quinta-feira, 16 de agosto de 2012

A Ingratidão dos filhos e os laços de família




A ingratidão é um dos frutos mais diretos do egoísmo. Mas, a dos filhos para com seus  pais apresenta caráter ainda mais odioso.

Quando deixa a Terra, o Espírito leva consigo as paixões ou as virtudes inerentes à sua natureza. Uns se aperfeiçoam no espaço, outros permanecem estacionados, até que resolvam evoluir. Muitos vão cheios de ódios, violentos e insaciados por desejo de vingança. Destes, há os que estão em grau mais elevados do que outros, e aos primeiros é permitido saber um pouco da verdade e das conseqüências de seus baixos sentimentos,  sendo  induzidos a tomar boas resoluções.  Compreendem que, para chegarem a uma maior evolução, há uma só senha: caridade. Não há caridade sem perdão, nem com o coração tomado de ódio. Porém, não é fácil perdoar e amar os que lhe destruíram os sonhos, o trabalho, a honra, a família. É necessário muito esforço, muita oração, muita ajuda espiritual para perseverar. O tempo que levará para que essa compreensão das coisas aconteça, depende da capacidade de cada ser. Quando isso acontece, o Espírito desejando evoluir, aproveita de um corpo em preparo na família daquele a quem detestou, e pede aos Espíritos responsáveis pela encarnação, permissão para reencarnar naquele corpo que acaba de formar-se. Sua vitória nesse convívio dependerá da firmeza de suas boas resoluções, pois, o contato freqüente com os seres a quem odiou constitui prova terrível, sob a qual pode fracassar se não for bastante forte a sua determinação. Neste caso, ele poderá ser amigo ou inimigo daqueles entre os quais foi chamado a viver. È como se explicam esses ódios, essas repulsões instintivas, que se notam da parte de certas crianças e adolescentes e que parecem injustificáveis.
Espíritas, compreendam o grande papel da humanidade. Quando um corpo é preparado, a alma que nele encarna, vem do espaço para progredir.  Cabe aos pais que tem a guarda do filho, dar educação moral para o seu aperfeiçoamento e o seu bem estar futuro, aproximando-o de Deus.

Desde pequenina a criança manifesta os instintos bons ou maus que traz da sua existência anterior. Todos os males se originam do egoísmo e do orgulho, os pais devem ao perceber indícios desses vícios, combatê-los para não enraizarem. Façam como o bom jardineiro, que corta os rebentos defeituosos à medida que os vê apontar na árvore. Se deixarem que se desenvolva o egoísmo e o orgulho, não se espantem de serem mais tarde pagos com a ingratidão.  Quando os pais fazem tudo o que devem pelo adiantamento moral de seus filhos, se não alcançarem êxito, não devem se culpar, apesar de ser natural essa amargura, por verem improdutivos os seus esforços. Mas acredite, trata-se apenas de um retardamento que lhes será concedido concluir em outra existência  o que começou nesta e que um dia, mais evoluído, o filho hoje ingrato os recompensará com seu amor.

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