quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Reflita!


Se você me disser sobre os lugares que gosta de freqüentar, com segurança e rapidamente, posso dizer muito sobre você. Alguns gostam de lugares iluminados, outros de lugares sombrios. Uns se dão bem na limpeza, outros, coitados!... No reino animal também acontece este fenômeno da preferência. As abelhas freqüentam as flores. E as moscas?!... As abelhas nos dão mel. As moscas, doenças. Que haja muitos jardins para você se sentir feliz.

Hermógenes Autor de Mergulho na Paz Livro: Deus investe em você

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Médiuns


Médium são todas as pessoas que sentem num grau qualquer, a influência dos Espíritos. Essa faculdade nasce com o homem, por isso não é um privilégio deste ou daquele. Por isso são muitas as pessoas que possuem Mediunidade, podendo-se dizer que todos são mais ou menos médium. Hoje em dia, dizemos que uma pessoa é médium quando existem manifestações bem visíveis. Essa faculdade não se revela da mesma forma para todo mundo. Existem:


Médiuns de efeitos físicos, Estes são aptos a produzir fenômenos materiais, como movimentos dos corpos inertes, os ruídos, etc. Podem ser divididos :
. Os Médiuns facultativos: Os que têm consciência do seu poder e produzem fenômenos espíritas por ato da própria vontade. Na maioria das vezes esses efeitos são simples como a rotação de um objeto, pancadas, e etc. Efeitos mais raros, como levantamento de corpos pesados no espaço, movimentação aérea e, sobretudo aparições, são muito raros. Esses efeitos, embora pareçam mais um espetáculo do que um efeito espírita pode contribuir para as convicções de pessoas que os observam.  Segundo Kardec, as pessoas que possuem essa capacidade normalmente não conseguem se comunicar através de palavras ou da escrita, um efeito aguçado diminui o outro.   
. Os Médiuns involuntários: São os que exercem sua influência sem querer de forma involuntária, freqüentemente em adolescentes e crianças pequenas, tal faculdade não indica problema de doença. Podendo também ocorrer depois de alguma fraqueza orgânica, mas essa não é a causa principal. O que se deve fazer depois que uma faculdade dessa natureza se desenvolve espontaneamente num indivíduo, é deixar que o fenômeno siga o seu curso natural, pois a natureza é mais prudente do que os homens e Deus tem seus propósitos. Porém algumas vezes o fenômeno pode fugir ao controle aí há necessidade caso o próprio Médium não consiga controlar, de ajuda de um Médium mais influente e experiente.

Médiuns sensitivos ou impressionáveis: São as pessoas que são capazes de sentir a presença dos Espíritos por meio de uma vaga impressão, uma espécie de leve atrito, de discreto arrepio sobre todos os seus membros, sensação que elas, não podem explicar. Esta variedade não apresenta caráter bem definido. Todos os médiuns são necessariamente impressionáveis, de forma que isso pode ser considerado uma qualidade geral do que especial. O Médium adquire certa sutileza, ao ponto de perceber a boa ou má natureza do Espírito que está ao seu lado. Um Espírito bom produz sempre uma impressão suave e agradável; a de um Espírito mau, pelo contrário, é penosa, angustiante e desagradável. Há como um cheiro de impureza.

Médium audientes: São os que ouvem a voz dos Espíritos, (pneumatofonia), trata-se de uma voz interior que se faz ouvir no foro íntimo das pessoas. De outras vezes é uma voz exterior, clara e distinta, igual à de uma pessoa viva. Os médiuns audientes podem assim conversar com os Espíritos. Esses tipos de Médium funcionam como um tipo de intérprete para pessoas que não possuem esse dom.
Claro que esse tipo de dom é muito bom quando o Médium só ouve Espíritos bons, ou somente aqueles por quem chama. Entretanto o quadro muda por completo quando Espíritos maus se agarram a ele, fazendo-os ouvir coisas inconvenientes. Em tal caso deve o Médium se livrar desse Espírito.
Médiuns falantes: São aqueles que emprestam os órgãos vocais para a manifestação dos espíritos, geralmente os ser dotado desta faculdade fica passivo e muitas vezes não lembra do ocorrido. O Espírito pode usar as mãos, a palavra ou os ouvidos do Médium. O Médium falante normalmente se exprime sem ter consciência do que diz e muitas vezes dizem coisas completamente diferentes de suas idéias habituais, dos seus conhecimentos e até mesmo, fora do alcance de sua inteligência. Embora esteja acordado não se lembra do que disse.

Médiuns videntes: Os Médiuns videntes são dotados da faculdade de ver Espíritos. Alguns gozam dessa faculdade em estado normal quando perfeitamente acordados, e conservam a lembrança precisa do que viram. Outros só possuem o estado sonambúlico, ou próximo ao sonambulismo, ( chamamos isso de dupla vista).
O Médium vidente julga ver com os olhos, mas na verdade ele vê com a alma através do Chakra  frontal, visto que, alguns médiuns vêem Espíritos com os olhos fechados. Os cegos vêem espíritos como os que enxergam. Porém, devemos diferençar  as aparições acidentais e espontâneas da faculdade propriamente dita de ver os Espíritos. As espontâneas acontecem, sobretudo, no momento da morte de pessoas que o vidente amou e conviveu e que vem avisar que não pertence mais a este mundo. Existem também casos de parentes ou amigos que já morreram há tempos e que aparece para prevenir de um perigo, dar um conselho ou pedir um serviço, digo, alguma coisa que não foi possível ele fazer em vida ou pedir prece. Estas aparições constituem fatos isolados. A faculdade propriamente dita, constitui na possibilidade, se não permanentemente, pelo menos muito frequentemente de ver qualquer Espírito, que se apresente, ainda que seja completamente estranho ao vidente.

Médiuns curadores: Esse tipo de gênero de mediunidade consiste principalmente no dom que possui certas pessoas de curar pelo simples toque, pelo olhar, mesmo por um gesto, sem o uso de qualquer medicação. Neste caso não é só a magnetização que é usada para curar, alguns médiuns usam as mãos para enviarem fluídos magnéticos, porém todos os magnetizadores estão aptos a curar desde que saibam faze-lo. No caso dos Médiuns curadores, a faculdade é espontânea e alguns a possuem sem jamais terem ouvido falar de magnetização. Existe a intervenção de uma potência oculta, mas, a maioria dos médiuns curadores recorre à prece, que é uma verdadeira evocação.

Médiuns pneumatógrafos: O fenômeno da escrita direta é um dos mais extraordinários do Espiritismo; mas, por muito anormal que pareça, à primeira vista, constitui hoje fato averiguado e incontestável. A teoria, sempre necessária, para nos inteirarmos da possibilidade dos fenômenos espíritas em geral, talvez mais necessária ainda se faça neste caso que, sem contestação, é um dos mais estranhos que se possam apresentar, porém que deixa de parecer sobrenatural, desde que se lhe compreenda o princípio. Esta faculdade, até agora, se mostra muito rara. Desenvolve-se, provavelmente, pelo exercício; mas, como dissemos, sua utilidade prática se limita a uma comprovação patente da intervenção de uma força oculta nas manifestações. Só a experiência é capaz de dar a ver a qualquer pessoa se a possui Pode-se, portanto, experimentar, como também se pode inquirir a respeito um Espírito protetor, pelos outros meios de comunicação. Conforme seja maior ou menor o poder do médium, obtêm-se simples traços, sinais, letras, palavras, frases e mesmo páginas inteiras. Basta de ordinário colocar uma folha de papel dobrada num lugar qualquer, ou indicado pelo Espírito, durante dez minutos, ou um quarto de hora, às vezes mais. A prece e o recolhimento são condições essenciais; é por isso que se pode considerar impossível à obtenção de coisa alguma, numa reunião de pessoas pouco sérias, ou não animadas de sentimentos de simpatia e benevolência.

Médiuns escreventes ou psicógrafos: os que têm a faculdade de escrever por si mesmo sob a influência dos Espíritos.
De todos os meios de comunicação, a escrita manual é o mais simples, mais cômodo e, sobretudo, mais completo.  Para ele devem tender todos os esforços, porquanto permite se estabeleçam, com os Espíritos, relações tão continuadas e regulares, como as que existem entre nós.  Com tanto mais afinco deve ser empregado, quanto é por ele que os Espíritos revelam melhor sua natureza e o grau do seu aperfeiçoamento, ou da sua inferioridade. Pela facilidade que encontram em exprimirem-se por esse meio, eles nos revelam seus mais íntimos pensamentos e nos facultam julgá-los e apreciar-lhes o valor.
Para o médium, a faculdade de escrever é, além disso, a mais suscetível de desenvolver-se pelo exercício.


O importante é saber que a Mediunidade é uma faculdade inerente à constituição psicofísica humana. É um dom concedido por Deus aos homens para que, pelo bem que podem fazer aos seus semelhantes, possam resgatar mais rapidamente as faltas cometidas no passado, e, assim apressar a evolução espiritual.




Parte da entrevista com o Francisco Cândido Xavier coberta pelo repórter Ivandel Godinho Jr. da revista O semanário "Fatos e Fotos"'.-.GENTE, do Grupo Bloch:


    

1 - Como se processa o fenômeno da psicografia?

R. Tecnicamente, não sei definir. Sei apenas que os espíritos amigos tomam o meu braço e escrevem o que desejam. Há muitos anos perguntei a Emmanuel sobre o assunto. Ele respondeu: “Se a laranjeira quisesse estudar pormenorizadamente o que se passa com ela, na produção das laranjas, com certeza não produziria fruto algum”. Não quero dizer com isto que o estudo de classificação em mediunidade deva ser desprezado. Desejo apenas confirmar que, como as laranjeiras contam com pomicultores e botânicos que as definem, assim também os médiuns contam com autoridades humanas que os analisam pelo tipo de serviço que oferecem.
   

2 – Mas o que acontece com você, durante o momento em que os espíritos estão usando o seu braço?

R. Observo que minhas faculdades se acentuam em todos os seus aspectos. E realmente sinto-me na companhia dos amigos desencarnados, quando eles permitem, com tanta espontaneidade, como se fossem pessoas deste mundo, que nós vemos e ouvimos naturalmente.
   

3 - Você tem consciência do que está sendo escrito?

 R. Normalmente, não tenho conhecimento do assunto. O teor da mensagem, só conheço depois de recebida. Mas depende muito da reunião:
   

Quando está harmoniosamente constituído por criaturas que só desejam o bem e a paz, eu me ausento da mensagem. O espírito escreve com toda a independência de qualquer impulso meu.
         

Agora, quando a reunião está conturbada, eles fazem força para que eu fique consciente e então vou escrevendo o que eles vão ditando, sabendo mais ou menos o sentido.


Jornal Espírita – Janeiro de 1976.

A Psicografia à Luz da Grafoscopia:




sábado, 18 de setembro de 2010

Suicídio

 
Sempre quando lemos ou ouvimos uma notícia que alguém cometeu suicídio, nos surpreendemos e nos questionamos: -“o que leva uma pessoa a cometer tal ato?” Aí, começamos a procurar explicações para entender como alguém pode abdicar desse bem tão precioso, a vida?
 No livro o “O que é Espiritismo” Allan Kardec, no capítulo: “Loucura suicídio e Obsessão”, diz que: O Espiritismo quando bem compreendido constitui uma proteção contra a loucura e o suicídio. O verdadeiro espírita vê as coisas deste mundo de um ponto de vista diferente. As tribulações, as desgraças, os afetos não correspondidos, que para muitos são motivos freqüentes para o suicídio, esses desgostos, são provas que contribuem para seu adiantamento e se os suportar com resignação, servirá como um passo a mais em sua evolução espiritual. Assim, essa “resignação” o protege, o preserva do desespero e, conseqüentemente, do suicídio e da loucura. Outro ponto que segundo Kardec, ajuda aos Espíritas, são as mensagens recebidas de Espíritos que cometeram tal ato. Nestas, os relatos desses irmãos contanto todo o sofrimento após o suicídio abre os olhos dos que acreditam no Espiritismo.
Leia o artigo abaixo e aprenda um pouco mais sobre esse ato de desespero, em que muitos de nossos irmãos se deixaram levar.   
  • O suicídio, como ninguém mais ignora, constitui para o Espírito, um estado complexo de semiloucura, situação crítica e lamentável de descontrole mental, sendo necessários estudos e exames especiais dentro da própria Revelação Espírita. Entretanto, existem nele certos traços gerais, que convêm serem examinados ainda uma vez:



  • Os suicídios que tiveram por causa a obsessão de um Espírito perverso, sobre o encarnado, apresentam certa parcela de atenuantes para a vítima e agravantes para o algoz.

Existem suicidas que se viram sugestionados a cometerem o ato terrível, através do sono de cada noite, por uma pressão obsessora do seu desafeto espiritual, desafeto que poderá ser também um espírito encarnado, e à qual não foi possível fugir, como o paciente que, recebendo do seu magnetizador uma ordem, durante o transe sonambúlico, cumpre essa ordem exatamente dentro do prazo determinado por este, mesmo quando se passaram já muitos meses depois da experiência.
Outros existem que não querem absolutamente morrer, não desejam o suicídio; que relutam mesmo contra a idéia que os atormenta e se horrorizam ao compreender que algo desconhecido os arrasta para o abismo, abismo esse que temem e ante o qual se apavoram. Apesar disso, sucumbem, precipitam-se nele, uma vez que, deseducados da luz das verdades eternas, desconhecedores do verdadeiro móvel (motivo) da vida humana, como da natureza espiritual do homem, não tiveram forças nem elementos para se libertarem do jugo mental terrível e malfazejo, cujo acesso permitiu.
Eles vêem junto a si antes de efetivado o ato, com impressionante segurança, como se estivessem materializados diante dos seus olhos corporais, os quadros mentais que o obsessor fornece através da telepatia ou da sugestão: — um receptáculo de veneno ou substância corrosiva; um revólver engatilhado, que misteriosa mão sustenta, oferecendo-lho; uma queda de grande altura, onde eles próprios se vêem despencando; um veículo em movimento, sob o qual  deverá se jogar etc.
Sofrem assim, por vezes, durante meses consecutivos, sem ânimo para confidenciarem com amigos, uma agonia moral extenuante e arrasadora, uma angústia deprimente e inconsolável, que lhes agravam os males que já os deixavam infelizes, angústia que nenhuma palavra humana será eficiente boa para traduzir.
Notemos, todavia, que tratamos tão somente da obsessão simples, ou seja, daquela que é ignorada por todos, até mesmo pelo obsidiado, da que se não revela ostensivamente, objetivando alteração das faculdades mentais, mas que, sutilmente, ocultamente, através de sugestões lentas, sistemáticas, solapa as forças morais da vítima, tornando-a, por assim dizer, incapaz de reações salvadoras.
Pouco a pouco, sob tão doentia pressão magnética, uma tristeza suprema e avassalador desânimo comprometem as energias do assediado. Aterrador alarme desorienta-o, todos os fatos da vida, mesmo os mais vulgares, se lhe apresentam ao raciocínio contaminado pela infiltração obsessora, dramáticos, maus, irremediáveis! Ele se esquece  de tudo, até mesmo do seu Criador, ao qual, em verdade, jamais considerou, mas em cujo amor encontraria proteção e forças para resistir à tentação. E somente se preocupa com o meio pelo qual se furtará aos males que o afligem. Então sucumbe sem apelação, curva-se à vontade que conseguiu dominar a sua vontade, servindo-se da sua fraqueza de homem despreocupado das razões da Vida e ignorante de si mesmo, que da existência só conheceu muitas vezes, a face meramente animal.
Daí se concluirá, então, da necessidade de os homens procurarem conhecer a si mesmos, isto é, que possuem nos recessos da personalidade um sexto - sentido, um dom natural capaz de permitir tais desastres, se ignorar a si próprio e preferirem viver alheios às causas sérias e elevadas, que lhes permitiriam a harmonização com estados psíquicos superiores, que lhe  livraria de tudo isso, uma vez que para ser obsidiado este possuí os dons mediúnicos, tal como toda a Humanidade os possui.

Ora, o suicídio, assim efetuado, transformou-se antes num assassínato gravíssimo, contornado de agravantes, cometido pelo obsessor, que responderá pela crueldade exercida, perante a justiça de Deus
Quanto ao obsidiado, sua responsabilidade certamente foi profunda, em razão de haver permitido acesso às influências inferiores, por se conservar igualmente inferior, não desejando o próprio progresso com a renovação dos próprios valores morais à procura do ser espiritual e divino existente em si, não tentando reações de ordem moral e mental para dignamente se equilibrar nos deveres impostos pela existência.
Responderá, portanto, pela fraqueza e a descrença que testemunhou, enfrentando, após o suicídio, momentos críticos, decepcionantes, da vida do Além, e retornando à Terra para, em existência nova, terminar a que fora interrompida pela fragilidade demonstrada ao entregar-se às mãos do algoz, sem tentar defender-se com as devidas diligências, ou reações.

Adolfo Bezerra de Menezes
No livro: ‘Dramas da Obsessão’ – Psicografia de: Yvone do Amaral Pereira
Também há uma gama muito variada de “Suicidas Inconscientes”, que são aqueles que não respeitam seus limites, aqueles que desrespeitam e agridem sua saúde, dentre outras coisas, com os excessos do fumo, da comida, do álcool e dos tóxicos em geral.


  • Kardec, nas questões de 943 a 957 de “O Livro dos Espíritos” em consulta aos Espíritos Venerados sobre o suicídio, nos dá uma primeira visão sobre a importância deste assunto.


Quando por desgosto da vida, o desespero se dá, quando as pessoas não acreditam mais no futuro e se vêem cansadas de lutar contra as dificuldades, resolvendo dar fim aos seus sofrimentos terrenos, as coisas não acontecem rapidamente; a pessoa vem nutrindo seus pensamentos com inseguranças, raiva, rejeição e com o tempo vai se sentindo desgraçada, sem sorte e, outros sentimentos que acabam baixando sua auto-estima e sua vibração espiritual, permitem assim a aproximação de Espíritos inimigos e aproveitadores, que a estimulam, bombardeando seus pensamentos com sugestões maldosas. No entanto, se elas tivessem certeza da eternidade da alma e que, com a morte ela não se livra dos problemas, pelo contrário, acaba ganhando mais um, não cometeria tal ato. Assim, temos que manter saudáveis nossos pensamentos, para não permitir-mos que a tristeza e a infelicidade abram essa porta.

Temos a tendência de achar que tudo está perdido e que não conseguiremos sair do redemoinho de problemas. Alguns acabam mergulhando no vício, o que o torna ainda mais vulnerável as más influências.

Não há nada nessa vida que não termine, por mais penosos que pareçam os seus sofrimentos, sempre haverá uma saída. Basta coragem para lutar, pois se estamos passando por amarguras é por que certamente temos força para enfrentá-las. (Leia o suicídio e a loucura. O Evangelho Segundo Espiritismo).

Segundo “O Livro dos Espíritos de Kardec”. Os efeitos do suicídio não são idênticos, os laços que unem o Espírito ao corpo se prolongam em alguns suicidas, sentindo este os efeitos da decomposição do corpo e toda a angustia e horrores desse momento. Esse  estado pode durar pelo tempo em que teria a pessoa ainda de vida. Mas de uma forma ou de outra terá o Espírito que expiar sua falta, tendo que reencarnar para novas provas e tentar com resignação superar.

As religiões e as leis dos homens condenam o suicídio. Ninguém tem o direito de abreviar voluntariamente a vida.

 Escrito por: Ana Maria Corrêa

Em “Nosso Lar” André Luiz nos relata sua própria história como tendo sido um Suicida Inconsciente, revelação essa que na época o deixou perplexo, até porque, segundo sua ótica, ele nuca havia atentado contra sua vida.
Em “Memórias De Um Suicida” de Yvone Pereira, numa leitura extremamente elucidativa, a Espiritualidade descreve fatos e situações complexas vividas pelos suicidas, ainda nos informa sobre aparelhamentos incríveis existentes no mundo astral de que se serve a Espiritualidade a serviço do amor e da misericórdia de Deus, do qual destacamos um trecho: "... o próprio traumatismo que este tipo de desencarne acarreta, leva-o a lugares afins, que corresponderão a seu estado vibratório e mental, até que seja naturalmente 'desanimalizado’, isto é, que se desfaça dos fluidos vitais de que são impregnados todos os corpos matérias. Embora temporária essa estadia no Umbral seja dolorosa e complexa, variando de acordo com os atos praticados, o gênero de morte a que se entregou. Alguns aí ficam por poucas horas, outros levarão meses ou anos, voltando à reencarnação sem a Espiritualidade.
Normalmente aí se demorarão o tempo que lhes restava para viver, pois trazem carregamentos avantajados de forças vitais animalizadas e uma desorganização mental nervosa e vibratória complexas. Daí seu grande sofrimento, para o qual o único alívio é a prece das almas caridosas!”
Temos aí registrada mais uma vez a importância da prece em favor dos suicidas, único bálsamo a lhes amenizar os tormentos, dada a grande conclusão, dificuldade e sofrimento em que se debatem, visto terem - os suicidas ditos ‘conscientes’- buscados na “morte” o alívio para a fuga de seus tormentos, o que resulta num ledo engano, de vez que, como vimos, quando encarnamos nos é dada uma cota de energia vital suficiente para abastecer o tempo de nossa caminhada, e se, como é o caso do suicida, essa carga de energia é interrompida pelo ato desesperado, obviamente ela terá que ser desgastadas, “do outro lado da vida”, de uma forma dolorosa, até que se desfaçam as pesadas cadeias que atrelam o Espírito ao corpo. Nossa encarnação é fruto e resultado de uma longa elaboração no mundo espiritual e não nos cabe o direito de atentar contra ela.
Toda encarnação, por penosa que seja, é uma benção concedida por Deus a nosso beneficio, a beneficio de nossos resgates, aprendizados e evolução a que somos destinados. E por isto não devemos perder a chance que nos foi concedida mais uma vez, mas aproveitá-la, utilizando-nos dos ensinamentos que Jesus nos deixou para que aprendêssemos a nos amar, respeitando nossas vidas, nossos limites e oportunidades, para então podermos amar a nosso próximo como a nós mesmos.

"Para os problemas busquemos as soluções... para as incertezas... as dádivas de Deus".


Doracy Mota

Bibliografia:
O Livro dos Espíritos – Allan Kardec
Nosso Lar – André Luiz
O Vale dos Suicidas – Yvone Pereira

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Intervenção dos Espíritos no Mundo Corporal


Meu avô dizia que se pudéssemos ver os Espíritos, ficaríamos surpresos, pois, veríamos que eles estão por todo canto, nas esquinas, nas calçadas, em nossa casa, nos bares, andando ao nosso lado e muito mais. No Livro dos Espíritos, Allan Kardec, no capítulo IX, refere-se ele a Intervenção dos Espíritos no mundo corporal, nele vemos que os espíritos, como dizia meu avô, podem conhecer até os nossos pensamentos mais profundos e quando nos julgamos sozinhos, nem percebemos que ao nosso lado podem estar muitos espíritos nos observando. Por isso temos que nos manter sempre atentos, com relação a nossa vibração espiritual, devemos procurar ter pensamentos positivos, os sentimentos mais puros, para que não sejamos influenciados por espíritos, malfazejos, brincalhões e até malvados, que levianamente zombam de nossos medos, inseguranças, impaciência, Já os Espíritos evoluídos, nos ajudam e sentem pena de nossos sofrimentos. Somos também influenciados em nossos pensamentos e atos. Temos que pensar que somos Espíritos iguais a eles, a diferença é que estamos encarnados, mas em nossa ligação espiritual, recebemos influencias e em muitos casos, alguns são até guiados por eles. Kardec nos diz que podemos tentar diferenciar os pensamentos próprios dos sugeridos, normalmente estamos sempre às voltas com vários pensamentos a respeito de algum assunto, por isso é tão difícil distinguir o que veio da sua mente ou que lhe foi influenciado, normalmente quando você tem a impressão que alguém lhe intuiu na decisão é bom prestar atenção. Espíritos bons não lhe intuem em atitudes erradas, temos que saber diferenciar o certo do errado e isto basta.
Na verdade, temos a nossa essência, se ela for boa, não há o que temer, mas se não for, certamente teremos ao nosso lado seres que mesmo já tendo desencarnado, não mudaram o que eram quando encarnados, para estes quanto mais outros errarem melhor, eles são infelizes e querem companhia. Temos livre arbítrio, e os espíritos também, por isso Deus nos permite escolhas, cabe a nós decidir que caminhos iremos seguir, se você tiver pensamentos maldosos, impiedosos, invejosos, quem acha que irar ser sua companhia, os iguais se atraem. Quando Jesus disse orai e vigiai, significa que temos que estar sempre alerta, vigiando nossos pensamentos para não baixarmos a freqüência que nossas vibrações.
Às vezes nos sentimos angustiados, sem motivo aparente e ficamos pensando porque estou me sentindo assim? Podemos estar sendo influenciado por alguns Espíritos, também durante a noite, temos que pedir para que ao dormir tenhamos boas companhias. Quando dormimos, nosso Espírito se liberta e pode ter ao seu lado, péssimas influências.   
Olhando para tudo isso, parece que não temos muita saída, que estamos perdidos, sem ter para onde fugir, mas, na verdade, basta que façamos à escolha certa e tenha a certeza de que sempre sabemos o que é o certo, e quando tomamos uma decisão, ouvimos uma voz no fundo de nossa alma que nos alerta que estamos partindo para  o erro. Só que às vezes não damos ouvidos a essa voz. Pare, pense e decida, você é o seu maior inimigo. 

Texto de Ana Maria.

Se você me disser sobre os lugares que gosta de freqüentar, com segurança e rapidamente, posso dizer muito sobre você. Alguns gostam de lugares iluminados, outros de lugares sombrios. Uns se dão bem na limpeza, outros, coitados!... No reino animal também acontece este fenômeno da preferência. As abelhas freqüentam as flores. E as moscas?!... As abelhas nos dão mel. As moscas, doenças. Que haja muitos jardins para você se sentir feliz.
 Hermógenes Autor de Mergulho na Paz Livro: Deus investe em você

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Qual o valor da felicidade?


Às vezes ficamos tentando encontrar a felicidade, buscando,procurando, batendo cabeça e não nos damos conta que ela está numa simples tarde de verão, no almoço com a família, num olhar de alguém que amamos, em poder levantar, andar, correr e até ficar sem fazer nada. A vida é bem mais simples do que imaginamos. Li o texto abaixo e resolvi publicar, quem sabe ele pode ajuda-lo a descobrir.....

Qual será o valor da felicidade?

Antes de dormir costumo parar e pensar na vida, no meu dia, em tudo que fiz e que deixei de fazer, todos os planos… Acho importante esse balanço, é um momento só meu e que ninguém me interrompe e assim me descubro muito mais. Fazendo essas reflexões me perguntei qual realmente era o valor da felicidade? Porque as pessoas vivem procurando ser felizes e às vezes percebem que eram felizes e não sabiam? O que sustenta essa vontade louca do ser humano de alcançar a tão almejada felicidade?
Algumas pessoas dizem que o segredo da felicidade é ter bons amigos. É realmente é muito bom ter amigos, mas chega uma hora que eles não são suficientes, e você sente falta de alguma coisa.
Uns dizem que o segredo é viver intensamente, sem se preocupar com o amanhã. Mas já tentei fazer isso, e acreditem, quando o amanhã chega você se arrepende amargamente do que fez ao encarar as consequências, porque elas de uma forma ou de outra vão chegar, mais cedo ou mais tarde, você querendo ou não.
Outras dizem que é agir com o coração. Quem nunca escutou aquela frase: “O coração tem razões que a própria razão desconhece”. Mas ao mesmo tempo, paro e penso: Se o coração tivesse razão, não existiria oposição à razão e sim pensamentos iguais, e nenhuma indecisão existiria né?
Então essa pergunta sem pé nem cabeça continuou batendo em meus pensamentos e cada vez mais me impossibilitava de dormir… Qual seria realmente o segredo da tão sonhada felicidade?
Em um momento cheguei a achar que era o amor. Amar demais, Amar loucamente, de corpo e alma. É talvez esse seja o segredo da felicidade… Mas segundo Nelson Rodrigues ‘ou se ama, ou se é feliz’. Bem, de certa forma ele tem razão, amar demais da conta é um processo bem doloroso e no final nem sempre vale a pena.
Cheguei a uma frase de Vinicius de Morais que diz “É melhor viver do que ser feliz”. Bem, concordei plenamente, ser feliz não te faz amadurecer… Passar por dificuldades, errar e aprender, cair e saber como se levantar, isso sim te torna uma pessoa melhor, ou mais amadurecida.
Fico pensando, se não existisse a tristeza a felicidade não seria tão desejada e não teria nenhum valor. Cheguei então à conclusão de que algo só é valorizado quando existe o seu oposto.
Então talvez o segredo da felicidade esteja na natureza. Eu pelo menos me sinto tão feliz ao olhar o mar, as flores, os frutos, as borboletas. Nessas horas eu percebo que não estou aqui por estar, que esse mundo gigante não foi construído para darmos apenas uma passadinha aqui e irmos embora.
Pensei, pensei, pensei... Sei que tudo isso tem uma explicação, mas eu, uma simples humana ainda em evolução, não vou conseguir entender, pelo menos não agora.
Aí refleti, em que momentos eu me senti feliz? Nos momentos em que vivi. Viver já é ter momentos felizes. A felicidade não é algo que está à venda, e que você compra e é feliz para sempre. A vida é feita de momentos felizes e tristes, e a felicidade se encontra nesses momentos, e seu coração acelera; seus olhos se emocionam; e que você daria tudo para eternizar aquele momento. Ficar pensando em encontrar a felicidade só vai nos fazer esquecer de viver e é isso  que realmente nos faz feliz.

Christina Corrêa