domingo, 24 de outubro de 2010

Umbanda

         Para bem conhecer uma coisa
         é preciso tudo ver,
         tudo aprofundar,
         comparar todas as opiniões,
         ouvir os prós e os contras.
                             Allan Kardec
( Revista Espírita, setembro de 1866)



Existe muito preconceito até mesmo entre nós Espíritas a respeito da Umbanda. Estou lendo um livro que desmistifica e esclarece sobre essa doutrina. Mostra que para o bem, não existem fronteiras, que a bondade divina pode se manifestar, de várias formas, usando os instrumentos que estiverem a seu dispor e que, não é pelo fato de uma pessoa ir a um terreiro de umbanda que a mesma não será atendida convenientemente. Na verdade temos é que saber diferençar o que é “Umbanda” do que é “quiumbanda”. Separei aqui trechos do livro que vão, no mínimo, deixa-los curiosos sobre o assunto e quem sabe instiga-los a ler mais e aprender, pois isso é o que nos torna capazes de optar com conhecimento e segurança.

- Às vezes é necessário um choque de vibrações mais intensas, para acordar as pessoas para os problemas da vida. Nos terreiros de Umbanda, se encontram também recursos necessários para ajudar aos necessitados. Existem espíritos extremamente lúcidos que trabalham junto aos umbandistas a serviço do bem e, desinteressadamente. O que pesa é a falta de informação e de preparo de muitos dirigentes, mas, isso encontramos também nos Kardecistas, Católicos, Evangélicos etc. Em todo lugar existem pessoas mal intencionadas e interesseiras. Temos que saber separar as coisas. No lugar onde as questões espirituais são colocadas com a intenção de promoção para tirar proveitos financeiros, manipular pessoas, envolvendo comércio ilícito com as esferas inferiores, ocorre um desequilíbrio e é atraída a atenção de espíritos inferiores e infelizes.
Na Umbanda, segundo o autor, tudo tem um propósito: o altar, os objetos de culto e todo simbolismo utilizado como por exemplo ponto riscado e cantado, as chamadas curimbas, tudo isso, visa compor uma bateria magnética, onde se concentra energia necessária para as tarefas realizadas. Eles lidam com fluídos pesados e com magnetismo elementar, por isso são necessários o uso de certos recursos. Na Umbanda a caridade é a lei maior, e esses espíritos com aspectos bizarros, que se manifestam em alguns terreiros nos médiuns são, na verdade, outra classe de entidades, espíritos marginalizados por seu comportamento ante a vida, verdadeiros bandos de obsessores, de vadios, que vagam sem rumo nos subplanos astrais e que são, muitas vezes, utilizados por outras inteligências, servindo a propósitos menos dignos.
Além disso, encontram médiuns irresponsáveis que se identificam com seus propósitos inconfessáveis e eles passam a sugar a energia desses médiuns e dos seus consulentes, exigindo “trabalhos” como, matanças de animais e outras formas de satisfazerem sua sede de energia vital. São conhecidos como quiumbas nos pântanos do astral. São grupos de espíritos deliquentes, à semelhança daqueles homens que atualmente são considerados, na Terra, como irrecuperáveis socialmente.
Os médiuns que se sintonizam com essa classe de espíritos, normalmente desconhecem a sua verdadeira situação. Depois, existe igualmente um misticismo exagerado em muitos terreiros que se dizem umbandistas e se especializam em maldades de todas as espécies, vinganças e pequenos “trabalhos” que realizam em conluio com os quiumbas e que lhes comprometem as atividades e a tarefa mediúnica. São na verdade terreiros de quiumbanda. Usam o nome umbanda como outros médiuns utilizam-se do nome de espíritas, sem o serem.

O livro a que me refiro é “Tambores de Angola, escrito por Robson Pinheiro pelo espírito de Ângelo Inácio” e no mesmo você encontra muitas outras informações e esclarecimentos importantes. Considero uma boa leitura.

Ana Maria.

2 comentários:

Daniel disse...

Achei muito interessante a matéria, pois sou Umbandista e pertenço apenas a uma banda só que é a do Grande Criador, a verdadeira pratica é a da caridade e do amor desinteressado, dentro de nossa e verdadeira Umbanda o preconceito é inexistente, pois independente de classe social, titulos terrenos, intelectualidade, estamos todos imbuidos em uma unica força e propósito, que é servirmos de instrumentos mediunicos para mentores de Luz (Caboclos, Pretos Velhos, Crianças) mentores estes que escolheram essa roupa fluidica de humildade, resignação e muita sabedoria, pois assim falam simples para os simples, sem perguntarem de onde vem , de que religião são nem posição social, pois são obreiros do Pai Maior. Procuramos sermos trabalhadores da lei maior, pois sozinhos somos apenas 1 e unidos somos a soma do todo, largamos os preconcetos de lado porque somos filhos da mesma criação e da mesma centelha divina, que o Pai Supremo possa abençoar a cada irmão e irmã, independente de seus defeitos, respeitamos uns aos outros e que força astral e divina possa entrar em cada coração. Devemos conheçer para questionar mas nunca julgar aquilo que so cabe a Deus.

Espiritualidade disse...

Vejo pelo seu comentário que Graças a Deus você encontrou seu caminho e o segue com muita certeza e afinco. Infelizmente a realidade no geral não é assim, por isso devemos continuar informando e esclarecendo, pois quem sabe um dia todos sem exceção poderão também seguir com tanta firmeza e certeza nos seus ideais. O importante e passarmos para o maior número de pessoas possíveis que fora da caridade não há salvação. Essa caridade pode ser de doação de coisas, de amor, de compreensão, de compaixão, de informação e etc.
Obrigada pela sua visita e volte sempre que desejar