O CORPO NÃO AMA
Existe
uma busca constante pela nossa “cara metade, alma gêmea” aqui na
Terra. Desde a adolescência já começamos a procura de algo
afetuoso que nem sabemos o que é, e enxergamos nos mais diversos
semblantes, silhuetas que despertam sentimentos que não conseguimos
decifrar, mas que faz a gente crescer por dentro e o coração bater
mais forte com palpitações, arritmias, e quando chegamos perto de
alguém que achamos especial o suor nos toma conta, as pupilas se
delatam nos falta o fôlego, a boca seca e a voz nos embarga e
trememos de cima a baixo.
Quando
estes sintomas assenhoream de nós, podemos acreditar que estamos em
vias de encontrar o amor verdadeiro, pois não se trata de simples
atração ou desejo sensual e sim algo mais profundo que nem todos
sabem o que é, mas trata-se das almas que se reconhecem e eclode a
paixão.
Sentimos então
que é algo profundo e vem de outras vidas, pois em verdade “quem
ama é o espírito e não o corpo”. Certamente quando isto acontece
é em razão de já termos vivenciado algo parecido em outras
existências, com experiências envolvendo ambas as partes.
Reclamamos em muitas ocasiões que nossos relacionamentos não dão
certo por aqui e ás vezes parece que vão durar, mas passado algum
tempo de convívio a relação fica impossível e nos separamos. É
que a união não partiu de um amor verdadeiro e sim de interesses ou
apenas de atração física.
É
claro que precisamos da atração carnal para facilitar as
aproximações e as atenções um do outro, mas se não existir o
amor verdadeiro em ambos os espíritos a relação não durará. O
amor transcende a vida, e é o único objetivo principal do ser
humano. É o que possibilita a evolução em direção ao Criador.
Não devemos reclamar das separações ou das uniões que não dão
certo ou que não perduram por muito tempo, certamente não eram para
ter existido, e se findaram certamente é para evitar-se um mal
maior.
Devemos
impor limite para a luta na busca do amor de outrem, pois forçar
relacionamentos apenas ocasionará futuras expiações com
sofrimentos para ambas as partes envolvidas, pois em casos de
confrontos e desavenças graves, teremos de nos reencontrar em vidas
futuras.
É
possível chegamos ao mundo para vivermos sós, e se assim nos
conformarmos e procurarmos oferecer nosso amor de outra maneira
sublime seremos felizes da mesma forma.
Lembremos sempre:
“O Espírito é que ama, e não o corpo”.
Autor: Nilton Cardoso Moreira
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