Quando reencarnamos, nós nos preparamos para tal, por isso, seria certo que nos preparássemos também para o desencarne. No livro Reencarnação e Emigração Planetária de Dinkel Dias da Cunha ele diz que: “Durante o planejamento reencarnatório no astral, pais, filhos, familiares e amigos, sabem das dificuldades que irão enfrentar na vida material, aceitando as provas futuras. As almas em processo de reencarnação são, em geral, atraídas para o mesmo ambiente e convívio das pessoas às quais já estiveram ligadas por laços afetivos ou situações de ódio. A reencarnação é um prêmio, uma oportunidade dada a todos os espíritos”.
Mesmo que espiritualmente saibamos tudo o que aceitamos, (só espiritualmente temos essa compreensão), ao reencarnarmos, nos revoltamos, praguejamos, choramos com as dificuldades que a vida apresenta. Aí perguntamos: Será que não estávamos tão preparados assim? Ou escolhemos um “fardo” mais pesado do que poderíamos carregar?
Muitas vezes, enfraquecidos, nos destruímos com vícios, manias, invejas, medos e somos levados por pura covardia a tomar algumas decisões que nos afetarão espiritualmente, aumentando ainda mais as dívidas que já tínhamos. Por isso devemos aproveitar nossa estada na terra para que, além de cumprirmos os nossos compromissos assumidos na espiritualidade, obtermos mais conhecimento e assim facilitarmos a nossa futura partida, que é certa e, principalmente, a nossa elevação espiritual. Alguns espíritos devido a erros terríveis cometidos aqui na Terra têm a sua passagem para o mundo espiritual dificultada, pois o seu apego é muito grande e o desligamento do corpo fica muito comprometido. Em um trecho do livro “Voltei, do espírito Irmão Jacob, psicografado por Francisco Cândido Xavier, o autor relata: “Ele imaginava ser fácil a separação da alma, mas na verdade, viu que são muito fortes os elos morais que nos unem à carne. Se o homem não se preparou convenientemente para a renúncia dos seus hábitos antigos como: vícios, bens materiais, bens físicos, apego, sexo e etc, ficarão muitas das vezes preso ao corpo, enquanto este se decompõe e desaparece, sofrendo horrores. Se, além disso, comprometeu seu destino, praticando contra seus semelhantes atos criminosos, por exemplo, será muito mais difícil sua libertação.
A dificuldade da passagem do físico para o espiritual pode ser minimizada pela família, que não deve se desesperar. Chorar, sentir saudades, é normal, pois a dor da perda é muito grande, mas temos a obrigação de ajudar, emitindo para aqueles que amamos bons pensamentos e boas lembranças.
Vemos muitas vezes, em velórios, parentes e amigos que deveriam estar lá para confortar os mais próximos nessa última despedida, fofocando, contando piadas, rindo e até falando mal do morto. O certo seria usar esse momento de despedida para auxiliar o desencarnado nessa difícil passagem, através de orações e pensamentos de conforto. Devemos entender que, naquele momento, espíritos socorristas, se fazem presentes, executando a difícil tarefa de desligar o espírito do corpo, e que, pensamentos elevados, podem ajudar. Amar é também desapegar-se.
Hoje entendo que nos cabe outra postura diante da morte e que temos que nos preparar para esse momento, que com certeza chegará. Prepare-se você também!!
Ana Maria.
Um comentário:
Achei muito interessante, realmente nunca pensei muito sobre isso.
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