Médium são todas as pessoas que sentem num grau qualquer, a influência dos Espíritos. Essa faculdade nasce com o homem, por isso não é um privilégio deste ou daquele. Por isso são muitas as pessoas que possuem Mediunidade, podendo-se dizer que todos são mais ou menos médium. Hoje em dia, dizemos que uma pessoa é médium quando existem manifestações bem visíveis. Essa faculdade não se revela da mesma forma para todo mundo. Existem:
Médiuns de efeitos físicos, Estes são aptos a produzir fenômenos materiais, como movimentos dos corpos inertes, os ruídos, etc. Podem ser divididos :
. Os Médiuns facultativos: Os que têm consciência do seu poder e produzem fenômenos espíritas por ato da própria vontade. Na maioria das vezes esses efeitos são simples como a rotação de um objeto, pancadas, e etc. Efeitos mais raros, como levantamento de corpos pesados no espaço, movimentação aérea e, sobretudo aparições, são muito raros. Esses efeitos, embora pareçam mais um espetáculo do que um efeito espírita pode contribuir para as convicções de pessoas que os observam. Segundo Kardec, as pessoas que possuem essa capacidade normalmente não conseguem se comunicar através de palavras ou da escrita, um efeito aguçado diminui o outro.
. Os Médiuns involuntários: São os que exercem sua influência sem querer de forma involuntária, freqüentemente em adolescentes e crianças pequenas, tal faculdade não indica problema de doença. Podendo também ocorrer depois de alguma fraqueza orgânica, mas essa não é a causa principal. O que se deve fazer depois que uma faculdade dessa natureza se desenvolve espontaneamente num indivíduo, é deixar que o fenômeno siga o seu curso natural, pois a natureza é mais prudente do que os homens e Deus tem seus propósitos. Porém algumas vezes o fenômeno pode fugir ao controle aí há necessidade caso o próprio Médium não consiga controlar, de ajuda de um Médium mais influente e experiente.
Médiuns sensitivos ou impressionáveis: São as pessoas que são capazes de sentir a presença dos Espíritos por meio de uma vaga impressão, uma espécie de leve atrito, de discreto arrepio sobre todos os seus membros, sensação que elas, não podem explicar. Esta variedade não apresenta caráter bem definido. Todos os médiuns são necessariamente impressionáveis, de forma que isso pode ser considerado uma qualidade geral do que especial. O Médium adquire certa sutileza, ao ponto de perceber a boa ou má natureza do Espírito que está ao seu lado. Um Espírito bom produz sempre uma impressão suave e agradável; a de um Espírito mau, pelo contrário, é penosa, angustiante e desagradável. Há como um cheiro de impureza.
Médium audientes: São os que ouvem a voz dos Espíritos, (pneumatofonia), trata-se de uma voz interior que se faz ouvir no foro íntimo das pessoas. De outras vezes é uma voz exterior, clara e distinta, igual à de uma pessoa viva. Os médiuns audientes podem assim conversar com os Espíritos. Esses tipos de Médium funcionam como um tipo de intérprete para pessoas que não possuem esse dom.
Claro que esse tipo de dom é muito bom quando o Médium só ouve Espíritos bons, ou somente aqueles por quem chama. Entretanto o quadro muda por completo quando Espíritos maus se agarram a ele, fazendo-os ouvir coisas inconvenientes. Em tal caso deve o Médium se livrar desse Espírito.
Médiuns falantes: São aqueles que emprestam os órgãos vocais para a manifestação dos espíritos, geralmente os ser dotado desta faculdade fica passivo e muitas vezes não lembra do ocorrido. O Espírito pode usar as mãos, a palavra ou os ouvidos do Médium. O Médium falante normalmente se exprime sem ter consciência do que diz e muitas vezes dizem coisas completamente diferentes de suas idéias habituais, dos seus conhecimentos e até mesmo, fora do alcance de sua inteligência. Embora esteja acordado não se lembra do que disse.
Médiuns videntes: Os Médiuns videntes são dotados da faculdade de ver Espíritos. Alguns gozam dessa faculdade em estado normal quando perfeitamente acordados, e conservam a lembrança precisa do que viram. Outros só possuem o estado sonambúlico, ou próximo ao sonambulismo, ( chamamos isso de dupla vista).
O Médium vidente julga ver com os olhos, mas na verdade ele vê com a alma através do Chakra frontal, visto que, alguns médiuns vêem Espíritos com os olhos fechados. Os cegos vêem espíritos como os que enxergam. Porém, devemos diferençar as aparições acidentais e espontâneas da faculdade propriamente dita de ver os Espíritos. As espontâneas acontecem, sobretudo, no momento da morte de pessoas que o vidente amou e conviveu e que vem avisar que não pertence mais a este mundo. Existem também casos de parentes ou amigos que já morreram há tempos e que aparece para prevenir de um perigo, dar um conselho ou pedir um serviço, digo, alguma coisa que não foi possível ele fazer em vida ou pedir prece. Estas aparições constituem fatos isolados. A faculdade propriamente dita, constitui na possibilidade, se não permanentemente, pelo menos muito frequentemente de ver qualquer Espírito, que se apresente, ainda que seja completamente estranho ao vidente.
Médiuns curadores: Esse tipo de gênero de mediunidade consiste principalmente no dom que possui certas pessoas de curar pelo simples toque, pelo olhar, mesmo por um gesto, sem o uso de qualquer medicação. Neste caso não é só a magnetização que é usada para curar, alguns médiuns usam as mãos para enviarem fluídos magnéticos, porém todos os magnetizadores estão aptos a curar desde que saibam faze-lo. No caso dos Médiuns curadores, a faculdade é espontânea e alguns a possuem sem jamais terem ouvido falar de magnetização. Existe a intervenção de uma potência oculta, mas, a maioria dos médiuns curadores recorre à prece, que é uma verdadeira evocação.
Médiuns pneumatógrafos: O fenômeno da escrita direta é um dos mais extraordinários do Espiritismo; mas, por muito anormal que pareça, à primeira vista, constitui hoje fato averiguado e incontestável. A teoria, sempre necessária, para nos inteirarmos da possibilidade dos fenômenos espíritas em geral, talvez mais necessária ainda se faça neste caso que, sem contestação, é um dos mais estranhos que se possam apresentar, porém que deixa de parecer sobrenatural, desde que se lhe compreenda o princípio. Esta faculdade, até agora, se mostra muito rara. Desenvolve-se, provavelmente, pelo exercício; mas, como dissemos, sua utilidade prática se limita a uma comprovação patente da intervenção de uma força oculta nas manifestações. Só a experiência é capaz de dar a ver a qualquer pessoa se a possui Pode-se, portanto, experimentar, como também se pode inquirir a respeito um Espírito protetor, pelos outros meios de comunicação. Conforme seja maior ou menor o poder do médium, obtêm-se simples traços, sinais, letras, palavras, frases e mesmo páginas inteiras. Basta de ordinário colocar uma folha de papel dobrada num lugar qualquer, ou indicado pelo Espírito, durante dez minutos, ou um quarto de hora, às vezes mais. A prece e o recolhimento são condições essenciais; é por isso que se pode considerar impossível à obtenção de coisa alguma, numa reunião de pessoas pouco sérias, ou não animadas de sentimentos de simpatia e benevolência.
Médiuns escreventes ou psicógrafos: os que têm a faculdade de escrever por si mesmo sob a influência dos Espíritos.
De todos os meios de comunicação, a escrita manual é o mais simples, mais cômodo e, sobretudo, mais completo. Para ele devem tender todos os esforços, porquanto permite se estabeleçam, com os Espíritos, relações tão continuadas e regulares, como as que existem entre nós. Com tanto mais afinco deve ser empregado, quanto é por ele que os Espíritos revelam melhor sua natureza e o grau do seu aperfeiçoamento, ou da sua inferioridade. Pela facilidade que encontram em exprimirem-se por esse meio, eles nos revelam seus mais íntimos pensamentos e nos facultam julgá-los e apreciar-lhes o valor.
Para o médium, a faculdade de escrever é, além disso, a mais suscetível de desenvolver-se pelo exercício.
O importante é saber que a Mediunidade é uma faculdade inerente à constituição psicofísica humana. É um dom concedido por Deus aos homens para que, pelo bem que podem fazer aos seus semelhantes, possam resgatar mais rapidamente as faltas cometidas no passado, e, assim apressar a evolução espiritual.
Parte da entrevista com o Francisco Cândido Xavier coberta pelo repórter Ivandel Godinho Jr. da revista O semanário "Fatos e Fotos"'.-.GENTE, do Grupo Bloch:
1 - Como se processa o fenômeno da psicografia?
R. Tecnicamente, não sei definir. Sei apenas que os espíritos amigos tomam o meu braço e escrevem o que desejam. Há muitos anos perguntei a Emmanuel sobre o assunto. Ele respondeu: “Se a laranjeira quisesse estudar pormenorizadamente o que se passa com ela, na produção das laranjas, com certeza não produziria fruto algum”. Não quero dizer com isto que o estudo de classificação em mediunidade deva ser desprezado. Desejo apenas confirmar que, como as laranjeiras contam com pomicultores e botânicos que as definem, assim também os médiuns contam com autoridades humanas que os analisam pelo tipo de serviço que oferecem.
2 – Mas o que acontece com você, durante o momento em que os espíritos estão usando o seu braço?
R. Observo que minhas faculdades se acentuam em todos os seus aspectos. E realmente sinto-me na companhia dos amigos desencarnados, quando eles permitem, com tanta espontaneidade, como se fossem pessoas deste mundo, que nós vemos e ouvimos naturalmente.
3 - Você tem consciência do que está sendo escrito?
R. Normalmente, não tenho conhecimento do assunto. O teor da mensagem, só conheço depois de recebida. Mas depende muito da reunião:
Quando está harmoniosamente constituído por criaturas que só desejam o bem e a paz, eu me ausento da mensagem. O espírito escreve com toda a independência de qualquer impulso meu.
Agora, quando a reunião está conturbada, eles fazem força para que eu fique consciente e então vou escrevendo o que eles vão ditando, sabendo mais ou menos o sentido.
Jornal Espírita – Janeiro de 1976.
A Psicografia à Luz da Grafoscopia:
Nenhum comentário:
Postar um comentário