segunda-feira, 14 de maio de 2018

Médium Kardecista e Médium Umbandista.




A mediunidade no Espiritismo é acentuadamente metal, as comunicações são quase telepáticas, predominantemente inspirativas, isto é os espíritos atuam mais sobre a mente dos médiuns, pois a atividade se processa mais no plano intelectivo. Em razão disso, atuam mais em um gênero de tarega espiritual, enquanto na Umbanda há uma especialização nos trabalhos do astral inferior contra as falanges do mal.

É da experiência espírita Kardecista que os espíritos manifestem-se pelo pensamento, cabendo aos médiuns transmitirem as ideias com seu próprio vocabulário e não totalmente com as características dos espíritos comunicantes, embora algumas vezes isso ocorra. Em face do habitual cerceamento mediúnico nesses núcleos de trabalho, os espíritos têm se limitado ao intercâmbio mais mental e menos interativo.

A faculdade mediúnica do médium, ou cavalo na Umbanda, é muito diferente do médium Kardecista, considerando-se que entre o principais trabalhos da Umbanda está o de atuar nas hordas inferiores do mal, no subterrâneo das energias degradantes.

Os médiuns umbandistas lidam com toda a sorte de tropeços, ciladas, mistificações, magias e demandas contra espíritos sumamente poderosos e cruéis, que manipulam as forças ocultas negativas com sabedoria.

Para se resguardar das vibrações e ataques das chamadas falanges do mal, valem-se elementos da natureza, tais como as energias das ervas, das essências, defumações e das oferendas nos diversos reinos da natureza, que são expressões das energias dos Orixás, dos colares imantados e dos rituais de defesa e limpeza da aura física e psíquica, para poderem estar em condições de desempenhar sua tarefa.

Contam com extrema sensibilidade na fé, na proteção dos seus guias e protetores espirituais, em virtude de participarem de trabalhos mediúnicos que atingem a escala da ação dos espíritos das falanges negras, recebendo desses grupos a perseguição sistemática. Por isso, a proteção dos filhos de terreiro é constituída por verdadeiras tropas de choque comandadas pelo Exus, conhecedores das manhas e das astúcias das falanges do mal.

Sua atuação é permanente na crosta terrena e vigiam atentamente os médiuns umbandistas contra investidas do mal, certos de que a defesa ainda é precária pela ausência de conduta moral superior, ainda bastante rara entre as melhores criaturas, seja na Umbanda, no Espiritismo ou em que religião for.

Os chefes de legião, falanges, sub falanges, grupamentos, colunas, sub colunas e integrantes de colunas, também assumem pesados deveres e responsabilidades na segurança e proteção de seus médiuns. É um compromisso de serviço de fidelidade mútua, mas de maior responsabilidade dos Chefes de Terreiro.

(Chefes de Terreiros são os Pais e Mães de Santo, Presidentes ou dirigentes, que assumem a missão de liderança até seu desencarne).

Retirado do livro: Guardiões do , A missão dos Exus na Terra de
Wanderley Oliveira, pelo espírito de Pai João de Angola.

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