Originariamente
emprega-se o termo “fluido” para designar a força operante das
curas, no tratamentos pelos passes e nas operações mediúnicas,
como também para todas as formas de influenciação psíquica
exterior sobre indivíduos, em presença ou à distância, em
quaisquer circunstância, ainda, nos casos dos fenômenos provocados,
com por exemplo, nos trabalhos comuns de efeitos físicos.
Realmente as
influências em geral podem ser físicas ou psíquicas, sendo as
primeiras, justamente, as que ocorrem por influência dos fluidos,
enquanto que as últimas são do campo, também bastante vasto, dos
agentes telepáticos, isto é, dos que operam as transmissões de
ideias, pensamentos, impulsos, desejos, etc.
O Termo fluido é
genérico e indica as emanações, as radiações físicas ou
orgânicas provindas de outras pessoas no ambiente em que se situa o
doente, ou de espíritos desencarnados.
O fluído provindo de
uma pessoa encarnada nada mais é que magnetismo humano emanação de
matéria orgânica, força animal existente ou decorrente da
atividade das células que formam o corpo físico.
Este fluído, esta
emanação podem ser ons ou maus, benéficos ou perniciosos, segundo
a condição física ou moral do emissor, e concorrem a formar a
auras individuais
Essa emissão pode ser
voluntária ou involuntária, deliberada ou inconsciente. Um espírito
inferior, desencarnado pode impregnar as pessoas de fluídos ruins,
mórbidos, com sua simples aproximação, mesmo quando não tenha a
ideia de fazê-lo e ignore o que está acontecendo.
A contaminação
deliberada, muito mais maléfica que a anterior, transmite ao doente
não só os próprios fluídos pesados do espírito inferior, com
também o contingente psíquico complementar, representado pelos
pensamentos e pelos desejos maléficos do emissor, movimentados pela
vontade.
O mau fluído, dotado
de vibração pesada e baixa, afeta os centros de força, destes
passa ao plexos e ao sistema nervoso, atacando órgãos e produzindo
pertubações psicossomáticas de inúmero aspectos e naturezas.
Há fluídos tão
pesados, tão animalizados e impuros que possuem mau cheiro; além do
mal que fazem quando se impregnam em nosso perispírito, causam
repugnância e agem fortemente sobre os órgãos internos.
Os sensitivos (
Médiuns) mais que quaisquer outros , estão sujeitos ao recebimento
constante desses fluídos e, se não procederem diariamente ao
trabalhos de limpeza psíquica, acabarão por se tornarem vítimas
crônicas e submissas de graves pertubações provindas da
contaminação fluídica.
Os espíritos
obsessores condensam fluídos até torná-los viciosos, fortemente
aderentes e com eles envolvem as regiões ou órgãos que desejam
atingir e até mesmo a aura toda da vítima, isolando esta
completamente do meio exterior, nestes casos, e não havendo reações
da parte desta, nem mesmo os próprios espíritos protetores podem
agir socorrendo.
O passe dissolve esse
visco e permite a penetração dos fluídos finos e luminosos que
restabelecem as funções orgânicas.
O fluído bom,
contrariamente, possui vibração elevada e pura que reconforta,
estimula e cura as pertubações físicas e morais.
Por isso os médiuns e
as pessoas que dão passes não devem ser viciadas no fumo, no
álcool, etc,. Para que, juntamente com seu próprio fluído, não
transfiram para os doentes as emanações naturais desses tóxicos,
que produzem males inúmeros aos organismos doentes e sensíveis.
Também não devem dar
passes quando estiverem doentes, fracos ou intoxicados por excessos
de alimentação ou medicamentos, porque, da mesma forma,
transferirão para os doentes esses venenos orgânicos.
E. ainda, quando
estiverem espiritualmente perturbados, vitimados por encostos,
obsessões, etc,.porque além de seus fluídos, já de si mesmo
prejudiciais, ainda transferirão para o doente os fluídos maus dos
espíritos perturbadores com os quais estejam em contato.
Os médiuns devem se
purificar de coro e espírito, o mais que lhes for possível, para
possuírem fluídos salutares e benéficos, com os quais poderão
então efetuar curas verdadeiras.
Por outro lado, devem
adotar o hábito de procederem em sí mesmos a um trabalho de auto
limpeza, auto passe, para poderem compensar a inferioridade imanente,
própria dos nossos corpos de carne, sujeitos a tantas imperfeições
e impurezas.
Só assim terão êxito
em suas tarefas e poderão cumprir a determinação do Divino Mestre
quando disse: Ide e Pregai, socorrei aos aflitos e curai os enfermos
em meu nome.
Edgard Armond
Passes e Radiações
Edgard Armond
Passes e Radiações