A prece não é movimento mecânico de lábios, nem disco de
fácil repetição no aparelho da mente. É vibração, energia, poder. A criatura
que ora, mobilizando as próprias forças, realiza trabalhos de inexprimível
significação. Semelhante estado psíquico
descortina forças ignoradas, revela a nossa origem divina e coloca-nos em
contato com as fontes superiores. Dentro dessa realização o Espírito, em
qualquer forma, pode emitir raios de espantoso poder.
Não se pode ignorar que as próprias formas inferiores da
Terra se alimentam quase que integralmente de raios. Descem sobre a fronte
humana, em cada minuto, bilhões de raios cósmicos, oriundos de estrelas e
planetas amplamente distanciados da Terra, sem nos referirmos aos raios solares,
caloríficos e luminosos, que a ciência Terrestre mal começa a conhecer. Os raios
gama, proveniente do rádio que se desintegra incessantemente no solo, e os de
várias expressões emitidos pela água e pelos metais, alcançam os habitantes da
Terra pelos pés, determinando consideráveis influencias. E em sentido horizontal
experimenta o homem a atuação dos raios magnéticos exteriorizados pelos vegetais,
pelos irracionais e pelos próprios semelhantes.
Cada um de nós recebe trilhões de raios de várias ordens e
emitimos forças que nos são peculiares e que vão atuar no plano da vida, por vezes,
em regiões afastadas de nós. Nesse
círculo de permuta incessante, os raios divinos, expedidos pela oração
santificadora, se convertem em fatores adiantados de cooperação eficiente e
definitiva na cura do corpo, na renovação da alma e iluminação da consciência.
Toda prece elevada é manancial de magnetismo criador e vivificante e toda
criatura que cultiva a oração, com o devido equilíbrio do sentimento,
transforma-se gradativamente, em foco irradiante de energias da Divindade.
Retirado do Livro: Missionário da Luz
Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito de André Luiz.