Os médiuns ‐ No
ambiente mediúnico, os assistentes e médiuns são verdadeiros
condensadores, que formam o “campo eletromagnético”. Entre
cada criatura existe material isolante (o ar atmosférico).
E por isso o campo se tornará mais forte quando
houver mais de uma pessoa. Aqueles que não são médiuns,
funcionam como os condensadores fixos, que recebem e emitem energias
num só comprimento de onda, não sendo capazes de
distinguir as diversas “estações” transmissoras (os diversos
Espíritos) e não podem por isso receber e transmitir as
mensagens deles. As ideias ficam confusas e indistintas.
Já os médiuns
são verdadeiros condensadores variáveis, com capacidade para selecionar os
Espíritos que chegam. Então recebem e transmitem cada
comprimento de onda por sua vez, dando as comunicações de cada um de
per si. Quanto maior a capacidade do médium de aumentar e
diminuir a superfície do campo estabelecido pelas “placas”, tanto maior
a capacidade de receber Espíritos de sintonia diversa: elevados e sofredores.
Há médiuns, porém, que parecem fixos em determinada onda: só
recebem e transmitem determinada espécie de Espíritos, provando com
isso a falta de maleabilidade de sua sintonia. Para modificar a
sintonia, o condensador variável movimenta as placas,
aumentando ou diminuindo a superfície do campo.
Os médiuns podem obter esse resultado por meio da
prece, modificando com ela o campo elétrico, e
conseguindo assim captar e retransmitir as estações mais
elevadas, os espíritos superiores.
O autor faz uma comparação da mesa de
reunião com as baterias. Veja:
A mesa da reunião ‐
Cada criatura constitui um acumulador, capaz de armazenar a energia
espiritual (eletromagnética). Entretanto, essa energia pode
esgotar‐se. E se esgotará com facilidade, se
houver “perdas” ou “saídas” dessa energia com explosões de raiva,
ou com ressentimentos e mágoas prolongadas, embora não
violentas. Cada vez que uma pessoa se aborrece
ou irrita, dá “saída” à energia que mantinha cumulada,
“descarrega” o acumulador de força (ou fluidos),
diminui a carga e, portanto, se enfraquece, O
segredo é manter‐se inalterado e calmo em qualquer
circunstância, mesmo nas tempestades morais e materiais mais atrozes.
Todavia, se por acaso o acumulador se descarrega,
pode ser novamente carregado, por meio de exercícios de
mentalização positiva e de prece em benefício dos outros, ou seja, prece
desinteressada. Portanto, é realmente carregado com uma energia em
direção oposta: se ficou negativo, carregar‐se‐á com energia
positiva. Os acumuladores nem sempre possuem carga suficiente de
energia para determinado fim. São então reunidos “em
série”, formando uma bateria. Na mediunidade, quando um
médium não é capaz de fornecer energia suficiente a sós, reúne‐se
com outros, formando uma “reunião”. Esta é constituída “em
série”, (não em paralelo), e por isso é que todos se
sentam em redor de uma mesa. A bateria assim formada, conserva
em si e pode utilizar uma energia eletromagnética muito maior. Daí as
comunicações em reuniões serem mais eficientes que com um médium
isolado, por melhor que seja ele. Também a
bateria pode esgotar‐se. Mas a vibração das ondas de
pensamento e a prece podem carregar novamente a bateria. Esse processo é
com frequência utilizada nas reuniões, durante ou após
a manifestação de espíritos muito rebeldes, que descarregam a
energia: uma prece repõe as coisas em seu lugar, infunde novas
energias à “bateria” e permite a continuação dos trabalhos. Como
vemos, mediunidade ou comunicação de Espíritos não é
fenômeno religioso, mas puramente física, eletromagnético,
obedecendo a todas as leis da eletrônica. Quem compreender
isso, perceberá que
“ser bom”, “fazer o bem”, “perdoar e amar” não são
virtudes religiosas, mas forças científicas que permitem à criatura uma elevação
de vibrações e uma ascensão a planos superiores. Quem é
inteligente, é bom
por princípio científico. Por isso, há tanta gente boa
sem ser religiosa, e até dizendo‐se “ateia”. E tantos que
professam religião e que, não tendo compreendido
o fenômeno, permanecem na ignorância do mal.
Retirado do livro: Técnicas de Mediunidade I de C.
Torres Pastorino