segunda-feira, 23 de outubro de 2017

O CORPO NÃO AMA

                                                                 


                                                 O CORPO NÃO AMA
Existe uma busca constante pela nossa “cara metade, alma gêmea” aqui na Terra. Desde a adolescência já começamos a procura de algo afetuoso que nem sabemos o que é, e enxergamos nos mais diversos semblantes, silhuetas que despertam sentimentos que não conseguimos decifrar, mas que faz a gente crescer por dentro e o coração bater mais forte com palpitações, arritmias, e quando chegamos perto de alguém que achamos especial o suor nos toma conta, as pupilas se delatam nos falta o fôlego, a boca seca e a voz nos embarga e trememos de cima a baixo.
Quando estes sintomas assenhoream de nós, podemos acreditar que estamos em vias de encontrar o amor verdadeiro, pois não se trata de simples atração ou desejo sensual e sim algo mais profundo que nem todos sabem o que é, mas trata-se das almas que se reconhecem e eclode a paixão.
Sentimos então que é algo profundo e vem de outras vidas, pois em verdade “quem ama é o espírito e não o corpo”. Certamente quando isto acontece é em razão de já termos vivenciado algo parecido em outras existências, com experiências envolvendo ambas as partes. Reclamamos em muitas ocasiões que nossos relacionamentos não dão certo por aqui e ás vezes parece que vão durar, mas passado algum tempo de convívio a relação fica impossível e nos separamos. É que a união não partiu de um amor verdadeiro e sim de interesses ou apenas de atração física.
É claro que precisamos da atração carnal para facilitar as aproximações e as atenções um do outro, mas se não existir o amor verdadeiro em ambos os espíritos a relação não durará. O amor transcende a vida, e é o único objetivo principal do ser humano. É o que possibilita a evolução em direção ao Criador. Não devemos reclamar das separações ou das uniões que não dão certo ou que não perduram por muito tempo, certamente não eram para ter existido, e se findaram certamente é para evitar-se um mal maior.
Devemos impor limite para a luta na busca do amor de outrem, pois forçar relacionamentos apenas ocasionará futuras expiações com sofrimentos para ambas as partes envolvidas, pois em casos de confrontos e desavenças graves, teremos de nos reencontrar em vidas futuras.
É possível chegamos ao mundo para vivermos sós, e se assim nos conformarmos e procurarmos oferecer nosso amor de outra maneira sublime seremos felizes da mesma forma.

Lembremos sempre: “O Espírito é que ama, e não o corpo”. 

Autor: Nilton Cardoso Moreira   

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