terça-feira, 15 de maio de 2018

Perispírito


Considerações Iniciais do Palestrante:
Estamos aqui para discutir um importante assunto que é o conhecimento do perispírito e a sua importância no entendimento das doenças que nos acometem. A importância do conhecimento sobre o perispírito é de muita utilidade no campo da mediunidade e também no que diz respeito ao entendimento e atuação na medicina espiritual que é o enfoque que daremos ao estudo de hoje. No início da Codificação, Kardec e os espíritos não puderam nos dar muitos detalhes a respeito da composição e das funções do perispírito. Motivos: a ciência não estava com nível de evolução suficiente para entender a característica deste elemento que foi designado de “semi-material” e também devido a dificuldade de existirem termos análogos para que eles pudessem nos dar uma ideia melhor a respeito do perispírito.
Hoje em dia, após aproximadamente 50 anos de informações dadas, principalmente por André Luiz e Emmanuel, e também devido ao avanço que a ciência alcançou, temos condições de entender com mais clareza o que é o peris-pírito. Observamos, também, que as conclusões que chegamos a respeito do perispírito, independente da diferença de termi-nologia utilizada, é muito parecido, principalmente com o pensamento das escolas orientais que detêm esse conhecimento há mais tempo que os espíritas. (t)
Perguntas e Respostas
Pergunta: O Que é o Perispírito?
Resposta: Definição dada a Kardec pelos espíritos: “… é o laço que liga a alma ao corpo.” … “Sua natureza é semi-material e é extraído do fluido universal de cada globo” “Por meio desse laço é que o espírito atua sobre a matéria e reciprocamente”. De uma maneira mais simples, podemos dizer que o perispírito, na verdade, não é um elemento homogêneo e sim, varia de grau de condensação. Do espírito para o corpo físico há uma condensação gradativa até atingir a condensação característica do corpo físico. O fluido cósmico universal é a ma-téria mais sutil que conhecemos, é dele que se originam todas as formas materiais que conhecemos.
O espírito é alguma coisa, porém a matéria prima que o compõe é diferente do fluido cósmico universal. O fluido cósmico universal no seu maior grau de pureza tem condições de manter afinidade com o espírito. No outro extremo, temos o corpo físico, que é fluido cósmico universal num grau de condensação que nos permite visualizá-lo. E entre esses dois extremos, temos uma infinidade de formas estruturais do FCU, que atenuam a diferença dos dois extremos, possibilitando um contato mais lógico entre os dois extremos tão diferentes. (t)
Pergunta: Se fosse possível a todos os encarnados ver o perispírito dos outros encarnados, que diferenças básicas encontraria? (Aprendi numa palestra que nosso Perispírito é idêntico ao nosso corpo enquanto encarnados, ou seja, que ele [o perispírito] tem um coração, fígado, cérebro, etc…)
Resposta: Nós veríamos o perispírito do indivíduo do mesmo modo que visualizamos o corpo dele quando encarnado. Quando olhamos para um outro indivíduo encarnado, não vemos os seus órgãos internos e sim a sua parte mais exterior que é a pele. Porém, quanto aos órgãos, o perispírito é quem dá a forma ao corpo físico. Quando desencarnamos, mantemos no perispírito somente os órgãos necessários ao nosso novo corpo de relação, que é o corpo espiritual. Normalmente, não conservamos os órgãos do aparelho sexual e do digestivo se as nossas necessidades já estiverem no caminho da sublimação.
Pergunta: Quando há a morte do corpo físico, em alguns casos, o Espírito fica ligado a ele pelo perispírito, ainda há o principio vital neste corpo físico?
Resposta: O princípio vital é matéria, derivada do fluido cósmico universal e se decompõe quando da morte do corpo físico. Em alguns casos, há uma demora maior na dissipação desse fluido. A ligação que permanece afetando o espírito desencarnado é provocada pelo pensamento deste ainda estar voltado ao seu corpo físico. Como o pensamento é onda eletromagnética, esta ligação transmite até as sensações de decomposição do corpo físico ao espírito. Por isto, é necessário que comecemos a trabalhar no nosso íntimo o desapego às coisas do corpo físico para que tenhamos maior facilidade após o desencarne.
Pergunta: Nas cirurgias espirituais sem corte, sem sangue e sem invasão tecidual, que assistimos em mui-tos centros espíritas, é no perispírito que elas ocorrem?
Resposta: Sim, é no perispírito. Porém, pode ocorrer também a nível de manipulação de fluidos, provocando uma interação com o corpo físico.
Pergunta: Numa reencarnação pode ocorrer de o espírito se lembrar de um fato que por suas mãos pôde provocar uma tragédia ,como a morte a outra pessoa, e reencarnar sem uma parte do seu corpo (como um braço por exemplo) por motivos de sua consciência? Se sim, porque isso ocorre?
Resposta: Sim. Porém, a lei não exige que se pague “olho por olho, dente por dente”. O que ocorre é que o indivíduo, ao tomar consciência do erro cometido, esse arrependimento provoca uma emissão de pensamento que vai lesar um determina-do órgão do seu corpo espiritual, que vai refletir no corpo físico esta deficiência. Tudo isso vai ocorrer se essa experiência for de utilidade para o espírito no caminho do seu aperfeiçoamento.
Pergunta: Há ligação entre perispírito e rejeição em casos de transplante de órgãos?
Resposta: Sim. Porque o perispírito, ele é fruto dos pensamentos, palavras e atos do espírito que o possui. Assim sendo, é uma característica individual que se reflete na carga fluídica que o compõe. Isto a nível material. Há ainda o problema de obsessão causado pelo não entendimento e/ou aceitação do desencarnado no que diz respeito ao aproveitamento do seu órgão.
Pergunta: Se o perispírito é o laço que une a alma ao corpo, para que o espírito precisa dele (perispírito) após a morte do corpo físico?
Resposta: O espírito, quando desencarna, ele muda de faixa vibratória e tem que estar revestido de uma matéria que possibilite a ele comunicar-se com o meio em que está no mo-mento. O perispírito, na verdade, é composto de vários corpos com diferentes graus de condensação e características vibratórias. Perispírito é o que está em torno do espírito, conforme o espírito vai mudando de faixa vibratória, ele fica envolto de um corpo de relação cada vez mais etéreo. Na verdade, ele continua com um perispírito, porém com uma camada exterior mais sutil.
Pergunta: No plano espiritual como se apresenta o espirito e perispírito em termos de aparência e forma ?
Resposta: Aparência idêntica ao da última encarnação, na maioria dos casos. Há espíritos que tem capacidade de manipular os fluidos e se apresentar com a forma que mais lhe convém. Ex.: Emmanuel com a aparência do senador romano Públio Lentulus.
Pergunta: Poderíamos afirmar que o perispírito è um registro das várias encarnações?
Resposta: Ele não é um registro. Essas lembranças ficam registradas em uma camada perispiritual e se mantém no “arquivo” até que essa lembrança não tenha mais utilidade para o espírito. Da mesma forma, que nós deletamos, em nosso micro, arquivos antigos que não nos interessam mais.
Pergunta: O que são os OVÓIDES – do ponto de vista perispiritual? (Citados por Luis Sérgio em suas obras)
Resposta: São espíritos que perderam o controle da forma perispiritual ou por se voltarem para dentro de si mesmos ou por experiências pessoais dolorosas. Eles perdem a capacidade de gerenciar a aparência externa do seu corpo espiritual. Muitas das vezes, esses espíritos são levados a incorporar em médiuns numa mesa de desobsessão para que, ajudados por estes, consigam recompor a forma do seu corpo espiritual.
Pergunta: Ferimentos sofridos no corpo físico de uma outra encarnação podem ficar “impressos” no perispírito, causando assim dores semelhantes ao do ferimento? Se sim , como é possível eliminar tais registros do perispírito?
Resposta: Sim. Esses registros permanecem no corpo espiritual por algum sentimento de culpa que o espírito ainda tem, se for a nível perispiritual. Se ele superar o problema que originou estas marcas, quando ele desencarnar elas desaparecerão. Passes podem amenizar e até acabar com essas dores, se houver merecimento do indivíduo.
Pergunta: Paulo, o que determina por exemplo o apego a uma determinada aparência espiritual? Ex: Emmanuel aparece como Públio Lentulus ao invés de Nestório.
Resposta: Pelas palavras do próprio Emmanuel, foi a encarnação mais representativa para ele, pois teve a oportunidade de se encontrar com Jesus.
Pergunta: Existe alguma ligação entre o perispírito e o sono?
Resposta: Durante o sono, os laços fluídicos que prendem o conjunto perispiritual ao corpo físico ficam enfraquecidos, possibilitando ao espírito que se liberte, deixando o corpo físico e o seu duplo etéreo no seu leito e partindo, revesti-do do seu corpo mental e do seu corpo espiritual (que são camadas do seu perispírito), que passa a ser o seu corpo de relação. O espírito, então, ou vai para o plano espiritual, em locais condizentes com sua faixa de vibração e seus pensamentos, ou então, se estes estiverem muito conturbados ficará vagando por ambientes da própria Terra.
Pergunta: O perispírito de uma criança recém nascida e desencarnada é limitado como seu corpo físico ?
Resposta: Depende do grau de evolução do espírito. Geral-mente, há um tempo de inconsciência em que o espírito se mantém como que dopado. O tempo de recuperação e retomada da sua forma normal é que varia com seu grau de evolução.
Pergunta: De que maneira é feito o desligamento do perispírito do corpo físico após o desencarne?
Resposta: Há equipes que fazem o trabalho de desligamento por meio de passes magnéticos, ajudando o espírito recém-desencarnado a desvencilhar-se do veículo material que o ser-viu. Há casos de espíritos já evoluídos que atuam no seu próprio desligamento.
Pergunta: O que acontece com a estrutura perispiritual de um ser desencarnado que se vincula a formação embrionário de um novo corpo físico?
Resposta: Primeiramente há um trabalho de limpeza e redução do corpo espiritual do espírito reencarnante. Durante a ligação com o feto, o espírito, dependendo do seu grau de evolução, atua de modo mais ou menos intensivo na formação do seu corpo físico, juntamente com espíritos responsáveis pela sua reencarnação.
Pergunta: O perispírito de um médium é, de alguma forma, diferente do de outras pessoas que não possuem mediunidade ostensiva?
Resposta: Sim. Há no perispírito do chamado médium ostensivo, segundo André Luiz no livro “Mecanismos da Mediunidade”, uma descompensação vibratória, que quer dizer o seguinte. O perispírito é matéria; como tal, composto de prótons, elétrons, nêutrons e mais uma infinidade de partículas que são descobertas diariamente pelos cientistas. Vamos considerar, a nível didático, somente as 3 primeiras partículas. O que provoca a descompensação vibratória é exatamente o fato de os pares de elétrons mais exteriores terem spins (movimento de rotação) no mesmo sentido provocando um campo magnético ativo. É isto que torna o médium mais sensível do que as outras pessoas. Ele é como se fosse uma antena ambulante atraindo espíritos. Daí a necessidade do médium ter disciplina de pensamento e conhecimento dos mecanismos envolvidos na mediunidade para que possa selecionar os espíritos que atraem. Sem esquecer, o seu comportamento moral, que é o principal critério de seleção.
Pergunta: Em uma reunião de desobsessão, realizada em um centro de minha cidade, um dos espíritos levados até lá estava “vestido” como a imagem católica do diabo, com cascos, pele vermelha, etc. Como isso foi possível? Manipulação da forma do perispírito?
Resposta: O espírito, pelo pensamento, pode modificar a matéria. Perispírito é matéria sutil e, como tal, mais propenso a sofrer influência do pensamento. Lembre-se, os espíritos manipulam os fluidos pelo pensamento, assim como os químicos manipulam os gases no laboratório.
Pergunta: Ocorre algum tipo de modificação no perispírito do encarnado quando está sendo obsidiado?
Resposta: A obsessão é de pensamento a pensamento. Porém, há casos em que o obsessor atua a nível perispiritual, com o objetivo de causar danos à saúde do obsidiado e, neste caso, provoca modificação prejudicial no perispírito deste, que vai refletir no corpo físico.
Pergunta: Paulo, e a parte genética do transplante? De que forma a carga energética do espírito interfere na constituição genética do órgão – dado fundamental para o sucesso do transplante?
Resposta: Do mesmo modo que os médicos procuram afinidades materiais, como tipo de sangue, etc, deve ocorrer também um aceite da parte do espírito do doador para que ele não carregue o órgão que está doando com fluidos deletérios, que possam ocasionar um insucesso no transplante. O ideal seria que fosse feito um trabalho com o espírito do doador, buscando a sua concordância com o ato. É claro, que, de preferência, essa conscientização deva ser feita com os seres encarnados em forma de campanha educacional mostrando à população a importância da doação de órgãos, no que diz respeito à quantidade de pessoas que possam vir a ser beneficiadas com algo que não mais nos será útil.



Palestra Virtual
Promovida pelo Canal #Espiritismo
http://www.irc-espiritismo.org.br

Palestrante: Paulo Nagae
Rio de Janeiro
02/01/1998

segunda-feira, 14 de maio de 2018

Médium Kardecista e Médium Umbandista.




A mediunidade no Espiritismo é acentuadamente metal, as comunicações são quase telepáticas, predominantemente inspirativas, isto é os espíritos atuam mais sobre a mente dos médiuns, pois a atividade se processa mais no plano intelectivo. Em razão disso, atuam mais em um gênero de tarega espiritual, enquanto na Umbanda há uma especialização nos trabalhos do astral inferior contra as falanges do mal.

É da experiência espírita Kardecista que os espíritos manifestem-se pelo pensamento, cabendo aos médiuns transmitirem as ideias com seu próprio vocabulário e não totalmente com as características dos espíritos comunicantes, embora algumas vezes isso ocorra. Em face do habitual cerceamento mediúnico nesses núcleos de trabalho, os espíritos têm se limitado ao intercâmbio mais mental e menos interativo.

A faculdade mediúnica do médium, ou cavalo na Umbanda, é muito diferente do médium Kardecista, considerando-se que entre o principais trabalhos da Umbanda está o de atuar nas hordas inferiores do mal, no subterrâneo das energias degradantes.

Os médiuns umbandistas lidam com toda a sorte de tropeços, ciladas, mistificações, magias e demandas contra espíritos sumamente poderosos e cruéis, que manipulam as forças ocultas negativas com sabedoria.

Para se resguardar das vibrações e ataques das chamadas falanges do mal, valem-se elementos da natureza, tais como as energias das ervas, das essências, defumações e das oferendas nos diversos reinos da natureza, que são expressões das energias dos Orixás, dos colares imantados e dos rituais de defesa e limpeza da aura física e psíquica, para poderem estar em condições de desempenhar sua tarefa.

Contam com extrema sensibilidade na fé, na proteção dos seus guias e protetores espirituais, em virtude de participarem de trabalhos mediúnicos que atingem a escala da ação dos espíritos das falanges negras, recebendo desses grupos a perseguição sistemática. Por isso, a proteção dos filhos de terreiro é constituída por verdadeiras tropas de choque comandadas pelo Exus, conhecedores das manhas e das astúcias das falanges do mal.

Sua atuação é permanente na crosta terrena e vigiam atentamente os médiuns umbandistas contra investidas do mal, certos de que a defesa ainda é precária pela ausência de conduta moral superior, ainda bastante rara entre as melhores criaturas, seja na Umbanda, no Espiritismo ou em que religião for.

Os chefes de legião, falanges, sub falanges, grupamentos, colunas, sub colunas e integrantes de colunas, também assumem pesados deveres e responsabilidades na segurança e proteção de seus médiuns. É um compromisso de serviço de fidelidade mútua, mas de maior responsabilidade dos Chefes de Terreiro.

(Chefes de Terreiros são os Pais e Mães de Santo, Presidentes ou dirigentes, que assumem a missão de liderança até seu desencarne).

Retirado do livro: Guardiões do , A missão dos Exus na Terra de
Wanderley Oliveira, pelo espírito de Pai João de Angola.

Várias Vidas


É comum ouvirmos comentários em geral dizendo: “se eu voltar numa outra vida quero ser de outro sexo”, “na próxima encarnação não quero casar, ou não quero ter filhos”. Outros dizem que é melhor ser cachorro de rico, do que filho de pobre. Em fim, são tantas as assertivas, e por incrível que pareça muitas das pessoas que falam em vida futura, não acreditam no retorno do espírito à carne.

Também é comum comentarem o que teriam sido em vida passada, quando fazem uma relação dos momentos que vivem atualmente, mas a maioria não acredita já ter vivido anteriormente.
Como pertencemos a variante das pessoas que não duvidamos de que já vivemos várias vidas e vamos viver tantas outras ainda, portanto acreditamos na reencarnação, já que o corpo se decompõe, mas o espírito sobrevive, e temos provas disso por ocasião das atividades mediúnicas, onde recebemos vários depoimentos e mensagens dos que se foram, tratamos com seriedade essa questão e procuramos viver consciente da Lei de Retorno.
Como pela Misericórdia Divina esquecemo-nos das vidas passadas, pois assim é possível voltarmos a conviver com desafetos do pretérito e solucionar as contendas, devemos ter cuidado para não deixar eclodir costumes, manias, hábitos que tivemos em outras existências, principalmente vícios dos mais diversos.
O apóstolo Paulo nos disse que “tudo nos é lícito, mas nem tudo nos convém”, e é exatamente o que devemos observar quando nos é oferecido algo pernicioso a nossa saúde e que poderá aflorar algo que se encontra adormecido em nós.
Quantas pessoas que a certa altura da vida resolve provar alguma bebida, droga, energéticos, estimulantes, aromatizantes e a partir dai não mais conseguem abster-se? Certamente estas pessoas acabam acordando um mostro que estava adormecido e que muitas vezes foi difícil de ser tratado no passado, e agora ao ser provocado, reaparece com força total.
Convenhamos! Certas atitudes não devemos levar em consideração ao nos serem apresentada nesta vida! Infelizmente já vi pais que ao ingerirem cerveja, molham a boca do filho que traz ao colo, querendo demonstrar que o inocente é “macho”. Uma irresponsabilidade cuja atitude poderá ter sérias consequências, principalmente pelo adulto não conhecer algumas questões da vida e não dar uma interpretação correta das Leis Divina.
Trazemos gravado o histórico do que fomos na vida anterior e poderemos ter a tendência de voltarmos a incorrer nos mesmos erros se não estivermos vigilantes. Façamos o que o Mestre Jesus nos disse: “vigiai e orai”, e evitemos consequências tristes.

domingo, 13 de maio de 2018

Os dois corpos




Temos um corpo material que nos serve de locomoção e que é visível uns dos outros, mas também temos um corpo fluídico que é uma cópia do material e que é apenas visível para quem já se foi, isto é, um corpo mais sutil, que utilizamos nas comunicações quando estamos no desprendimento pelo sono, sonhando. Corpo este que também é chamado de psicossoma, corpo astral, corpo espiritual ou perispírito. É com este corpo que nos comunicamos com outros seres que estão também dormindo ou que já partiram deste mundo.


É verdade que devemos cuidar do corpo material, afinal precisamos dele durante o período que estivermos aqui na Terra, e se o maltratarmos certamente nosso tempo aqui será abreviado, pois as energias constantes nele terminarão antes do tempo, e fatalmente a morte física acontecerá.
Mas é no corpo fluídico que reside informações do que fomos em vidas anteriores, e ficarão registradas as experiências desta atual existência. Por isso onde estiverem nossos excessos atuais, certamente estarão nossos problemas numa próxima vinda ao mundo.
Esta breve dissertação a cerca destes dois corpos foi para melhor esclarecer que muitas das nossas dificuldades encontramos explicações em ocorrências em vidas passadas, como por exemplo, pessoas que detestam certos alimentos, tem medo de alturas, ojeriza de entrar na água, falta de ar em locais fechados e tantos outros fatos. É que não sabemos o que aconteceu no passado, mas podemos ter sido envenenados com substância adicionada ao leite ou determinada comida, ou quem sabe uma queda fatal de altura, acidente aéreo, afogamento, asfixia por fumaça ou gás. Em fim, são tantos os motivos, e que estão relacionados a cada individualidade.
Portanto é importante preservarmos o corpo físico, mas depois do passamento nada mais ele deve significar para nós que partimos e para os que ficam. Não existe a necessidade de cultuarmos sepulturas, mausoléus, guardar cinzas, pois que ali nada mais tem. O que vale é a memória e a prece silenciosa e íntima, conforme o Mestre ensinou.
O corpo material depois do passamento não tem relevância, tanto que o Dele desapareceu de onde fora sepultado, demonstrando com isso que devemos exercer a tarefa de cuidar apenas até o momento derradeiro.
Mas em fim, são situações que cada um deve administrar como bem entender e segundo sua crença, mas sempre lembrar que a vida continua e que numa próxima existência o corpo fluídico que levamos daqui servirá de molde para nosso retorno, por isso a necessidade de preservar bem o corpo denso que temos agora, para a cópia sair daqui a mais depurada possível.
Que possamos ter o discernimento necessário para aproveitar o corpo material com respeito, pois moramos nele.



Niltom

quinta-feira, 3 de maio de 2018

Sobre os Exus




Na vida não devemos acreditar em tudo que vemos e ouvimos. O importante é obter o maior número de informações possíveis e aí sim, tirar a nossa própria conclusão. Vou relatar aqui um pouco do que estou lendo em um livro muito interessante de Wanderley Oliveira pelo espírito de Pai João de Angola: Guardiões do Carma, A missão dos Exus na Terra.

Sobre os Exus – Em virtude da cultura religiosa, foram associados às criaturas com intenções e feições diabólicas, porém, eles não têm chifres ou aparência demoníaca, são na verdade, seres humanos fora da matéria e não fazem mal. Os espíritos que costumam se dizerem exus e fazem o mal, falam palavrões, fumam, bebem, são associados a falanges dos magos negros ou cientistas do mal, alguns são escravizados, outros assalariados, ou mais conhecidos na Umbanda como quiumbas – desordeiros e marginais no mundo espiritual. Esses são espíritos ainda muito ligados às sensações físicas, a matéria e muitos carregam grandes pertubações mentais e emocionais graves. Em geral são corruptos, cobram para fazer seus trabalhos, ameaçam e se apropriam de nomes de entidades de grande expressividade nas regiões astrais inferiores para poderem se impor. Utilizam o nome dos dragões, dos exus e até de entidades de grande elevação espiritual. Alguns costumam usar aparência assustadora e transfiguram-se nas mais bizarras formas para causar medo e abusar das pessoas por meio de intimidações e cobranças descaridosas.
Mas, o tema “exus” é muito complexo. Muitos exus são espíritos que obedecem a um fundamento sagrado da Umbanda e usam paramentos, rituais, instrumentos, cantos e pontos, conforme orientação de suas ordens comunitárias.
Durante muitas décadas, médiuns despreparados e mal orientados, que se dizem umbandistas, reforçam a imagem dos exus como espíritos que usam palavões, não trabalham sem fumar, bebem demais, são mal-educados e realizam tudo o que for pedido a eles, incluindo o mal. Essas manifestações grotescas que ocorrem pela incorporação mediúnica pertencem mais aos conflitos interiores ainda não resolvidos dos médiuns. São expressões anímica do próprio médium e frutos de associação às limitações desses quiumbas que atua como exus.

Retirado do livro: Guardiões do carma – Missão dos exus na Terra
Wanderley Oliveira – Pelo Espírito do Pai João de Angola.