Desencarnação – O que ocorre?
Nem todos ao morrer tem
capacidade de desligar os laços que nos prendem ao corpo físico. A
grande maioria precisa ser ajudado e amparado nesse momento. No mundo
espiritual existem equipes que realizam essa tarefa e a mesma é
feita de acordo com o merecimento de cada ser. No livro: Obreiro da
Vida Eterna, há uma passagem que fala sobre o assunto, André Luiz
faz uma pergunta sobre a ajuda dada aos médiuns.
“ Há, desse modo,
comissões de colaboração permanente para os médiuns em geral?
- Segundo ele não, a mediunidade é um serviço como qualquer outro e existem pessoas que desejam apenas o título, mas não gostam das obrigações que correspondem a este. Gostam do intercâmbio com a espiritualidade, mas, não gostam das responsabilidades e por isso, não cooperam. Qualquer problema, dificuldades, entraves, abandonam os compromissos assumidos. Não suportam a aproximação de infelizes desencarnados ou encarnados e param, não seguem adiante. Outras vezes, são eternos insatisfeitos, se tem o dom intuitivo, querem o da incorporação, se contam com a vidência, querem outro e assim suscetivamente. Sendo assim não pode haver o mesmo tratamento para todos os médiuns, tudo é conforme o merecimento.
Ser médium não
significa ter um passe especial, igual a qualquer pessoa, temos que
merecer, doar. Sem Caridade não há salvação.
Quando
o espírito é merecedor do auxílio que chamaremos de "completo",
eles realizam as seguintes tarefas:
- Preparação - O ambiente doméstico, os familiares e o próprio espírito que desencarnará em breve recebem visitas quase que diárias para auxílio magnético e preparação. Alguns recebem uma aparente melhora para consumação das sua últimas tarefas e para o último contato com os que lhe são queridos.
- Proteção - Existem vampiros, obsessores e equipes das trevas especializadas em "vampirizar" os recém-desencarnados. A equipe espiritual tem como tarefa proteger o corpo físico e etérico (até o desligamento total) e o espírito contra as investidas das trevas.
Cuidados
necessários no velório:
Segundo
o Livro Obreiro da Vida Eterna:
- As pessoas na esfera carnal são ainda muito ignorantes para o trato com a morte. Ao invés de emitirem pensamentos amigos e reconfortadores, preces de auxílio e boas vibrações. Ficam nos velórios, contando piadas, conversando amenidades, relembrando momentos que deveriam ser esquecidos, falando de mágoas, ódios e etc.
- Os familiares entrando em desespero, choro e as vezes gritos, inconformados com as perdas. .
Enfim, tudo
que aos olhos dos encarnados é bem natural, porém essas atitudes,
perturbam e atraem seres que não deveriam estar nesse momento de
transição, que por si só, já é tão difícil, pois na maioria
das vezes o espírito ainda está sendo desligado do corpo físico.
Horário
O
período da noite não possui os raios solares, que desintegram as
energias negativas e eliminam as formas pensamento criadas pelo
pensamento desregrado dos encarnados e desencarnados.
Além
disso, temos uma diminuição na vitalidade existente no ambiente, o
que piora as condições do doente, facilitando seu desencarne no
período da noite, embora, de nenhuma forma isso seja uma regra, é
simplesmente uma tendência, podendo por isso ocorrer desencarnações
a qualquer hora do dia ou da noite.
O
Processo de Desligamento
Falaremos
aqui sobre o processo mais comum de desligamento.
Em
casos de doença, onde o moribundo está há algum tempo sofrendo, e
junto com ele estão os familiares e amigos, cria-se uma ?aura? de
imantação que dificulta o trabalho de desligamento.
Fica
muito difícil para os espíritos criarem barreiras protetoras, o
procedimento adotado pelas equipes especializadas é criar uma
melhora fictícia para afastar os que "prendem" o
agonizante ao corpo carnal.
Retiramos
o seguinte trecho do livro Obreiros da Vida Eterna:
Quando
há familiares por perto, os espíritos tentam afastá-los para
facilitar os trabalhos.
"-
Nossa pobre amiga é o primeiro empecilho a remover. Improvisemos
temporária melhora para o agonizante, a fim de sossegar-lhe a mente
aflita. Somente depois de semelhante medida conseguiremos retirá-lo,
sem maior impedimento. As correntes de força, exteriorizadas por
ela, infundem vida aparente aos centros de energia vital, já em
adiantado processo de desintegração."
É
a chamada melhora da morte. O doente melhora e a família fica mais
tranquila e relaxada.
Cortando
os Laços
É
comum a presença de espírito amigo ou familiar da última
encarnação durante o desligamento. A maior parte dos espíritos de
nível "médio" de evolução se mantém mais ou menos
conscientes do que acontece (depende o grau de desprendimento e
evolução). Por isso a presença da mãe, filho(a), irmã(o), etc,
tranquiliza o espírito em processo de desencarnação.
No
livro Voltei e Obreiros da Vida Eterna (ambos de
Francisco Cândido Xavier) os espíritos são amparados por
familiares, mãe e filha, respectivamente.
Acredito
que a melhor forma de falar sobre o processo de desligamento é
citando os dois livros que falaram mais profundamente sobre o
assunto, a seguir as transcrições:
Obreiros
da Vida Eterna, Capítulo XIII, Companheiro Libertado,
"...Ordenou
Jerônimo que me conservasse vigilante, de mãos coladas à fronte do
enfermo, passando, logo após, ao serviço complexo e silencioso de
magnetização. Em primeiro lugar, insensibilizou inteiramente o
vago, para facilitar o desligamento nas vísceras. A seguir,
utilizando passes longitudinais, isolou todo o sistema nervoso
simpático, neutralizando, mais tarde, as fibras inibidoras no
cérebro. Descansando alguns segundos, asseverou:
-
Não convém que Dimas fale, agora, aos parentes. Formularia, talvez,
solicitações descabidas.
...
E porque eu indagasse, tímido, por onde iríamos começar, explicou-me o orientador:
...
E porque eu indagasse, tímido, por onde iríamos começar, explicou-me o orientador:
-
Segundo você sabe, há três regiões orgânicas fundamentais que
demandam extremo cuidado nos serviços de liberação da alma:
o
centro vegetativo, ligado ao ventre, como sede das manifestações
fisiológicas;
o
centro emocional, zona dos sentimentos e desejos, sediado no
tórax,
e
o centro mental, mais importante por excelência, situado no
cérebro.
...
Aconselhando-me cautela na ministração de energias magnéticas à mente do moribundo, começou a operar sobre o plexo solar, desatando laços que localizavam forças físicas. Com espanto, notei que certa porção de substância leitosa extravasava do umbigo, pairando em torno. Esticaram-se os membros inferiores, com sintomas de esfriamento.
...
Jerônimo, com passes concentrados sobre o tórax, relaxou os elos que mantinham a coesão celular no centro emotivo, operando sobre determinado ponto do coração, que passou a funcionar como bomba mecânica, desreguladamente. Nova cota de substância desprendia-se do corpo, do epigástrio à garganta, mas reparei que todos os músculos trabalhavam fortemente contra a partida da alma, opondo-se à libertação das forças motrizes, em esforço desesperado, ocasionando angustiosa aflição ao paciente. O campo físico oferecia-nos resistência, insistindo pela retenção do senhor espiritual.
...
O Assistente estabeleceu reduzido tempo de descanso, mas volveu a intervir no cérebro. Era a última etapa. Concentrando todo o seu potencial de energia na fossa romboidal, Jerônimo quebrou alguma coisa que não pude perceber com minúcias e brilhante chama violeta dourada desligou-se da região craniana, absorvendo, instantaneamente, a vasta porção de substância leitosa já exteriorizada. Quis fitar a brilhante luz, mas confesso que era difícil fixá-la, com rigor. Em breves instantes, porém, notei que as forças em exame eram dotadas de movimento plasticizante. A chama mencionada transformou-se em maravilhosa cabeça, em tudo idêntica à do nosso amigo em desencarnação, constituindo-se, após ela, todo o corpo perispiritual de Dimas, membro a membro, traço a traço. E, à medida que o novo organismo ressurgia ao nosso olhar, a luz violeta dourada, fulgurante no cérebro, empalidecia gradualmente, até desaparecer de todo, como se representasse o conjunto dos princípios superiores da personalidade, momentaneamente recolhidos a um único ponto, espraiando-se, em seguida, através de todos os escaninhos do organismo perispirítico, assegurando, desse modo, a coesão dos diferentes átomos, das novas dimensões vibratórias.
Dimas desencarnado elevou-se alguns palmos acima de Dimas cadáver, apenas ligado ao corpo através de leve cordão prateado, semelhante a sutil elástico, entre o cérebro de matéria densa, abandonado, e o cérebro de matéria rarefeita do organismo liberto.
...
Para os nossos amigos encarnados, Dimas morrera, inteiramente. Para nós outros, porém, a operação era ainda incompleta. O Assistente deliberou que o cordão fluídico deveria permanecer até ao dia imediato, considerando as necessidades do ?morto?, ainda imperfeitamente preparado para desenlace mais rápido."
...
Aconselhando-me cautela na ministração de energias magnéticas à mente do moribundo, começou a operar sobre o plexo solar, desatando laços que localizavam forças físicas. Com espanto, notei que certa porção de substância leitosa extravasava do umbigo, pairando em torno. Esticaram-se os membros inferiores, com sintomas de esfriamento.
...
Jerônimo, com passes concentrados sobre o tórax, relaxou os elos que mantinham a coesão celular no centro emotivo, operando sobre determinado ponto do coração, que passou a funcionar como bomba mecânica, desreguladamente. Nova cota de substância desprendia-se do corpo, do epigástrio à garganta, mas reparei que todos os músculos trabalhavam fortemente contra a partida da alma, opondo-se à libertação das forças motrizes, em esforço desesperado, ocasionando angustiosa aflição ao paciente. O campo físico oferecia-nos resistência, insistindo pela retenção do senhor espiritual.
...
O Assistente estabeleceu reduzido tempo de descanso, mas volveu a intervir no cérebro. Era a última etapa. Concentrando todo o seu potencial de energia na fossa romboidal, Jerônimo quebrou alguma coisa que não pude perceber com minúcias e brilhante chama violeta dourada desligou-se da região craniana, absorvendo, instantaneamente, a vasta porção de substância leitosa já exteriorizada. Quis fitar a brilhante luz, mas confesso que era difícil fixá-la, com rigor. Em breves instantes, porém, notei que as forças em exame eram dotadas de movimento plasticizante. A chama mencionada transformou-se em maravilhosa cabeça, em tudo idêntica à do nosso amigo em desencarnação, constituindo-se, após ela, todo o corpo perispiritual de Dimas, membro a membro, traço a traço. E, à medida que o novo organismo ressurgia ao nosso olhar, a luz violeta dourada, fulgurante no cérebro, empalidecia gradualmente, até desaparecer de todo, como se representasse o conjunto dos princípios superiores da personalidade, momentaneamente recolhidos a um único ponto, espraiando-se, em seguida, através de todos os escaninhos do organismo perispirítico, assegurando, desse modo, a coesão dos diferentes átomos, das novas dimensões vibratórias.
Dimas desencarnado elevou-se alguns palmos acima de Dimas cadáver, apenas ligado ao corpo através de leve cordão prateado, semelhante a sutil elástico, entre o cérebro de matéria densa, abandonado, e o cérebro de matéria rarefeita do organismo liberto.
...
Para os nossos amigos encarnados, Dimas morrera, inteiramente. Para nós outros, porém, a operação era ainda incompleta. O Assistente deliberou que o cordão fluídico deveria permanecer até ao dia imediato, considerando as necessidades do ?morto?, ainda imperfeitamente preparado para desenlace mais rápido."
Do
livro A vida Além da Sepultura, Capítulo 19, Espíritos Assistentes
das Desencarnações:
"...
A desencarnação demanda ainda outras operações complexas, pois a
intimidade que se estabeleceu entre o perispírito e o corpo físico,
durante alguns anos de vida humana, não pode ser desfeita em poucos
minutos de intervenções técnicas do lado de cá. Salvo nos casos
de desastres ou mortes violentas, em que a intervenção dos técnicos
assistentes se registra só depois da morte do corpo, as demais
desencarnações devem se subordinar gradativamente a várias
operações liberatórias, em diversas etapas..."
O
Rompimento do Cordão de Prata
A
grande maioria dos espíritos em processo de desencarne ainda se acha
ligado de alguma forma à matéria física, seja por amor a família,
aos bens, preocupações com os que vão deixar, etc.
Em
vista disso o processo desencarnatório é gradual e o rompimento do
cordão de prata, última etapa no processo de desligamento, só é
realizado (na maioria dos casos) após algum tempo.
Sobre
esse assunto temos a sábia palavra de Bezerra de Menezes, no livro
Voltei:
"Esclareceu
Bezerra que na maioria dos casos, não seria possível libertar os
desencarnados tão apressadamente, que a rápida solução do
problema liberatório dependia, em grande parte, da vida mental e das
ideias a que se liga o homem na experiência terrestre. ".
Até
o rompimento do cordão de prata o espírito encontra-se como um
balão cativo (palavras de Bezerra de Menezes), e fica mais
suscetível à influência do ambiente onde se encontra, também
menos consciente e fraco. Após o rompimento, ocorre um gradual
aumento da consciência e fortalecimento.
Para
os mais evoluídos o rompimento é quase imediato.
Trechos
retirados do livro: Obreiro da Vida Eterna: Pelo Espírito de André
Luiz / Chico Xavier
E
do site:
http://www.grupopas.com.br/cadastroColuna/mostraArtigoColuna.do?id=98
– Grupo Pas.