflexão sobre tão importante assunto, notadamente ante a observação de que conquistas científicas e médicas actuais, comprovando de forma irrefutável a existência de um ser desde a concepção com direito à vida, oferecem esclarecimentos e razões que orientam para que se evite qualquer acção, cujo significado leve à agressão à vida do ser em formação no útero materno. Afigura-se, assim, de suma importância qualquer manifestação de repúdio da alteração legislativa. Esse o objectivo desta mensagem.

Enquanto nós, os homens, cidadãos e governantes, não aprendermos a demonstrar amor sincero e acolhimento digno aos seres que, de forma inocente e pura, buscam integrar o quadro social da Humanidade, construindo, com este gesto de amor, desde o início, as bases de um relacionamento realmente fraternal, não há como se pretender a criação de um ambiente de paz e solidariedade tão ansiosamente esperado em nosso mundo.

Não há como se pretender que crianças, jovens e adultos não sejam agressivos, se nós os ensinamos com o nosso comportamento, logo de início, e até legalmente, a serem tratados com desamor e com violência.
Revista Reformador.

Muitas pessoas confundem reencarnação com ressurreição e metempsicose.
Reencarnação é a volta da alma ao plano físico em um novo corpo material. João Batista foi Elias reencarnado.
Ressurreição é o renascimento da alma, com seu antigo corpo material, apesar de já ter estado morto até em decomposição, como aconteceu com Lázaro, ressuscitado por Jesus.
Só reencarnam nos mundos físicos as almas, ainda imperfeitas, que precisam de aprimoramento espiritual. Só ascendem aos mundos felizes e celestes as almas que se tornaram puras, santificadas, e, por isso, não mais necessitam renascer na matéria.
Metempsicose é uma palavra oriunda do grego “metempsycosis”, que significa a transmigração do espírito de um corpo para outro. Como doutrina filosófica religiosa oriental tem, entretanto, outro sentido, a reencarnação de uma alma humana em corpo de animal. Para os antigos egípcios a alma teria de reencarnar inúmeras vezes em corpos de animais, em um período de três mil anos, até adquirir a forma humana. Para os antigos gregos, segundo Platão,esse prazo era menor, apenas 1.000 anos. Para os indianos a reencarnação da alma pode acontecer, indiferentemente, em corpos humanos ou em animais. É por isso que na Índia não se matam as vacas. No animal pode estar reencarnado um parente ou amigo. ( Podemos ver isso na novela Global, “Caminhos da Índia, escrita por Glória Perez e dirigida por Marcos Schechtman.” )
O Espiritismo não aceita a hipótese da metempsicose oriental. A reencarnação em um animal seria um retrocesso na evolução do Espirito.
REENCARNAÇÃO E EMIGRAÇÃO PLANETÁRIA
DINKEL DIAS DA CUNHA