A mediunidade no Espiritismo é
acentuadamente metal, as comunicações são quase telepáticas,
predominantemente inspirativas, isto é os espíritos atuam mais
sobre a mente dos médiuns, pois a atividade se processa mais no
plano intelectivo. Em razão disso, atuam mais em um gênero de
tarega espiritual, enquanto na Umbanda há uma especialização nos
trabalhos do astral inferior contra as falanges do mal.
É da experiência espírita Kardecista
que os espíritos manifestem-se pelo pensamento, cabendo aos médiuns
transmitirem as ideias com seu próprio vocabulário e não
totalmente com as características dos espíritos comunicantes,
embora algumas vezes isso ocorra. Em face do habitual cerceamento
mediúnico nesses núcleos de trabalho, os espíritos têm se
limitado ao intercâmbio mais mental e menos interativo.
A faculdade mediúnica do médium, ou
cavalo na Umbanda, é muito diferente do médium Kardecista,
considerando-se que entre o principais trabalhos da Umbanda está o
de atuar nas hordas inferiores do mal, no subterrâneo das energias
degradantes.
Os médiuns umbandistas lidam com toda
a sorte de tropeços, ciladas, mistificações, magias e demandas
contra espíritos sumamente poderosos e cruéis, que manipulam as
forças ocultas negativas com sabedoria.
Para se resguardar das vibrações e
ataques das chamadas falanges do mal, valem-se elementos da natureza,
tais como as energias das ervas, das essências, defumações e das
oferendas nos diversos reinos da natureza, que são expressões das
energias dos Orixás, dos colares imantados e dos rituais de defesa e
limpeza da aura física e psíquica, para poderem estar em condições
de desempenhar sua tarefa.
Contam com extrema sensibilidade na fé,
na proteção dos seus guias e protetores espirituais, em virtude de
participarem de trabalhos mediúnicos que atingem a escala da ação
dos espíritos das falanges negras, recebendo desses grupos a
perseguição sistemática. Por isso, a proteção dos filhos de
terreiro é constituída por verdadeiras tropas de choque comandadas
pelo Exus, conhecedores das manhas e das astúcias das falanges do
mal.
Sua atuação é permanente na crosta
terrena e vigiam atentamente os médiuns umbandistas contra
investidas do mal, certos de que a defesa ainda é precária pela
ausência de conduta moral superior, ainda bastante rara entre as
melhores criaturas, seja na Umbanda, no Espiritismo ou em que
religião for.
Os chefes de legião, falanges,
sub falanges, grupamentos, colunas, sub colunas e integrantes de
colunas, também assumem pesados deveres e responsabilidades na
segurança e proteção de seus médiuns. É um compromisso de
serviço de fidelidade mútua, mas de maior responsabilidade dos
Chefes de Terreiro.
(Chefes de Terreiros são os Pais e
Mães de Santo, Presidentes ou dirigentes, que assumem a missão de
liderança até seu desencarne).
Retirado do livro: Guardiões do , A
missão dos Exus na Terra de
Wanderley Oliveira, pelo espírito de Pai João de Angola.
Wanderley Oliveira, pelo espírito de Pai João de Angola.
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